🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Seu Dinheiro

Seu Dinheiro

No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.

NA PONTA DO LÁPIS

O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável

Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
18 de novembro de 2024
13:22 - atualizado às 13:09
Fernando Haddad, ministro da Fazenda; reforma tributária déficit zero corte de gastos
Fernando Haddad, ministro da Fazenda. - Imagem: Diogo Zacarias / MF

Não se fala em outra coisa nos mercados financeiros na última semana. Os investidores e analistas esperam ansiosamente pelo anúncio de corte de gastos públicos para 2024 e 2025 para cumprir o novo arcabouço fiscal, um substituto ao teto de gastos

Já faz algumas semanas que o Ibovespa, o dólar e os juros futuros entraram em estado de alerta com a demora no anúncio. Até mesmo uma viagem de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, foi cancelada para tentar acelerar o pacote

Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam pregão após pregão. 

Porém, a demora para anunciar e detalhar os cortes é o que vem mantendo a melhora dos índices com o freio de mão puxado até o último dente. Na visão dos analistas da Genial, isso se deve a dois principais fatores: a falta de senso de urgência do governo e a ausência de um denominador comum entre a ala política e a econômica. 

Veja o que os analistas esperam do corte de gastos públicos:

Uma lupa (e um bisturi) nos gastos públicos

Voltando alguns passos, desde a concepção, o novo arcabouço fiscal já estava recheado de inconsistências — e os analistas sabiam que, cedo ou tarde, elas precisariam ser resolvidas de alguma forma. 

Leia Também

A manutenção dos pisos constitucionais — investimentos a partir das receitas — para saúde e educação e a política de valorização do salário mínimo (em termos reais) fariam com que o novo arcabouço fosse inviável a partir de 2027. 

Isso porque o novo arcabouço limita o crescimento das despesas primárias totais a, no máximo, 2,5% ao ano, em termos reais. 

Dado o caráter obrigatório dessas despesas, o governo precisa realizar contingenciamentos que afetam as despesas discricionárias (não-obrigatórias) que mexem, principalmente, com a capacidade de investimentos.

De acordo com o projeto de lei orçamentária (PLOA) para 2025, o aumento do limite dessas despesas primárias é de R$ 138,6 bilhões — dos quais 95,7% (R$ 132,3 bilhões) serão destinadas a gastos que o governo não tem controle, sobretudo com despesas previdenciárias.

Os analistas do Itaú BBA entendem que houve uma percepção de aumento do risco doméstico e, para cumprir o arcabouço em seu formato original, seria necessário um ajuste de despesas de pelo menos R$ 60 bilhões nos próximos dois anos: R$ 25 bilhões em 2025 e R$ 35 bilhões em 2026. 

“Ainda assim”, escrevem os analistas, “o mercado demanda ajustes mais robustos, estimados em pelo menos R$ 60 bilhões, para restaurar a confiança no arcabouço”. 

“Mantivemos a projeção de resultado primário de queda de 0,4% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2024 e  revisamos a projeção de 2025 para queda de 0,7% (de -0,8%), incorporando receitas recorrentes devido ao mercado de trabalho aquecido”, dizem os analistas do banco. 

  • Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente

Em que ponto estamos do corte de gastos

Haddad afirmou no último domingo (17) que o pacote de corte de gastos "está fechado" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o anúncio ocorrerá "brevemente". Segundo ele, ainda falta acertar os ajustes no Ministério da Defesa. 

O Ministério da Fazenda teria apresentado ao Congresso um pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante em 2026.

Já o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse na última sexta-feira (15) que o pacote de corte de gastos do governo será uma "poda responsável em uma árvore que está crescendo". 

Segundo Padilha, o tempo do anúncio é decisão de Lula, que está "ouvindo várias áreas" antes de tomar uma decisão.

"Toda árvore que está crescendo precisa ser podada de forma responsável, organizada, para que os frutos fiquem maiores e as raízes mais fortes", comparou Padilha.

