Bilionários sob escrutínio? Por que a Austrália não vai mais conceder o “visto de ouro” aos super-ricos
O visto garantia a permanência de “investidores significantes” por até cinco anos na Austrália — mas a estratégia do governo agora é outra

O mau humor das segundas-feiras parece contagiar os ricaços do mundo inteiro hoje. Isso porque a Austrália acaba de decidir que os bilionários não receberão mais o “visto de ouro”.
Até então, o governo australiano permitia que “investidores significantes” gringos que colocassem mais de 5 milhões de rólares australianos (R$ 16,25 milhões) no país vivessem por lá, em uma estratégia para atrair negócios estrangeiros.
“Você deve manter investimentos significativos continuamente durante a vigência do seu visto provisório”, determinava o ministério de assuntos internos da Austrália.
O visto garantia a permanência do investidor por até cinco anos na Austrália, com direito de levar membros da família, como filhos e cônjuge, e realizar atividades de investimento por lá.
Agora, com a revogação do “golden visa”, esses super-ricos não terão mais direito de morar no país.
E o motivo? Basicamente, a presença desses bilionários através do visto não traz resultados financeiros à altura da quantidade de benefícios concedidos.
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O “visto de ouro” da Austrália
A revogação do “visto de ouro” na Austrália foi realizada em meio a uma reforma da imigração após o governo ter descoberto que esse benefício estava “proporcionando resultados econômicos ruins” para o país.
Isso porque, desde o lançamento do programa de “vistos de investidores significativos” (SIV, na sigla em inglês), em 2012, milhares de vistos foram concedidos pelo governo.
Do total de vistos, cerca de 85% dos candidatos aprovados são provenientes da China, segundo o governo australiano.
Acontece que as análises do Estado australiano concluíram que o esquema não cumpriu com seus objetivos principais.
“Há anos que é óbvio que este visto não satisfaz as necessidades do nosso país e da nossa economia”, disse a ministra australiana Clare O’Neil.
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Lupa sobre os bilionários
Vale destacar que, além da falta de retorno financeiro, críticos do visto argumentam que o visto de ouro muitas vezes é usado por “funcionários corruptos” para alocar seus “fundos ilícitos”.
Em 2016, uma investigação interna levantou preocupações sobre uma "potencial para lavagem de dinheiro e outras atividades nefastas".
Já em 2022, o jornal The Australian informou que membros do governo de Hun Sen no Camboja estariam entre os maus atores que exploraram o sistema de “visto de ouro”.
A investigação do governo também concluiu que os vistos traziam para a Austrália pessoas com "menos perspicácia empresarial", ao mesmo tempo em que ofereciam benefícios fiscais que custavam caro ao povo australiano.
Agora, a ideia da Austrália é criar mais vistos para trabalhadores mais qualificados que possam realizar “contribuições descomunais” para o país.
A decisão do governo da Austrália acompanha a medida tomada pelo Reino Unido em 2022, quando abandonou o sistema que permitia uma residência rápida aos super-ricos devido a preocupações com a entrada de dinheiro russo ilícito.
A situação não está diferente em Malta, onde os regimes de “golden visa” para cidadãos ricos que não nasceram na União Europeia também estão sob escrutínio.
*Com informações de BBC.
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