Não compre um automóvel novo antes de ler isso: veja os carros que chegarão às concessionárias até o fim do ano

A menos de dois meses para terminar o ano, ainda restam alguns últimos lançamentos de carros em 2024.

Modelos inéditos, novas versões e reestilizações estão por todo lado e quem não conhece muito sobre automóveis pode ficar bem confuso.

Afinal, é no segundo semestre que a indústria comemora as boas vendas, que ficam ainda mais aquecidas nos últimos meses do ano.

É quando também os interessados esperam por novidades e os carros viram o ano de fabricação/modelo – lembre-se que na revenda vale o segundo, ou seja, dos atuais 24/25 o preço será baseado pelo mais novo, 25, enquanto um 24/24 vai ser precificado pelo 24.

Então, esta é a primeira dica: se for comprar um carro 24/24, eventualmente em estoque, ele deve valer um desconto de no mínimo 10% sobre o modelo 24/25 sem mudanças.

Se o modelo 25 foi reestilizado ou ganhou novos conteúdos, por exemplo, considere um abatimento de 15 a 20%.

Desconto, aliás, tem sido uma das vantagens de agora ao comprar carros.

Lembra quando o mercado sofreu com falta de peças durante a pandemia, os preços explodiram e havia filas de espera? Nada como um dia depois do outro.

A Anfavea, que representa a indústria autombilística, diz que há mais de 80 mil veículos importados em estoque.

Isso porque o governo decidiu no final do ano passado voltar a cobrar alíquota de importação de eletrificados (elétricos e híbridos), antes isentos, de forma escalonada, até chegar a 35% em 2026.

• LEIA TAMBÉM: Fim da linha para esses carros? Conheça 15 modelos prestes a serem aposentados e que podem proporcionar alguma vantagem para você

Para não ter que fazer reajustes, marcas, sobretudo chinesas, encheram navios de carros e agora lotam portos.

O que pode ser ruim para o varejo, é favorável aos consumidores, que contam com uma ampla oferta, bônus de fábrica e outras condições oportunas.

Fique de olho, pesquise em diferentes concessionárias, compare e barganhe.

Afinal, nenhuma marca quer virar o ano cheio de carros em seus pátios.

Depois de contextualizar o momento do setor, vamos conhecer 25 recentes novidades e o que ainda pode vir nesse restinho de 2024.

Carros médios

Uma das poucas novidades para carros médios vendidos no Brasil vem da BMW, com seu sedã best seller.

BMW 320i: Produzido em Araquari (SC), o sedã premium recebeu mais atualizações internas e de conteúdos, que o deixaram R$ 10 mil mais caro. A versão 320i GP agora parte de R$ 333 mil.

Por fora, o Série 3 ganhou novas rodas na versão M Sport. Por dentro, novidades pontuais, como novo volante e saídas do ar-condicionado. Na mecânica permanece o bom motor 2.0 turboflex de 184 cv e câmbio automático de 8 marchas, com tração traseira. Todas as versões contam com o Live Cockpit Professional, duas telas curvadas de 12,3” (instrumentos) e 14,9” (multimídia).

Carros compactos

Cada vez mais raros, os modelos de entrada pouco inovam.

Este ano, a maior novidade entre os carros compactos foi o 208, que recebeu uma reestilização.

Uma nova versão do Argo e um C3 mais esperto também começam a chegar às lojas.

Mais para meados de novembro, a Honda deve iniciar as vendas do City que receberá atualizações.

• Peugeot 208

Produzido na Argentina, onde foi lançado em agosto, começou a chegar por aqui sem surpresas.

Ficou mais moderno, abandonou o antigo motor 1.6 e agora só é oferecido com as opções aspirada e turbo do 1.0, e câmbio manual ou CVT. Os preços variam de R$ 89 mil (1.0 manual) a R$ 124 mil (GT turbo CVT, cheio de itens de segurança).

• Citroën C3 You

O modelo de entrada da marca de origem francesa e com fábrica em Porto Real (RJ), recebeu uma versão mais jovem e nervosinha. A You traz o bom motor 1.0 turbo de até 130 cv e câmbio CVT –  o mesmo do Pulse, 208, Fastback e Strada.

Por R$ 101 mil, é o C3 mais divertido e gostoso de dirigir, e apesar do acabamento espartano, traz de série multimídia com tela de 10”, câmera de ré e bancos revestidos de material premium com costuras azuis, mas é pobre na segurança, oferecendo apenas 2 airbags e assistente de partida em rampa.