O ministro garantiu que não será um corte radical, "feito com serra elétrica" — uma referência intencional ou não à expressão utilizada por Javier Milei, presidente da Argentina —, como já teria acontecido no passado.

"A serra elétrica nos fazia perder todo o trabalho feito anteriormente. E queremos preservar a rota de crescimento", afirmou. 

Há salvação com o corte nos gastos?

Vale lembrar que a elevação dos gastos públicos e o aumento descontrolado da dívida tendem a impulsionar os preços para cima — e isso, somado ao cenário desenhado no fim de outubro, pode gerar uma situação que foge ao controle inclusive do Banco Central. 

Em carta mensal, a TAG Investimentos enxerga que a vitória de Donald Trump na corrida pela Casa Branca e um avanço do Partido Republicano sobre o Congresso — o que os analistas chamam de “onda vermelha” — poderiam anular qualquer tentativa do nosso BC de controlar a inflação.

Isso porque o Brasil caminha para uma situação de “dominância fiscal”, quando a política monetária (de responsabilidade do BC) e a fiscal (do governo federal) se distanciam uma da outra. 

Esse conceito de dominância fiscal diz que, em situações de altos déficits e aumento da dívida pública, as tentativas do BC de controlar a inflação podem até mesmo atrapalhar a tentativa de disciplinar as contas do governo.

No entanto, na mesma carta, os analistas da TAG afirmam que seguem “otimistas neste cenário pela história, afinal, o Brasil é o país que sempre chega no abismo, mas não pula.”

Assim, o mercado espera pelo anúncio dos gastos em uma semana cortada pelo feriado nacional

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
LEVANTAMENTO GENIAL/QUEST

Isenção de IR até R$ 5 mil: pesquisa mostra que 88% dos deputados apoiam, mas aumento do imposto para ricos fica em cima do muro

2 de julho de 2025 - 13:30

Projeto de lei é prioridade do governo do Lula e deve ser votado no segundo semestre de 2025

DUAS VEZES INDEPENDENTE

Novo feriado no radar: Lula propõe “Dia da Consolidação da Independência”; veja qual é a data e o dia de comemoração

2 de julho de 2025 - 10:55

Projeto de lei foi enviado ao Congresso Nacional e precisa ser aprovado pelos parlamentares antes de ser promulgado

FOI PARA CIMA

Aumento do IOF pode voltar: governo aciona STF contra derrubada do decreto e mira R$ 12 bilhões em jogo

1 de julho de 2025 - 13:37

Advocacia-Geral da União defende competência presidencial sobre o imposto e alerta para violação da separação de poderes pelo Congresso com a revogação do decreto

BARROU!

Derrota para o governo: Senado segue a Câmara e derruba decreto de Lula que aumenta IOF

25 de junho de 2025 - 19:46

A derrubada do decreto presidencial obriga agora a equipe econômica a buscar alternativas para compensar uma perda de arrecadação estimada em R$ 10 bilhões

E AGORA, HADDAD?

Câmara pode votar hoje projeto que derruba decreto do aumento do IOF

25 de junho de 2025 - 9:23

O presidente da Casa, Hugo Motta, surpreendeu a todos ao pautar para esta quarta-feira a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que contraria o governo 

PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO

Comissão aprova requerimento contra Lula por possível interferência em apuração de fraudes no INSS

24 de junho de 2025 - 18:07

O pedido ainda depende do aval do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser encaminhado à PGR

“MENOS RUIM”

Avaliação negativa do governo Lula diminui, mas petista aparece empatado com Bolsonaro em simulação de eleições

17 de junho de 2025 - 17:29

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) traz avaliações segmentadas sobre a atuação do governo federal e simulações para as eleições em 2026

LEVANTAMENTO

Pesquisas indicam que avaliação do governo Lula interrompeu melhora; aprovação cai

12 de junho de 2025 - 20:02

Datafolha mostra que 40% dos entrevistados consideram o governo petista ruim ou péssimo; Ipsos-Ipec diz que a desaprovação se manteve em 55%

