A escolha de um bilionário: por que Bill Ackman decidiu comprar 5% da bolsa de valores de Israel durante a guerra
O anúncio ocorreu no momento em que a bolsa israelense anunciou o preço de uma oferta secundária de 17.156.677 ações, ou 18,5% de seu valor de mercado, ao preço de 20,60 shekels (US$ 5,50) por ação
A guerra entre o Hamas e Israel não afastou o interesse dos maiores investidores do mundo no mercado de ações do país. O bilionário de fundos de hedge Bill Ackman comprou uma participação de quase 5% na Bolsa de Valores de Tel Aviv.
O anúncio ocorreu no momento em que a bolsa israelense anunciou uma oferta secundária de 17.156.677 ações, ou 18,5% de seu valor de mercado, ao preço de 20,60 shekels (US$ 5,50) por ação — colocando a compra de Ackman em US$ 17,3 milhões.
“A transação atraiu grande interesse de investidores em Israel, nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália, refletindo um forte voto de confiança tanto na Bolsa de Valores de Tel Aviv quanto na economia israelense em geral”, diz o comunicado da Bolsa de Tel Aviv.
“Entre os compradores proeminentes estavam Neri Oxman e Bill Ackman, que concordaram em comprar aproximadamente 4,9% de participação acionária na Tase”, acrescenta a nota.
A bolsa planeja “usar os recursos líquidos desta oferta para investimento em sua infraestrutura tecnológica”.
O bilionário e Israel
A escolha de Ackman pela Bolsa de Tel Aviv não é aleatória. O bilionário — que é fundador e CEO da Pershing Square Capital Management — tem sido um defensor de Israel desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro, que desencadeou a invasão terrestre israelense da Faixa de Gaza.
A esposa do bilionário, Neri Oxman, é designer e professora de arquitetura americano-israelense.
Essa aquisição é o primeiro investimento de Ackman em Israel desde o início da guerra, de acordo com a Bloomberg.
Ackman, que é judeu, se envolveu em uma briga com a Universidade de Harvard depois que mais de 30 grupos estudantis assinaram uma declaração que atribuiu total culpa a Israel pelo ataque do Hamas em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e mantém outros 240 ainda como reféns.
O titã dos fundos de hedge se descreve como pró-palestiniano e pró-israelense, escrevendo em um post no X no final de outubro: “Eu sou pró-palestiniano. Alguns podem ficar surpresos com isso devido à minha recente defesa de Israel, mas você não deveria ficar. Sou antiterrorista, não antipalestino. Não é inconsistente ser pró-Israel e pró-Palestina.”
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