• Fiat Argo Endurance

Na briga pelo segmento de entrada, eis um compacto para quem valoriza um carro mais robusto e de motor mais potente e não faz questão de conteúdos que encarecem o produto final.

Com essa proposta, o hatch traz suspensão elevada em 3 cm, motor 1.3 de até 107 cv e o necessário: ar, travas e vidros dianteiros elétricos, direção elétrica e duplo airbag por R$ 90 mil. Quem quiser mais sistema multimídia, sensores e câmera de ré pode acrescentar os pacotes opcionais.

SUVs

A categoria da moda não para de crescer e surpreender.

Novas versões e carros inéditos começam a chegar às lojas, com a expectativa do lançamento do novo SUV compacto da Toyota, o Yaris Cross, que deve ser apresentado ainda este ano.

Nas próximas semanas, a Fiat lança seus primeiros eletrificados feitos em Betim (MG), com sistema híbrido-leve esperado para estrear no Pulse e Fastback.

• Peugeot 2008

Misto de uma station wagon e um SUV, o 2008 foi renovado de corpo e alma. Construído sobre a plataforma CMP, a mesma de outros Peugeot e Citroën mais modernos, o crossover tem um visual atraente, motor adequado ao tamanho, o 1.0 turboflex de até 130 cv, cockpit que te veste, entrega uma posição mais baixa de dirigir e é todo moderno, com painel de instrumentos com efeito 3D, multimídia de 10,3” e, conforme a versão, carregador por indução e teto solar panorâmico e elétrico.

Na versão topo de linha, a segurança é elogiável, com 6 airbags, alertas de colisão com frenagem automática, de saída de faixa, de ponto-cego, reconhecimento de placa, detector de fadiga e alerta e correção de permanência em faixa. Preços variam de R$ 140 mil a R$ 170 mil. A variante elétrica chegou depois, mas tem preço salgado: R$ 270 mil. Está mais potente (158 cv), a bateria maior proporciona mais autonomia (261 km), além de um pacote completo de itens de conforto e segurança.

• Renault Kardian manual

Com vendas ainda tímidas, apesar do bom produto, a Renault quer focar nas vendas diretas (frotistas, locadoras e aplicativos) com esta versão de motor 1.0 turboflex de até 125 cv acoplado ao câmbio manual de 6 marchas.

Por R$ 107 mil, tem conteúdos mais enxutos e interior (ainda) mais espartano que as versões automáticas, mas é uma opção interessante para quem curte trocar as marchas. De série, conta com painel de instrumentos digital de 7", multimídia flutuante de 8", 6 airbags e controlador de velocidade, entre outros itens.

• Hyundai Creta

O design controverso do SUV compacto lançado em 2021 nunca atrapalhou seu sucesso. Agora, ganha uma renovação completa no visual, novo motor e mais conteúdos. Das cinco versões, quatro mantêm o motor 1.0 turboflex de até 120 cv com preços que variam de R$ 141.890 a R$ 182.909. A variante topo de linha, por R$ 190 mil, estreia o motor 1.6 só a gasolina de 193 cv.

Nas versões mais caras, as telas do quadro de instrumentos e multimídia estão integradas com 10,25” cada, nova iluminação e para a segurança 6 airbags. A partir da segunda versão já conta com frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência e centralização de faixa, sensor de fadiga e farol alto adaptativo. O visual ficou mais arrojado e sóbrio, que lembra o do SUV grande Palisade. Iluminação em dois níveis, grade mais quadrada e lanternas interligadas por uma barra iluminada de LED deram nova vida ao Creta.

• Citroën Basalt

Terceiro modelo a ser produzido pela mesma plataforma CMP em Porto Real (RJ), o Basalt é um SUV cupê, de design arrojado, amplo espaço interno e preços agressivos que o colocam como o mais acessível de sua categoria.

Disponível em quatro versões, parte R$ 90 mil (Feel 1.0), R$ 97 mil (Feel Turbo), R$ 105 mil (Shine Turbo) e R$ 107.390 (First Edition Turbo). Apenas a versão de entrada conta com motor 1.0 aspirado de até 75 cv e câmbio manual de 5 marchas. Os demais são equipados com motor turboflex 1.0 de até 130 cv e transmissão CVT. Tem bom espaço e desde a versão de entrada já traz sistema multimídia de 10”, câmera de ré, ar-condicionado, rodas de 16” e três tomadas USB.

• Caoa Chery Tiggo 8 Pro

Com a mesma estratégia de Tiggo 5 e 7, a Caoa Chery lança uma opção de seu SUV de 7 lugares com itens valorizados pelos brasileiros: motor potente, tecnologia, conectividade e acabamentos premium a preço competitivo. Recentemente teve um reajuste e subiu pouco mais de R$ 6 mil, e agora sai a R$ 195 mil.

Por ocasião do lançamento, em agosto, foi anunciado a R$ 188.888,88. Leve reestilização, novo conjunto ótico com iluminação aperfeiçoada e imensa tela de 24,6” integrando quadro de instrumentos e multimídia e câmera 540 graus – 360 graus somada aos 180 graus das imagens sob o carro – fazem o SUV se destacar. Vale citar também o pacote completo de itens de série. Sob o capô mantém o 1.6 turbo a gasolina de 187 cv de potência e transmissão automatizada.

• Volkswagen Nivus

O SUV cupê ganhou uma leve atualização de meia vida e custa o mesmo: R$ 137 mil pela Comfortline e R$ 154 mil a Highline. No visual, exibe a identidade visual dos modelos europeus, com filete de LED na grade e faróis mais finos. Na traseira, as lanternas ganharam uma barra em LED.

O acabamento recebeu algumas melhorias e o multimídia de 10,1” tem internet embarcada. Sob o capô, o mesmo e bom motor 1.0 turboflex de até 128 cv. Quem quiser um Nivus mais nervosinho, pode esperar pela já anunciada versão GTS, com motor 1.4 de 150 cv que chega nos primeiros meses de 2025.

• Audi Q8

O SUV topo de linha já está confirmado para o Brasil, chega apenas na versão  Performance Black por R$ 775 mil. O design foi ligeiramente renovado, com uma nova barra que une as lanternas. Três telas de 12,3, 10,1 e 8,6” integram o painel de instrumentos, multimídia e do ar-condicionado.

O motor é o mesmo V6 3.0 de 340 cv aliado à transmissão automática de 8 marchas, tração integral e um sistema elétrico de 48 volts coloca o SUV na categoria de híbrido leve. Forrado de itens de conforto e segurança, tem uma ampla lista de itens opcionais, como a câmera de visão noturna a R$ 24 mil.

Carros elétricos

O segmento dos EVs está aquecido, não apenas das marcas tradicionais, como também com caras e marcas novas.

Em busca de carros eficientes e com maior autonomia, algumas importadoras apostam em modelos de matéria maior e, consequentemente, mais caros.

Mas há estratégias focadas em volume, casos de BYD, Neta e até a Mini, que trazem elétricos a preços bem competitivos.

• BYD Yuan Pro

O sobrenome Pro vem sendo apontado pela marca chinesa como veículos de volume, a preços mais acessíveis e abrindo mão de equipamentos. Com bateria menor que o Plus e preço muito competitivo – R$ 182.800 –, que o faz ser o SUV elétrico mais acessível do Brasil. A ideia é brigar com SUVs flex. O BYD Yuan Pro é 100% elétrico e vem equipado com uma bateria de 45 kWh, o que pelo Inmetro lhe dá alcance de 250 km. O motor rende 177 cv de potência.

O interior surpreende pelo bom acabamento, sem economias. A tela do quadro de instrumentos tem 8,8” a central multimídia é de 12,8". De série ele traz bancos com revestimento premium e os frontais com ajustes elétricos, câmera 360 graus, chave presencial, abertura do carro por NFC e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. Para a segurança, que é mais enxuta, oferece apenas 6 airbags e assistente de partida em rampa. O piloto automático é simples e tem ainda monitoramento de pressão de pneus. E só. Não há assistências ao motorista.

• Kia EV5

Depois de subir de patamar e vender híbridos no Brasil, a Kia dá mais um passo na eletrificação e lança o EV5, seu primeiro modelo 100% elétrico por aqui. Pelo menos este ano a expectativa é de baixos volumes – estimativa de 20 unidades por mês.

O EV5 chega em versão única Land por R$ 400 mil. Importado da China, o crossover de porte médio impressiona pelo visual arrojado, motor de 217 cv e bateria de 88 kWh, que lhe garante autonomia de 402 km (Inmetro). Por dentro é todo futurista, conta com três telas que juntas chegam a 30”.

• Chevrolet Blazer EV

Do antigo, só o nome. O SUV agora apenas na versão elétrica vem importado dos EUA e custa R$ 479 mil em versão única RS. O Blazer vem equipado com um motor elétrico traseiro que gera 347 cv de potência.

A bateria de 102 kWh entrega a boa autonomia de 481 km, segundo o Inmetro. Com pacote completo de itens de conforto e segurança, se destaca pelo painel digital com tela de 11”, multimídia de 17,7”, wi-fi nativo e som Bose, entre outros.

• Zeekr 001

A chinesa Zeekr, do grupo Geely, o mesmo que controla Volvo Car, Smart e Lotus, chega ao Brasil com o elétrico 001, uma proposta de compacto premium com pretensão de brigar com Audi, BMW e Mercedes-Benz. Por R$ 428 mil, o 001 conta com dois motores que geram 544 cv e sua bateria de 100 kWh lhe dá autonomia de 426 km (Inmetro).

Entre os conteúdos, destaque para rodas de 22 polegadas, ar-condicionado de três zonas, sistema Adas completo e conjunto de áudio premium Yamaha. A Zeekr pretende abrir até 15 concessionárias e não foca no volume e, sim, na experiência, segundo seus executivos.

• Hyundai Ionic 5

Finalmente a Hyundai inicia as vendas de um modelo 100% elétrico no Brasil em grande estilo, o Ioniq 5 na versão Signature, por R$ 395 mil. O crossover vem equipado com bateria de 84 kWh e dois motores elétricos integrados aos eixos dianteiro e traseiro (tração integral), o que rende 325 cv de potência combinada. A autonomia é de 374 km, segundo o Inmetro.

Por dentro, o multimídia e painel de instrumentos integrados formam uma tela de 24,6”, além do head-up display, câmera 360 graus e sistemas completos de assistência ao condutor. O teto solar panorâmico possui cortinas retráteis que se abrem em sentidos opostos. Os assentos dianteiros são ajustáveis eletricamente em 8 pontos com memória e os assentos traseiros possuem ajuste longitudinal elétrico e de inclinação customizável.

• Chevrolet Equinox EV

O crossover que nunca embalou nas vendas começa a ser importado apenas na versão elétrica. Vem equipado com dois motores elétricos de 292 cv e autonomia de 443 km. Na lista de equipamentos traz painel de instrumentos com tela de 11", multimídia de 17,7", wi-fi nativo para até sete dispositivos e comando de funções remotas.

Para a segurança conta com 7 airbags, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal e traseira, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa de rolamento e sensor de pontos cegos. Preço: R$ 419 mil, valor que não vai ajudar a colocar pressão em concorrentes mais badalados, como Volvo C40 e BMW iX1. Mas pelo menos uma versão a gasolina é esperada ainda para os próximos meses.

• Neta Aya

Mais uma marca chinesa aporta no Brasil, desta vez a Neta, com 10 anos de estrada e presente em 29 países. Por aqui, seus executivos deixam expresso o desejo de abrir uma fábrica. Enquanto isso não acontece, a Neta iniciou a pré-venda do Aya, subcompacto elétrico de quatro lugares, do porte de um BYD Dolphin Mini, bateria de 40,7 kWh que impulsiona um motor elétrico de 95 cv de potência e 263 km de autonomia. Preço: R$ 124 mil.

A promessa é nomear 30 lojas autorizadas ainda neste ano, chegar a 70 em 2025 e manter um centro de reposição de peças com estoque de 75 mil componentes. Problemas burocráticos atrasaram a chegada dos carros e a homologação, então é bom ficar de olho nos próximos movimentos para entender se a marca insiste em atracar mesmo no Brasil.

• Mini Cooper E

O tradicional modelo britânico chega na versão elétrica por R$ 210 mil.

É alimentado por uma bateria de 40,7 kWh, impulsiona um motor de 184 cv e possui autonomia de 246 km. Oferece diversos assistentes ao motorista e Parking Assistant, interior em dois tons e som premium da Harman-Kardon.

Picapes

As picapes também se multiplicaram.

De pequenas, passaram a intermediárias que brigam com as médias de entrada, enquanto versões mais caras das médias esbanjam tecnologia e conforto. Isso sem falar das grandes, que embora sejam de nicho pelo tamanho e preço, vêm fazendo sucesso no mundo agro.

De última hora soubemos que a linha 2025 da Rampage também terá atualizações, entre elas um novo motor turbodiesel, para atender às normas do Proconve L8, e novas versões.

E tem mais novidade chegando, confira!

• BYD Shark

A primeira picape média híbrida plug-in começa a chegar em versão única por R$ 379.800, preço que decepcionou porque era esperado algo mais competitivo. Produzida na China, a Shark vem equipada com motor 1.5 turbo que combinado a dois motores elétricos rende 437 cv de potência e tração integral.

