🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Micaela Santos

Micaela Santos

É repórter do Seu Dinheiro. Formada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), já passou pela Época Negócios e Canal Meio.

SD ENTREVISTA

Adeus, bancos? Os planos da Vivo (VIVT3) para ampliar a receita com a oferta de serviços financeiros direto no aplicativo da operadora

Com o Vivo Pay, a empresa da Telefônica Brasil busca licença do Banco Central (BC) para lançar a própria conta digital

Micaela Santos
Micaela Santos
15 de agosto de 2024
6:12 - atualizado às 13:27
Logo da empresa de telefonia Vivo, da Telefônica Brasil (VIVT3)
Logo da empresa de telefonia Vivo, da Telefônica Brasil (VIVT3). - Imagem: Shutterstock

Com a evolução dos smartphones, falar em banco no celular não é mais novidade para ninguém. Mas a Vivo (VIVT3) decidiu inverter a lógica e quer agora popularizar o “celular no banco” entre os mais de 20 milhões de usuários do aplicativo da operadora com o lançamento da vertical Vivo Pay.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mês passado, a empresa lançou dois novos produtos que passam bem longe do universo das telecomunicações, focados em crédito e empréstimo pessoal, como a parcela pix e a antecipação do saque aniversário do FGTS.

Mas, afinal, quais são os planos da Vivo ao colocar a oferta de serviços financeiros na prateleira? A marca da Telefônica Brasil pode representar uma ameaça aos bancos?

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Leandro Coelho, diretor da Vivo Fintech, afirma que a operação financeira surgiu após a empresa identificar o potencial da base de dados e de clientes que já consomem os produtos tradicionais de internet e telefonia.

“Percebemos que na Vivo temos alguns ‘assets’ únicos. Temos uma base de mais de 100 milhões de acessos móveis, 22 milhões de usuários únicos no aplicativo da Vivo e mais de 1.800 lojas espalhadas pelo Brasil. Se nos compararmos com as empresas varejistas, a Vivo seria uma das maiores varejistas do país”, afirma o diretor da companhia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vivo: além do celular 

Dentro da estratégia de diversificação de receita, a Vivo já atua em outras frentes além da financeira. Em 2020, por exemplo, criou uma joint venture com a Ânima Educação com foco em educação continuada. 

Leia Também

Em junho deste ano, a empresa marcou sua estreia no mercado de energia com a GUD Energia, uma joint venture que vai atuar na comercialização de energia renovável para clientes B2B. No entretenimento, oferece serviços de vídeo e música, além de contar com um marketplace com serviços de saúde e bem-estar, o Vale Saúde.

A fintech ainda é um negócio pequeno, ainda mais diante do porte da operadora, mas vem crescendo de forma acelerada. De acordo com o balanço do segundo trimestre de 2024 da Telefônica Brasil, nos últimos 12 meses, de junho de 2023 até o mesmo período deste ano, a área de serviços financeiros da Vivo gerou R$ 450 milhões em receita. Enquanto isso, a receita total da Telefônica Brasil no segundo trimestre deste ano foi de R$ 13,7 bilhões.

Já a carteira de crédito da Vivo Fintech alcançou R$ 446 milhões em junho deste ano, um aumento de 62,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM: Receba em primeira mão as análises dos balanços das maiores empresas do setor bancário, segundo os analistas da Empiricus Research. 

Vivo Money e o início

A iniciativa da Vivo na disputada arena dos serviços financeiros não é nova. A empresa estreou oficialmente nesse mercado em outubro de 2020 como o Vivo Money.

O serviço permitia a contratação 100% digital de R$ 1 mil a R$ 30 mil para usuários do pós-pago e controle da operadora, com taxas de até 1,99% ao mês e de forma digital. O funding para essa operação vinha de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC).

No Vivo Money, a companhia montou uma carteira de R$ 358 milhões em empréstimos no fim de 2023, com mais de 55 mil contratações no ano, e receita de mais de R$ 100 milhões. Hoje, é possível contratar um empréstimo pessoal de até R$ 50 mil. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais tarde, o nome Vivo Money ficou para trás e deu lugar ao Vivo Pay, que agora integra o aplicativo da Vivo. “Ter tudo isso consolidado em uma única marca e presente no ecossistema da Vivo faz com que a gente tenha uma potencialidade de aumento de portfólio sem a necessidade de aumentar os investimentos em custo de aquisição”, afirma Coelho.

Além do empréstimo pessoal, o aplicativo oferece seguro para celulares e outros aparelhos eletrônicos, como tablets e smartwatches. O portfólio de produtos financeiros inclui ainda o Parcela Pix e o Compra Planejada, um tipo de consórcio para a compra de celulares novos. 

No ramo de seguros, a Vivo já ultrapassou a marca de 500 mil contratos para smartphones. Também existe a oferta de cartão de crédito, emitido em parceria com o banco Itaú.

Licença do Banco Central (BC)

Atualmente, a Vivo adota o modelo bank as a service. Isso significa que a empresa contrata serviços de empresas parceiras para que a marca possa atuar no segmento de fintechs. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora a ideia seja não abandonar esse modelo, a Vivo solicitou ao Banco Central (BC) a licença para atuar como Sociedade de Crédito Direto (SDC)

Com isso, a empresa pode realizar operações de empréstimo e financiamento sem o intermédio de um banco tradicional, reduzindo também os custos. 

No final do mês passado, o presidente da Telefônica Brasil (VIVT3), Christian Gebara, afirmou que a companhia está na reta final para obter a licença junto ao BC. Com a licença, a companhia espera crescer em receitas que não precisam de capex (investimento). 

Ao Seu Dinheiro, o diretor da Vivo Fintech, Leandro Coelho, disse que a expectativa da empresa é conseguir o aval ainda este ano, mas ainda não existe prazo oficial. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, a licença vai permitir que a empresa amplie o portfólio de serviços de crédito. “O crédito no Brasil é algo muito amplo. Existe a modalidade de consignado público, privado, crédito com garantia. Então, a gente entende que existe toda essa potencialidade, inclusive de ter o nosso cartão de crédito Vivo, de maneira proprietária”, afirma. 

Além do crédito, o primeiro serviço a ser lançado após a licença será a conta digital da Vivo, que deve ser integrada dentro do próprio aplicativo atual da marca.

LEIA TAMBÉM: Onde estão as maiores oportunidades de investimento da bolsa para o mês de agosto? 

Concorrência com bancos?

Apesar da roupagem de fintech, o diretor afirma que concorrer diretamente com os bancões tradicionais ou as fintechs conhecidas do mercado não está nos planos da empresa com o Vivo Pay.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Nossa missão é ser a melhor plataforma de soluções financeiras para o cliente Vivo. E queremos ter uma diversidade de opções: para o cliente que compra um smartphone em nossas lojas, por exemplo, conseguimos oferecer um financiamento, parcelamento de compra, e ter instantaneidade de pagamento com o nosso ecossistema”, afirma Coelho.

A empresa também mira como exemplo as varejistas que adotaram o Embedded Finance, que na tradução literal significa “finanças incorporadas”. A tendência visa incluir soluções financeiras ao portfólio de empresas que não possuem esse como negócio principal. 

“O Embedded Finance já é uma realidade no mercado. É óbvio que existe uma curva de maturação. Muitas empresas começam alugando suas licenças, como foi o nosso caso”, diz o executivo. “Mas existem casos excepcionais no Brasil, de fintechs ligadas à empresas de tecnologia ou varejo que tiveram uma evolução incrível, inclusive no faturamento.”

Questionado sobre os riscos em relação à inadimplência em produtos de crédito, Leandro Coelho afirma que um dos atributos únicos da Vivo é ter uma base de dados própria. “Conseguimos fazer uma análise de crédito para enxergar informações que as financeiras tradicionais, ou mesmo os próprios bancos não conseguem”, diz o executivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No ano passado, o FIDC da Vivo Pay recebeu um compromisso de aporte de até R$ 250 milhões da Polígono Capital — a joint venture entre o BTG Pactual e a Prisma. O valor seria investido ao longo de 24 meses, de acordo com o crescimento da carteira da Vivo. “É uma prova de que o nosso modelo de crédito funciona”, afirma. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RECALCULANDO A ROTA

Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão

23 de dezembro de 2025 - 18:55

Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação

UM NOVO GÁS

Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos

23 de dezembro de 2025 - 16:29

Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3

VAREJO EM ALERTA

Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal

23 de dezembro de 2025 - 15:39

Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios

ALIANÇA PET

AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes

23 de dezembro de 2025 - 14:00

Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho

DE OLHO NA B3

IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança

23 de dezembro de 2025 - 13:01

A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial

MUDANÇAS À FRENTE?

Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3

23 de dezembro de 2025 - 11:58

Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?

VIRADA CHEGOU MAIS CEDO

Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica

23 de dezembro de 2025 - 11:25

Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk

DE OLHO NA REESTRUTURAÇÃO

AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações

23 de dezembro de 2025 - 9:59

Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda

ANO NOVO, DIRETORIA NOVA

Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025

23 de dezembro de 2025 - 9:39

Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO

NATAL CHEGOU MAIS CEDO?

Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista

23 de dezembro de 2025 - 8:21

Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação

MAIS RUÍDOS

Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?

23 de dezembro de 2025 - 7:49

A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda

ONDA DE PROVENTOS

Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos

22 de dezembro de 2025 - 20:31

Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026

REFORMA DA DIRETORIA

Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo

22 de dezembro de 2025 - 19:15

Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca

PARA ALÉM DOS GIGANTES

Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses

22 de dezembro de 2025 - 19:01

Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações

DEPOIS DA VIRADA

Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais

22 de dezembro de 2025 - 18:21

Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa

FECHANDO CAPITAL

Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana

22 de dezembro de 2025 - 17:33

Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta

DE OLHO NO FUTURO

A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança

22 de dezembro de 2025 - 16:17

Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo

SOB ESCRUTÍNIO

Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores

22 de dezembro de 2025 - 13:29

Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo

BET QUE NÃO É BET?

Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil

22 de dezembro de 2025 - 11:30

Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil

NEM PAPAI NOEL RESOLVE

Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas

22 de dezembro de 2025 - 10:42

JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar