A Braskem (BRKM5) vai ser vendida aos árabes? Ação aparece entre as maiores altas do Ibovespa com nova movimentação da Petrobras (PETR4)
Em meio ao processo de venda da participação da Novonor, BTG Pactual recomenda cautela com a petroquímica e reafirma recomendação neutra para os papéis da empresa

A disputa pela participação da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem (BRKM5) ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (15), com o encontro entre o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, e CEO da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) — empresa interessada em entrar no capital da petroquímica.
De olho nos possíveis resultados dessa reunião, as ações da Braskem chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa na manhã de hoje. Por volta de 12h50, os papéis BRKM5 subiam 3,92%, cotados a R$ 17,77. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
Em novembro, a petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos avaliou a participação da Novonor em R$ 10,5 bilhões. Na ocasião, o valor representaria um prêmio de mais de 100% em relação às cotações da Braskem na bolsa.
Prates em Abu Dhabi e a Braskem
Foi o próprio Prates que contou da reunião com Sultan Al Jabber, ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos, presidente da COP28 e também CEO da Adnoc.
Os dois conversaram sobre a Braskem, além de oportunidades em gás offshore, refino e outras chances em petroquímica.
A Petrobras é sócia da Novonor na Braskem e, assim como a Adnoc, está fazendo uma due dilligence na petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia.
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A Novonor controla a Braskem, com 50,1% do capital ordinário, e a Petrobras tem 47%. A estatal tem direito de preferência na compra da participação da Novonor e tem manifestado interesse em aumentar a posição no setor petroquímico.
Prates, porém, já afirmou que o setor não se limita à Braskem, mas ainda não decidiu se vai ficar na empresa. Segundo ele, são necessárias várias reuniões porque o assunto é extremamente complexo.
BTG recomenda cautela com ação
Enquanto a decisão sobre a permanência ou não da Petrobras na Braskem não sai, o BTG Pactual recomenda cautela com a petroquímica, argumentando que os spreads se recuperariam a um ritmo mais lento do que os investidores preveem.
“A empresa reforçou a nossa visão, esperando agora também que os spreads permaneçam estáveis durante 2024, com uma recuperação a partir do início de 2025”, diz o BTG em relatório.
O banco reafirmou a recomendação neutra para as ações da Braskem, mas melhorou a previsão de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) para 2024 ante 2023, de US$ 760 milhões para US$ 1,3 bilhão.
As principais razões para essa atualização em alta, apesar dos spreads estáveis, segundo o BTG são:
- aumento da demanda (reabastecimento da cadeia);
- iniciativas de redução de custos que já rendem cerca de US$ 500 milhões por ano.
Em relação à potencial venda da Braskem, o banco comenta apenas que a petroquímica confirmou que a Petrobras já concluiu o processo de due diligence, e a Adnoc também iniciou recentemente a própria due diligence da empresa brasileira.
- Leia também: Adeus, Braskem (BRKM5)! B3 exclui ações do índice de sustentabilidade (ISE) após desastre ambiental em Maceió
Braskem enfrenta justiça da Holanda
Além de estar envolvida nesse imbróglio sobre a venda da participação da Novonor, a Braskem também enfrenta problemas na justiça por conta do afundamento que afetou cinco bairros em Maceió.
Na manhã de hoje, a Corte de Roterdã, na Holanda, realizou uma audiência para analisar a responsabilidade da Braskem no caso. A Justiça holandesa ouviu as vítimas e representantes da empresa.
O objetivo é determinar se as operações de mineração da Braskem desencadearam os problemas estruturais nos bairros afetados, levando à evacuação compulsória dos residentes.
A sede da Braskem na Europa fica em Roterdã, por isso o caso também está sendo julgado pela justiça holandesa, já que o entendimento é que as operações da petroquímica por lá contribuíram indiretamente para o desastre em Maceió.
Em nota, a Braskem disse que a audiência serviria para ouvir as partes envolvidas e indicou que 94% das propostas de indenização previstas foram pagas por meio do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF).
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