A bateria de 29,6 kWh é pequena e lhe dá autonomia de 57 km, mas o consumo impressiona: ela faz 24,6 km/l na cidade e 19,9 km/l na estrada. A capacidade de carga de apenas 790 kg mostra que ela não é uma picape de trabalho. Por dentro é confortável, traz sistema completo de segurança e assistências ao motorista. Um pouco maior que as médias do mercado, mira competir com versões mais luxuosas de Hilux, S10 e Ranger, entre outras, com motor turbodiesel.

• JAC Hunter

A importadora voltou atrás e passou a apostar de novo em modelos a combustão, pelo menos para sua picape média que já rodava em testes por São Paulo fazia mais de um ano. Disponível na versão HD 4x4 AT, possui motor turbodiesel 2.0 de 191 cv, câmbio automático de 8 marchas e tração nas 4 rodas. Traz a maior capacidade de carga do mercado, 1.400 kg.

No visual, uma ampla grade e faróis divididos em três partes dão um ar de agressividade à sua frente. À venda por R$ 259.900, vem bem equipada. Mas com apenas cinco concessionárias abertas, a picape fica realmente limitada em volume. A JAC, contudo, diz ter oficinas autorizadas e assistência de parceiros em 100 cidades.

• RAM 1500

A linha 2025 está chegando às lojas em novembro com novo motor: no lugar do Hemi V8 traz um Hurricane 6 cilindros em linha 3.0 biturbo de 426 cv e câmbio automático de 8 marchas. Passa a ser a picape mais rápida do mercado, fazendo 0 a 100 km/h em 5,3 segundos, uma diferença bem pequena para a esportiva Ranger Raptor (5,8 segundos).

Beberrona, faz 6 km/l na cidade e 7 km/l na estrada. A tração trabalha no eixo traseiro e pode tornar-se 4x4 por um seletor no painel. Por fora, ganhou renovação em para-choque, faróis e grade. É mais uma picape para desfilar: sua capacidade de carga vai até 557 kg (menos que uma Strada de cabine Plus, que leva 720 kg). Serão duas versões, partindo de R$ 541 mil.

• Ford Ranger Black

Detentora de uma das mais modernas picapes médias do mercado, a Ford lançou uma versão de entrada, a Black. Por R$ 220 mil, ela cutuca modelos intermediários. É focada no uso urbano: vem equipada com motor 2.0 turbodiesel que rende 170 cv, câmbio automático de 6 marchas e tração 4x2. No consumo, faz 10,1 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada, e com seus 80 litros no tanque de combustível entrega autonomia em torno de 880 km.

Como diferenciais, traz itens na cor grafite e oferece de série rodas de 18”, faróis full-LED, sete airbags, sistema multimídia com tela de 10”, câmera, sensor de ré, piloto automático e alarme perimétrico. Com esse preço, mira picapes menores do porte de Fiat Toro (a partir de R$ 202 mil) e a Rampage, que parte de R$ 255 mil e deve ter em breve uma versão de entrada bem competitiva. 

• Volkswagen Amarok

A picape média da Volks, produzida na Argentina, busca num ligeiro facelift sua permanência no mercado. Disponível em três versões e preços a partir de R$ 314 mil, teve mais alterações na dianteira: a linha 2025 conta com novos capô, grade, para-choque e faróis full LED.

Por dentro recebeu novos acabamentos, multimídia com tela de 9” e 6 airbags. O bom motor V6 turbodiesel de 3 litros e 258 cv foi mantido. Com a função Overboost, é possível aumentar a potência para 272 cv por 10 segundos – recurso disponível quando a picape estiver rodando entre 50 e 120 km/h.

• Ford F-150

Após pouco mais de um ano de mercado, a picape grande conseguiu emplacar 1.200 unidades no Brasil, um mérito e tanto. Agora a picapona recebe atualização e novos conteúdos. São duas versões Lariat (cromada) e Lariat Black pelos mesmos R$ 520 mil. Além de algumas mudanças pequenas em faróis, lanternas e logotipo mais destacado, a F-150 traz uma nova tampa da caçamba com abertura lateral para facilitar o acesso.

Por dentro, as novidades são quadro de instrumentos e multimídia com telas integradas de 12”cada, head-up display e diferentes padrões de acabamento. O motor é o mesmo V8 4.0 de 405 cv acoplado ao câmbio automático de 10 marchas. O tanque de gasolina foi estendido para 136 litros, suficiente para dar autonomia acima de 1 mil km à picape. Mas é beberrona. O consumo em cidade, conforme o Inmetro, é de 6,3 km/l e na estrada, 8,6 km/h.