IMPOSTO NA VEIA

Lula e Haddad defendem taxar títulos isentos após publicação da medida provisória: “Não fui eleito para beneficiar rico”, diz o presidente

12 de junho de 2025 - 16:26

Segundo o governo, a medida visa corrigir distorções no sistema tributário e não irá afetar o produtor ou os preços

ISENÇÕES NA MIRA

Pente fino dos impostos chega nas deduções de despesas médicas no Imposto de Renda — Hugo Motta defende criação de teto

9 de junho de 2025 - 12:50

O presidente da Câmara dos Deputados participou de evento nesta segunda-feira (9) e falou sobre as pautas do Congresso para os próximos dias

ELEIÇÕES 2026

Tarcísio de Freitas defende agronegócio e fala em desindexar o salário mínimo e rever programas sociais para “emancipar” população

5 de junho de 2025 - 17:27

O governador de São Paulo participou do Global Agribusiness Festival nesta quinta-feira

PESQUISA GENIAL/QUAEST

Bolsonaro permanece como favorito no 2º turno contra Lula, mas Tarcísio ganha espaço; 66% acham que petista não deveria concorrer

5 de junho de 2025 - 10:45

Principais candidatos da oposição crescem e já aparecem empatados com Lula num eventual segundo turno; 65% dos brasileiros acham que Bolsonaro também não deveria concorrer

AGORA É PRA VALER

Mudança nos concursos públicos: Lula sanciona lei que amplia cotas; entenda como as novas regras funcionam

4 de junho de 2025 - 17:50

Novo percentual incidirá sobre total de vagas dos processos seletivos para cargos efetivos e temporários da administração pública federal

FORAGIDA

Alexandre de Moraes manda prender Carla Zambelli após saída da deputada do Brasil; entenda o caso

4 de junho de 2025 - 15:44

Procuradoria-Geral da República pediu a prisão preventiva na noite de terça-feira (3)

CIDADÃ ITALIANA

Carla Zambelli sai do Brasil dias após STF condenar a deputada à prisão por dez anos; entenda o caso 

3 de junho de 2025 - 15:55

Zambelli foi para a Europa, onde diz ter cidadania, e afirmou que pedirá licença do mandato de deputada federal

NOVA ROTA

Haddad fala em ‘sugestão estrutural’ como alternativa ao aumento do IOF após negociações com o Congresso

2 de junho de 2025 - 14:44

Alternativas ao aumento do IOF incluem a revisão de benefícios fiscais e a parceria com legislativo para fortalecer a arrecadação

ELEIÇÕES NO HORIZONTE

Desaprovação ao governo Lula atinge o maior nível da série e coloca em risco reeleição do presidente, segundo pesquisa do AtlasIntel

30 de maio de 2025 - 16:48

O levantamento é o primeiro do instituto após as fraudes do INSS e do aumento do IOF

EMBATES POLÍTICOS

Plano alternativo ao IOF deve “evitar gambiarras” e Lula precisa entrar na negociação, diz Hugo Motta

29 de maio de 2025 - 18:30

Presidente da Câmara afirmou que o Brasil está cansado de tantos impostos e que se a equipe econômica não resolver, o Congresso irá

CONTANDO OS DIAS

Há ‘fortes indícios’ de que foco de gripe aviária está contido, diz ministro da Agricultura

23 de maio de 2025 - 18:52

Brasil já entrou no período de vazio sanitário, em que contabiliza 28 dias sem novos casos para voltar ao status de “livre de gripe aviária”

AGROFORUM 2025

“Se fizer o dever de casa e sinalizar um ajuste fiscal, imediatamente a economia melhora”, diz Mansueto Almeida

22 de maio de 2025 - 17:46

Economista-chefe do BTG Pactual acredita que com sinais claros de responsabilidade fiscal e controle de gastos, juros e inflação no país teriam espaço para cair rapidamente

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar