Por que a Suzano (SUZB3) quer tirar mais 40 milhões de ações de circulação do mercado — e o que isso significa para os acionistas
A recompra de ações é uma das maneiras de remunerar o investidor; entenda como a operação impacta os acionistas

Depois de um prejuízo bilionário no segundo trimestre, a direção da Suzano (SUZB3) deu aos acionistas um novo voto de confiança sobre o futuro da companhia de papel e celulose.
A empresa decidiu tirar de circulação 40 milhões de ações SUZB3 por meio de um novo programa de recompra.
A cifra representa em torno de 6,3% do total de ações atualmente negociadas na bolsa, de 633,5 milhões de papéis.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
“A recompra sinaliza ao mercado a confiança da administração na performance da companhia”, afirmou a Suzano, em fato relevante enviado à CVM.
A operação teve início nesta sexta-feira (9) e poderá ser estendida por 18 meses, até 9 de fevereiro de 2026.
Por que a Suzano (SUZB3) vai recomprar ações — e o que isso significa para os acionistas
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Suzano (SUZB3) a aprovar um programa de recompras como esse. Entre eles, estão:
Leia Também
- A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
- Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
Quando uma companhia recompra suas ações em programas como esse, os papéis deixam de circular na bolsa de valores e passam a ser mantidos em tesouraria.
De acordo com a Suzano, o objetivo da nova recompra é maximizar a geração de valor para os acionistas através de uma alocação de capital mais eficiente, “considerando o potencial de rentabilidade de suas ações”.
Para a companhia de papel e celulose, a recompra de ações e a alocação de capital proporcionarão “maiores retornos futuros” para os investidores.
É importante lembrar que a recompra é justamente uma das maneiras que uma empresa pode optar para dar retorno para o seu investidor.
Isso porque, caso ela opte por cancelar as ações recompradas, o acionista ganha por ficar com uma participação proporcionalmente maior — é exatamente isso que acaba de acontecer com a Suzano.
Afinal, a empresa decidiu cancelar os 40 milhões de papéis mantidos em tesouraria — em uma espécie de “pagamento indireto de dividendos” aos investidores, já que a fatia na empresa dará direito a uma fatia maior do lucro e dos proventos futuros.
No entanto, a recompra faz com que os papéis percam liquidez na bolsa, uma vez que menos ações são negociadas no mercado.
Os destaques do balanço da Suzano (SUZB3) no 2T24
A Suzano (SUZB3) reportou prejuízo líquido de R$ 3,76 bilhões no segundo trimestre de 2024 — revertendo o lucro de R$ 5,07 bilhões visto no mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,28 bilhões, crescimento de 60% na base anual. A margem Ebitda ajustada foi de 55%, alta de 12 pontos percentuais ante os 43% no segundo trimestre de 2023.
A Suzano teve impacto negativo de quase R$ 6,48 bilhões com variação cambial no segundo trimestre do ano, enquanto operações com derivativos tiveram efeito também negativo de R$ 3,89 bilhões. Com isso, o resultado financeiro no período foi negativo em R$ 11 bilhões.
A dívida líquida medida em dólar ficou praticamente estável em US$ 12 bilhões, mostra o documento.
A alavancagem em dólar, por sua vez, apresentou queda para 3,2x — patamar inferior ao limite da política financeira —, que foi justificada pela elevação do Ebitda ajustado dos últimos 12 meses.
*Com informações do Money Times.
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.
O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão
Azul (AZUL4) ratifica pedido de recuperação judicial nos EUA e homologação de aumento de capital
Com isso, o número total de ações também foi ajustado para 3,025 bilhões de papéis, sendo 2,129 bilhões de ações ordinárias e 896 milhões de preferenciais
Tesla perde tração em 2025: ações e BDRs caem com desgaste da imagem de Elon Musk
A companhia tem enfrentado grandes desafios na disputa pela liderança global no setor de veículos elétricos com boicotes ao redor do mundo
BYD atrasa abertura de fábrica brasileira, mas diz que quer transformar a Bahia no “Vale do Silício da América Latina”
Chinesa fabricante de carros elétricos apresentou sua estrutura de produção no local onde um dia operou a Ford; montadora aguarda licenças para dar pontapé inicial
Raízen (RAIZ4) dá mais um passo para melhorar suas contas e anuncia cisão parcial da subsidiária Resa
Operação busca otimizar estrutura de capital e gestão, concentrando a participação societária em entidades no exterior
Banco Master nega irregularidades em venda de ativos ao BRB após reportagem sobre auditoria do BC
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiou que autarquia teria identificado problemas nas transações realizadas desde o final de 2023
Embraer (EMBR3) lidera ganhos do Ibovespa depois de acordo multibilionário para venda de 45 jatos
A Embraer assinou acordo de US$ 4 bilhões com a Scandinavian Airlines (SAS) para a venda de 45 jatos E195-E2 da companhia brasileira
Agora é oficial! Nubank (ROXO34) anuncia chegada de Campos Neto para os cargos de diretor e conselheiro do banco
O ex-presidente do Banco Central irá atuar na expansão internacional e no relacionamento com reguladores globais
CSN (CSNA3) recebe ultimato do Cade para mostrar como pretende vender participação na Usiminas (USIM5)
Há onze anos, a CSN ganhou um prazo para vender sua fatia de quase 13% na rival. Ele não foi cumprido. Agora, ela tem 60 dias para apresentar um plano de venda das ações
Casas Bahia (BHIA3) avança em reestruturação financeira e fica mais perto de ter um novo controlador
Debenturistas aprovaram as alterações propostas pela varejista, mas ainda precisa do aval do Cade
Ambipar (AMBP3): CVM vê atuação coordenada de controlador, Tanure e Banco Master em disparada das ações
As compras em conjunto e a consequente valorização das ações da Ambipar têm relação com a privatização da EMAE, segundo a xerife do mercado; entenda o caso
Ações da Tecnisa (TCSA3) chegam a disparar 42% com negócio de R$ 450 milhões com a Cyrela (CYRE3)
A conclusão do negócio, anunciado na sexta-feira (27), depende da celebração dos documentos definitivos e de aprovação pelos órgãos societários da Windsor, além da obtenção dos consentimentos de credores
Fundos ESG no Brasil crescem 28% em 2025, mas segmento de ações perde espaço
Levantamento do Itaú BBA mostra que, no longo prazo, os fundos de ações ESG performam melhor em comparação com o mercado em geral
Cemig (CMIG4) paga R$ 1,8 bilhão em dividendos nesta segunda; veja se tem direito à bolada
Dividendos e JCP da Cemig (CMIG4) são referentes ao exercício fiscal de 2024 e serão distribuídos em duas partes
Eve Air Mobility: Fabricante do ‘carro voador’ da Embraer fecha acordo para até 50 aeronaves eVTOLs na Costa Rica
A operação tem como objetivo desenvolver um ecossistema de Mobilidade Aérea Avançada no país