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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

SOB INTERROGATÓRIO

Pressionado, Zuckerberg engole seco, gagueja e pede desculpas a famílias de vítimas de omissões de suas redes sociais — assista ao vídeo

Além de Zuckerberg, os CEOs do TikTok, Snap, X e Discord foram interrogados durante quase quatro horas em uma audiência sobre segurança infantil

Camille Lima
Camille Lima
1 de fevereiro de 2024
13:28 - atualizado às 12:08
Mark Zuckerberg
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook - Imagem: Shutterstock

A situação esquentou para o setor de tecnologia na última quarta-feira (31) — desta vez, não por causa de balanços financeiros das big techs, mas sim devido a uma audiência pública nos Estados Unidos sobre o papel de algumas das maiores empresas de mídia social do planeta, incluindo a Meta — dona de redes como o Facebook e Instagram — na segurança de jovens que utilizam essas plataformas.

Durante a audiência no Congresso, Zuckerberg pediu desculpas, aos gaguejos, aos pais que alegam que o Instagram contribuiu para o suicídio ou exploração de seus filhos.

“Sinto muito por tudo que vocês passaram”, disse Zuckerberg. "É terrível. Ninguém deveria passar pelas coisas que suas famílias sofreram e é por isso que investimos tanto e continuaremos a fazer esforços em todo o setor para garantir que ninguém tenha que passar pelas coisas que suas famílias tiveram que sofrer. ”

O pedido de desculpas do executivo veio após uma forte pressão do senador Josh Hawley sobre se o executivo pediria desculpas diretamente aos pais. 


Na audiência, as famílias — que alegam que seus filhos se machucaram ou se mataram como resultado de conteúdo nas redes sociais — estavam sentadas logo atrás dos líderes das big techs, mostrando fotos de seus filhos e reagindo profundamente a todas as perguntas e respostas dos executivos.

Além do chefão da Meta, Mark Zuckerberg, os CEOs do TikTok, Snap, X e Discord foram interrogados durante quase quatro horas por senadores norte-americanos em uma audiência sobre segurança infantil, chamada “Big Tech e a crise da exploração sexual infantil online”. 

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“Senhor Zuckerberg, você e as empresas diante de nós, eu sei que não é sua intenção, mas vocês têm sangue nas mãos”, disse Lindsey Graham, senadora da Carolina do Sul. “Vocês têm um produto que está matando pessoas.”

Os legisladores querem entender o que as gigantes de tecnologia estão fazendo para proteger as crianças nas plataformas digitais de questões como pornografia e exploração sexual de menores. Atualmente, tramita no Congresso uma lei que busca responsabilizar as empresas de mídia social pelos conteúdos postados em suas plataformas.

Zuckerberg e o CEO da TikTok, Shou Zi Chew, concordaram voluntariamente em testemunhar. Porém, os chefes da Snap, Evan Spiegel, X (antigo Twitter), Linda Yaccarino, e Discord, Jason Citron, inicialmente recusaram e receberam intimações do governo.

Mark Zuckerberg sob interrogatório

A linha de interrogatório de Mark Zuckerberg contou com questionamentos duros de senadores sobre temas como imagens sexualmente explícitas não consensuais de crianças no Instagram e mortes por drogas vinculadas às plataformas de mídia social.

Atualmente, a Meta enfrenta um processo federal que alega que o Facebook e o Instagram criaram intencionalmente recursos “psicologicamente manipuladores” para manter as crianças viciadas e que ocultaram dados internos que revelariam os danos das plataformas aos usuários mais jovens.

O senador Richard Blumenthal questionou Zuckerberg sobre uma série de e-mails que o CEO supostamente teria recebido do diretor de assuntos globais da Meta, Nick Clegg. “Nick Clegg estava pedindo, implorando, recursos para apoiar a narrativa e cumprir os compromissos”, disse Blumenthal. 

Em um e-mail, Clegg escreveu: “Não estamos no caminho certo para ter sucesso em nossos principais tópicos de bem-estar: uso problemático, conexões de intimidação e assédio e SSI”, que significa “autolesão suicida”.

O diretor da Meta ainda escreveu em outro e-mail a Zuck que a capacidade da empresa de garantir a segurança nas suas plataformas estava sendo prejudicada pela falta de investimento nos esforços.

Por sua vez, o senador Peter Welch questionou os CEOs sobre a onda de demissões nas big techs no ano passado que atingiu os funcionários nos departamentos de confiança e segurança.

Zuckerberg afirma que a Meta tem 40 mil pessoas trabalhando em sua divisão de confiança e segurança e que as demissões de Meta foram “gerais” e “não estavam realmente focadas nessa área”.

O senador republicano Ted Cruz ainda perguntou: “Sr. Zuckerberg, o que diabos você estava pensando?” sobre um aviso do Instagram de que os usuários que eles podem estar prestes a ver material de abuso sexual infantil, mas que pergunta se eles gostariam de “ver os resultados de qualquer maneira”.

O CEO da Meta disse que a “ciência básica por trás disso” é que “muitas vezes é útil, em vez de apenas bloqueá-lo, ajudar a direcioná-los para algo que poderia ser útil”, mas prometeu investigar a questão pessoalmente.

O que disseram os CEOs do TikTok e Snap

Já o CEO do TikTok, que pertence à empresa chinesa ByteDance, foi questionado se sua empresa compartilhava dados de usuários dos EUA com o governo chinês — o que ele negou.

O senador Tom Cotton perguntou a Chew, que é de Singapura, se alguma vez o executivo pertenceu ao Partido Comunista Chinês. “Senador, sou cingapuriano. Não”, respondeu Chew.

Cotton questionou outra vez se o CEO já foi associado ou afiliado ao Partido Comunista Chinês. Chew respondeu: "Não, senador. Mais uma vez, sou cingapuriano."

O executivo afirmou que, como pai de três filhos pequenos, sabia que as questões em discussão eram “horríveis e o pesadelo de todos os pais” e admitiu que seus filhos não usavam o TikTok por causa das regras em Cingapura que proíbem menores de 13 anos de criar contas.

Enquanto isso, o chefe da Snap — dona do Snapchat —, Evan Spiegel, ofereceu condolências aos pais cujos filhos tiveram acesso a drogas ilegais na plataforma. 

No fim do ano passado, os pais de mais de 60 adolescentes entraram com uma ação no contra a empresa por supostamente facilitar a aquisição de medicamentos usados ​​em overdoses por seus filhos.

“Lamento muito que não tenhamos conseguido evitar estas tragédias. Trabalhamos muito para bloquear todos os termos de pesquisa relacionados a drogas em nossa plataforma”, disse Spiegel.

*Com informações de BBC, CNBC, The Guardian e Financial Times.

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