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Anna Larissa Zeferino

Anna Larissa Zeferino

Jornalista no mercado financeiro desde 2022. Pós-graduanda em Economia, Investimentos e Banking pela Universidade de São Paulo (ESALQ-USP). Escreve para os portais Seu Dinheiro e Money Times, e já passou por casas como Itaú BBA e XP.

ELEIÇÕES AMERICANAS - O FUTURO EM JOGO

‘Criptomoedas não precisam de políticos’: especialistas defendem que Bitcoin é caminho ‘sem volta’ e que eleição nos EUA não ameaça protagonismo digital

Bernardo Bonjean, da Metrix, e Lucas Josa, da Mynt, veem perspectiva de crescimento para os ativos digitais, quem quer que seja o novo presidente dos Estados Unidos

Anna Larissa Zeferino
Anna Larissa Zeferino
18 de outubro de 2024
16:30 - atualizado às 10:07
Market Makers Eleições EUA
Imagem: Reprodução/Market Makers

Não é segredo pra ninguém que as criptomoedas, a cada ano que passa, ganham mais relevância e avançam alguns degraus de institucionalização. O mercado que antes se restringia a fóruns na internet, passou a ser amplamente adotado pelos investidores, incluído em grandes fundos e ETFs e até mesmo considerado o futuro das finanças globais.

Não à toa, este é um dos grandes drivers nas atuais eleições presidenciais nos Estados Unidos. Isso porque republicanos e democratas, os partidos antagônicos da maior economia do mundo, divergem sobre o futuro deste mercado.

Enquanto Donald Trump se apresenta como um defensor do mundo cripto, Kamala Harris é herdeira de quatro anos de governo Joe Biden, período em que o mercado evoluiu, mas com um tom de cautela e regulatório.

É possível que os conflitos políticos influenciem no caminho das criptomoedas? Apesar da influência das eleições, especialistas entendem que o mercado cripto é um caminho “sem volta” e que o novo presidente americano pode influenciar mais na velocidade das mudanças do na direção.

A visão foi compartilhada por Lucas Josa, especialista em criptoativos da Mynt, corretora de criptoativos do grupo BTG Pactual, e Bernardo Bonjean, fundador da Metrix – gestora especializada em fundos de criptoativos.

Ambos discutiram o tema no evento Eleições Americanas: o futuro em jogo, promovido pelo Market Makers em parceria com o Seu Dinheiro. 

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Kamala ou Trump: qual o melhor candidato para as criptomoedas?

Na visão de Lucas Josa, uma vitória de Trump seria benéfica para “tudo” no mercado cripto:

“[Trump] vai ser muito benéfico para DeFi [finanças descentralizadas], para a construção de um cenário mais claro para cripto e para o desenvolvimento de novas soluções. [...] É muito mais para o geral, para absolutamente tudo.”

O entendimento é que Trump promete trazer a clareza que falta para os processos regulatórios de cripto, o que, por si só, já é “completamente diferente do que a gente vê no governo atual”, afirmou Josa. 

Enquanto isso, para um mandato de Kamala Harris, espera-se de fato um continuísmo: “inovação controlada com mais rigidez regulatória”.

Mas a regulamentação, em si, não é algo ruim. Pode até mesmo ajudar a atrair mais capital, por exemplo – se tudo der certo.

“A regulamentação americana pode trazer um impacto grande se conseguir atrair empreendedores que hoje estão nas big techs para o mundo cripto”, afirmou Bernardo Bonjean.

Mas essa discussão diz respeito ao ecossistema cripto, especialmente blockchain e outras narrativas em altcoins.

Para ambos os convidados, o Bitcoin (BTC), em si, sequer pode ser afetado pelas eleições.

Bitcoin ‘mais forte do que nunca’ independentemente das eleições

“Independentemente do resultado, se Trump ou Kamala ganharem, [o Bitcoin] vai subir”, afirmou Josa. Segundo ele, inclusive, há dois gatilhos para uma alta do BTC já no curto prazo:

  • Corte nas taxas de juros dos EUA;
  • Os recém-aprovados ETFs de Bitcoin que, segundo Josa, podem trazer um volume “monstruoso” para a moeda. 

Mesmo em um potencial governo de Kamala Harris, o Bitcoin continua favorecido justamente por ser uma alternativa aos problemas estruturais da economia americana – foi esse um dos motivos por trás de sua criação, em 2009.

Segundo Bernardo Bonjean, “hoje tanto o Trump quanto a Kamala não apresentaram um plano para controlar o déficit americano. Então, a narrativa do Bitcoin como uma moeda deflacionária, como hedge, continua mais forte do que nunca”.

Coincidência? A relação entre alta do Bitcoin e as eleições americanas

Mas as últimas três eleições presidenciais americanas (2020, 2016 e 2012) foram todas sucedidas por altas do Bitcoin na época.

Não há nenhuma relação entre Bitcoin e eleições? Segundo Lucas Josa, talvez não:

“O grande ponto é que, em cripto, acaba tendo essas coincidências [temporais] com ciclos de expansão monetária, o halving, e também as eleições. [...] Pensando em eleições, acho que a gente tem muito mais coincidência do que qualquer coisa.”

Mas se pudermos criar alguma conexão, qual seria? Mais uma vez, a resposta está na clareza.

“Independente de quem venceu as eleições, você tira da equação [...] um pouco da incerteza. Talvez [o presidente eleito] não seja a melhor opção para cripto, mas você já sabe como vai conduzir [o tema]. Quando você traz um pouco mais de clareza, fica um pouco melhor”, concluiu Josa.

Cripto não precisa de políticos: futuro resiliente apesar de tudo

Na visão dos convidados, pressões políticas não poderão deter o mercado cripto, no final das contas.

“Eu gosto de uma frase que diz o seguinte: 'cripto não precisa dos políticos, mas os políticos precisam de cripto'”, afirmou Bonjean. E completou:

“O mercado ficou extremamente grande para ser ignorado. Estamos falando de um mercado que hoje vale US$ 2,2 trilhões. Temos 50 milhões de americanos com posição direta ou indireta em cripto. [...] Para mim é um mercado sem volta.”

“Não faria sentido tirar isso dos Estados Unidos”, acrescenta Josa. “O mercado financeiro como um todo nunca teve toda essa transparência que temos dentro do mundo cripto e do ambiente de blockchain. Nunca foi tão democrático assim.”

E para o investidor, o que resta?

Segundo Bonjean, o que o investidor deve fazer é se posicionar em criptoativos.

“O que eu vejo a longo prazo é que esses US$ 2,2 trilhões têm espaço para valer US$ 10, 15 trilhões. [...] É quase que mandatório você colocar uma parcela do seu patrimônio [em cripto] e ‘esquecer’. O maior risco é você ficar de fora.”

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