Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
As ações do Alibaba abriram a sexta-feira (15) em Nova York em forte queda — os papéis recuaram mais de 3% depois do início das negociações e terminaram o dia com baixa de 2,2% — na esteira da divulgação da performance do grupo no trimestre encerrado em setembro.
A queda dos ativos não é explicada apenas pelo desempenho abaixo das projeções, mas muito mais pela mensagem que os números do Alibaba trazem: a incerteza econômica na China segue minando os gastos dos consumidores por lá.
Os consumidores chineses cortaram os gastos, especialmente em itens discricionários, já que a segunda maior economia do mundo luta para ganhar ritmo em meio a uma crise no setor imobiliário e à maior insegurança no emprego entre os jovens.
Esse combo prejudicou as vendas no varejo chinês, que estão sob pressão mesmo com grandes fornecedores como Alibaba e JD.com oferecendo descontos e promoções. A JD.com também não atingiu as estimativas de receita trimestral nos resultados apresentados na quinta-feira (14).
O Seu Dinheiro fez uma especial sobre como a China chegou na atual crise e quais são os perigos para os investidores e você pode conferir aqui.
O desempenho do Alibaba no trimestre
Além da incerteza econômica que mina o apetite dos consumidores chineses, o Alibaba ainda enfrenta uma concorrência cada vez mais forte de varejistas baseados em descontos.
Leia Também
Empresas como PDD Holdings, Pinduoduo e Douyin — controlada pela ByteDance, dona do Tik Tok — têm atraído cada vez mais compradores preocupados em poupar com itens que vão de fones de ouvido a vestuário com preços baixíssimos.
Nesse ambiente, o Alibaba reportou receita de 236,50 bilhões de yuans (US$ 33,70 bilhões) no trimestre até setembro, um aumento de 5% no comparativo anual, mas abaixo das projeções da FactSet de 239,45 bilhões de yuans.
O lucro líquido no trimestre totalizou 43,55 bilhões de yuans (US$ 6,21 bilhões), o que representou um crescimento de 63% em comparação a igual período de 2023 — o valor representa um lucro de 18,17 yuans por recibos de depósitos americanos (ADS, na sigla em inglês), ante 10,77 ADS no mesmo período de 2023.
Excluindo itens não recorrentes, o ganho por ADS caiu de 15,63 yuans para 15,06 yuans, mas superou a projeção compilada pela FactSet, que era de 14,82 ADS.
NUNCA aposte CONTRA a BOLSA AMERICANA: Ela ainda pode SURPREENDER
Inteligência artificial ajuda o Alibaba
A receita da divisão Cloud Intelligence do Alibaba aumentou 7,1%, para 29,61 bilhões de yuans, superando o consenso da FactSet de 29,52 bilhões de yuans — com a receita de produtos de nuvem pública crescendo em dois dígitos e a receita de produtos relacionados à inteligência artificial (IA) apresentando crescimento de três dígitos.
"Esta oportunidade da Gen AI é o tipo de oportunidade que só surge a cada 20 anos", disse o CEO Eddie Wu, destacando os amplos investimentos da Alibaba no segmento.
Outro ponto positivo foi a expansão do negócio de comércio eletrônico internacional do Alibaba, cuja receita subiu 29% para 31,67 bilhões de yuans, graças à crescente demanda em todo o mundo por produtos de menor preço da China.
Vale lembrar que o Alibaba se concentrou em melhorar a experiência do usuário em suas plataformas de comércio eletrônico chinesas Taobao e Tmall e tem investido no programa de fidelidade 88VIP, que oferece promoções especiais para os 46 milhões de membros.
Nova CEO da Ânima (ANIM3) mira mercado de R$ 100 bilhões com expansão em ensino ampliado — mas bets, juros e fiscal continuam a fazer pressão
Paula Harraca assumiu o cargo de CEO em julho, com o desafio não só de fazer a Ânima crescer em diferentes frentes, como também tentar chamar a atenção de um mercado arredio para o grupo
Oxxo fora dos planos da Raízen (RAIZ4), dividendos da Vale (VALE3) e previdência privada: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
A potencial venda da participação da Raízen no Grupo Nós, dono da marca Oxxo no Brasil, foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Dividendos e novo guidance: RD Saúde (RADL3) anuncia mais de R$ 123 milhões em JCP e revisa projeções de 2025 para cima
A gigante das farmácias revisou a previsão de abertura de lojas no ano que vem; agora, a empresa prevê a inauguração bruta de 330 a 350 unidades
MRV (MRVE3) e Localiza (RENT3) em queda livre: O que causou o colapso das ações na bolsa nesta semana?
O desempenho negativo das ações locais — em especial, das empresas cíclicas, como é o caso da MRV e da Localiza — acompanhou a repercussão do plano fiscal
Ricardo Mussa renuncia como CEO da Cosan Investimentos após menos de um mês — e também abandona conselhos da Raízen (RAIZ4) e da Cosan (CSAN3)
O executivo deixa o grupo de Rubens Ometto após quase duas décadas no conglomerado, em meio à forte pressão sobre as finanças da Cosan e de suas controladas
Com alta de mais de 38%, bitcoin domina o ranking de maiores investimentos do mês; dólar dispara e aparece no pódio
O cenário político doméstico e internacional foi um dos fatores que mais pesou para o bom desempenho do bitcoin e do dólar em novembro
Itaú Asset lança dois novos ETFs com foco em ações, BDRs e renda fixa — e não é a única com novidades no portfólio
Além dos fundos de índice da Itaú Asset, a BB Asset estreou um novo ETF, e a bolsa brasileira lançou uma versão calibrada do Ibovespa para quem deseja investir em ações
As ações da Suzano (SUZB3) podem se beneficiar do dólar a R$ 6? BTG Pactual diz se é hora de aproveitar o rali da moeda para incluir o papel na carteira
O banco destaca a atratividade das ações da companhia, negociadas a múltiplos considerados baixos, com potencial de valorização de 36%
A queridinha dos dividendos está de volta: Vale (VALE3) vai depositar R$ 2,2 bilhões em JCP na conta dos acionistas
O montante será depositado na forma de juros sobre o capital próprio (JCP), e a expectativa é que o valor total bruto gire em torno de R$ 0,52053 por ação
No banho de sangue da bolsa, a alta dessa ação mostrou por que dividendos fazem tanta diferença
Nos momentos de pessimismo extremo, os dividendos servem como um lembrete de que as ações não são simplesmente ativos cujos preços sobem ou descem a depender do humor do mercado
Décimo terceiro cai na conta hoje — veja como investi-lo em títulos com retornos expressivos ou turbinar a restituição do Imposto de Renda
Quem já está com as contas em dia e o pé de meia devidamente reservado pode aproveitar a oportunidade rara de investir em títulos seguros com retornos expressivos
Com ação ‘virando pó’ na B3, PDG Realty (PDGR3) tem nova proposta de grupamento de ações rejeitada por acionistas; entenda
A empresa imobiliária convocará uma nova assembleia geral extraordinária para deliberar sobre uma proposta revisada do fator de grupamento
Por que as ações da CVC (CVCB3) e da MRV (MRVE3) caem forte na bolsa hoje — enquanto JBS (JBSS3) e outras exportadoras lideram os ganhos
O tombo das empresas do setor imobiliário hoje é intensificado pela pressão dos juros futuros (DIs) e do dólar, que avançam após o anúncio do pacote fiscal do governo
Em forma: Fleury (FLRY3) firma aquisição do Confiance por R$ 130 milhões em meio a repique do setor de saúde
A operação está sujeita a ajustes, conforme previsto nos termos do acordo entre as partes e ainda é preciso passar pela aprovação do Cade
A Raízen (RAIZ4) não quer mais saber do Oxxo? Por que a empresa pode vender a rede de lojas de conveniência após expansão agressiva em SP
Rumores sobre a potencial venda da participação no Grupo Nós, dono da marca Oxxo no Brasil, ganharam força na semana passada. Saiba o que esperar das ações RAIZ4 agora
Oi (OIBR3) disparou 19% na bolsa após mudanças no regime de telefonia, mas não é hora de comprar a ação; veja motivo
Casa de análise prefere ação de concorrente com potencial para se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa; conheça a recomendação
Ações da Dasa (DASA3) podem subir até 30%. BB Invest cita 4 pontos positivos, mas destaca 2 motivos para cautela
O banco de investimentos iniciou a cobertura do papel com preço-alvo de R$ 3,20 para o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 30%; saiba se vale a pena comprar ou vender
Oi (OIBR3) recebe aval do Cade para a venda da ClientCo para a V.tal. O que falta agora?
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições, a venda da empresa de banda larga para a companhia de internet V.tal
Por que as ações do Magazine Luiza (MGLU3) e de outros gigantes do varejo sobem forte e são destaque de alta do Ibovespa
O alívio na curva de juros futuros impulsiona os ativos cíclicos nesta terça-feira, como o setor de varejo, educação e construção — mas não é o único motivo
Nubank (ROXO34): depois de um bom balanço e ações em alta de 70%, o roxinho ainda tem espaço para surpreender investidores?
Tanto as ações quanto os BDRs acumulam valorização de 70% e 101% no ano, respectivamente