Petrobras (PETR4) deve entregar lucro em queda no 1T24, mas com espaço para dividendos bilionários. Saiba o que esperar do balanço da estatal
A petroleira divulgou no final de abril os dados operacionais do período de janeiro a março, que mostraram uma queda na produção de petróleo e gás em base trimestral e, com esses números em mãos, os analistas projetam o que esperar do desempenho da companhia

A Petrobras (PETR4) divulga os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2024 após o fechamento do pregão desta segunda-feira (13), e os dados operacionais já apresentados pela petroleira abriram caminho para um desempenho misto.
A expectativa é de um lucro menor, mas com uma janela para o pagamento bilionário de dividendos ordinários. Além disso, o mercado segue à espera de uma definição do que a estatal vai fazer com a parcela dos proventos extras que decidiu reter no balanço.
- LEIA TAMBÉM: O balanço da Petrobras (PETR4) não te diz tudo que você precisa saber sobre a estatal; entenda
Confira as projeções compiladas pela Bloomberg para os resultados da Petrobras no primeiros trimestre de 2024, em base anual:
Câmbio | Lucro líquido | Receita | Ebitda |
Em reais | 30,458 bilhões (-20,5%) | 127,176 bilhões (-8,55%) | 69,177 bilhões (-8,23%) |
Em dólares | 6,006 bilhões (-18,5%) | 25,079 bilhões (-6,23%) | 13,641 bilhões (-6%) |
No fim de abril, a Petrobras informou que a produção de petróleo alcançou 2,236 milhões de barris por dia (bpd), um resultado 4,4% maior do que o obtido no primeiro trimestre de 2023, mas uma queda de 5,3% em relação ao quarto trimestre.
Apesar dos preços mais baixos que os do mercado internacional no primeiro trimestre, o Citi acredita que a Petrobras pode apresentar um bom resultado financeiro, apoiado por sólidos resultados operacionais e maior exportação de petróleo (+2,5% trimestralmente e -11,3% anualmente), com a China como o destino mais relevante (46% dos embarques).
O Goldman Sachs, que reiterou a recomendação de compra para a Petrobras após relatório de produção e vendas do primeiro trimestre de 2024, espera que a companhia reporte uma forte geração de caixa nos próximos anos (FCF de 20%/14% para 2024/2025).
Leia Também
Para Ruy Hungria, analista da Empiricus, a expectativa é de que a Petrobras apresente uma ligeira redução no resultado operacional (Ebitda) e no lucro, impactados pela queda de produção no segmento de exploração e produção — o que já foi antecipado nas prévias operacionais e não deve ser surpresa.
“Ainda assim, estamos falando de um Ebitda de aproximadamente US$ 14 bilhões e de mais dividendos bilionários de acordo com a política de remuneração dos acionistas”, afirma Hungria.
- Tudo que você precisa saber sobre a Petrobras em um e-book GRATUITO: Agora que você já acompanhou o balanço, que tal saber mais sobre a maior petroleira do Brasil? Acesse aqui.
A XP Investimentos vai na mesma linha e espera que a estatal reporte lucro líquido de US$ 4,9 bilhões, uma queda de 32,7% ante o mesmo período de 2023 e de 21% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Apesar do recuo, a corretora diz que a Petrobras deve gerar um bom fluxo de caixa livre, com previsão de FCFE de US$ 5,4 bilhões, impulsionado pela entrada de recursos do programa de venda de ativos.
A corretora prevê ainda uma queda na receita líquida de 12% em relação ao trimestre anterior, atingindo US$ 23,9 bilhões, e um Ebitda ajustado reportado de US$ 13,2 bilhões, recuo de 12% na comparação trimestral.
Já o BTG Pactual projeta Ebitda de US$ 14,4 bilhões, uma queda de 4% trimestralmente devido ao declínio da produção no primeiro trimestre e baixos custos de extração.
PETROBRAS ESTÁ BEM ONDE ESTÁ: O QUE ESPERAR DO BALANÇO DO PRIMEIRO TRI?
Mais dividendos da Petrobras?
O pagamento de proventos da Petrobras passou recentemente por uma queda de braço que terminou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dando luz verde para a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários retidos no início de março e com a posterior aprovação dos acionistas da petroleira.
Com a decisão, ficou acertado que a Petrobras distribuirá metade dos R$ 43,9 bilhões — equivalente a R$ 21,9 bilhões — que tinham sido encaminhados para a reserva de remuneração.
Na ocasião, os acionistas também aprovaram o pagamento da metade restante desse montante da reserva ao longo de 2024, com decisão a ser tomada até 31 de dezembro.
Para além do dinheiro retido, a expectativa dos analistas é de que a Petrobras anuncie junto com os resultados do primeiro trimestre o pagamento de dividendos ordinários.
O BTG Pactual projeta que a geração de caixa da Petrobras de US$ 7,9 bilhões resultará em um pagamento de dividendos de US$ 3,5 bilhões (yield de 3%).
O Goldman espera que a estatal anuncie US$ 2,6 bilhões em dividendos ordinários (incluindo recompra), enquanto a XP estima dividendos de US$ 3,2 bilhões, mantendo uma política de yield trimestral de 3%.
Cogna (COGN3) inicia processo de saída da Vasta da Nasdaq — e BTG enxerga pontos positivos na jogada
Caso a oferta seja bem-sucedida, a Vasta deixará de ser registrada na SEC e passará por deslistagem na Nasdaq
Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?
Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC
Itaú BBA inicia cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda e já tem sua favorita
Para o banco, as construtoras estão em seus melhores dias devido à acessibilidade no nível mais alto já registrado
99 Food acelera investimentos no Brasil e intensifica batalha com iFood pelo delivery de comida brasileiro
A companhia agora prevê investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação. O que está por trás da estratégia?
Prio (PRIO3) recebe aval final do Ibama e obtém licença para instalação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo
Com a autorização, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços à unidade flutuante de Frade
BTG eleva preço-alvo da Vale (VALE3) e prevê dividendos extraordinários, mas não muda recomendação; é hora de comprar?
Estratégia comercial e redução de investimentos contribuem para elevação do preço-alvo do ADR para US$ 11, enquanto valuation e fluxo de caixa fazem o banco “pensar duas vezes”
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco