VW Polo: o que está por trás do sucesso do novo líder de vendas de veículos do Brasil
Polo desbancou a tricampeã Fiat Strada, que é um comercial leve, nos emplacamentos do primeiro trimestre — e tem seus méritos por isso

Calma, ainda estamos em abril e o ano só começou. Mas é bom ficar de olho nele: o Polo, aquele compacto cheio de resenhas da Volkswagen, é o novo líder de vendas no Brasil.
Desbancou a tricampeã Fiat Strada, que é um comercial leve, nos emplacamentos do primeiro trimestre — e tem seus méritos por isso.
Em 2023, o Polo fechou o ano como o automóvel de passeio mais vendido, e no segmento de leves só perdeu para a picape Strada.
Vamos contar como o Polo chegou a esta posição, fatos, números e outras curiosidades sobre o compacto da Volkswagen.
- Imposto de Renda 2024: descomplique a sua declaração com a ajuda do nosso Guia de IR totalmente gratuito. É só clicar aqui para baixar.
A nova linha após RIP Gol
O Polo foi o sucessor natural do Gol, após 42 anos de sucesso no mercado. Mas é preciso ficar atento porque há uma jogada de marketing.
Ao decidir tirar o Gol de linha, a Volks precisou adotar uma estratégia para diferenciá-lo, porque ele já existia e era um modelo mais caro, acima do Gol.
Leia Também
Então a montadora lançou um novo Polo, com visual ligeiramente diferente, com variedade de motores e versões. E depois, a marca lançou mais um modelo, agora de entrada, mantendo o visual da geração anterior e com preço mais próximo do Gol. Nascia o Polo Track.
- LEIA TAMBÉM: Gol sai de linha após 42 anos; relembre os oito modelos do carro que marcou época no país
Polo Track é melhor que o Gol?
O Polo possui uma plataforma mais moderna, dirigibilidade superior, direção elétrica bem precisa, tem ótimo acerto de suspensão, sistemas de segurança como controle de estabilidade e de tração e quatro airbags e uma posição de dirigir incomparável.
Sem dúvida, o Polo é a evolução da espécie, um upgrade ao Gol – que descanse em paz, porque seu sucessor está à sua altura.
Uma curiosidade: é o único da linha que não tem o nome “Polo” escrito na traseira. Abaixo do logotipo, na tampa do porta-malas, traz apenas um “Track”.
Virada histórica
A Volks foi hábil em sacar um sucessor do Gol sem perder o mercado de entrada e agregar aos hatches pequenos.
Em 2022, no seu derradeiro ano, as vendas do Gol chegaram a 72.606 unidades, com 35,5% de market share. O Polo teve apenas 8.193 unidades emplacadas e 2,34% de participação de mercado.
Ao lançar a Track e mais cinco versões do “novo” Polo, a Volks vendeu em 2023, 111.242 unidades, mais do que a soma dos dois anteriormente, e ainda conseguiu emplacar 6.165 unidades remanescentes do Gol.
- Receber aluguéis na conta sem ter imóveis é possível através dos fundos imobiliários: veja as 5 top picks no setor para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
Uma gama diversificada e completa
O Polo agrada a gregos e troianos. São sete versões, que variam de R$ 88 mil a R$ 151.490, com diferentes opções de motor e câmbio, níveis de conforto, conteúdos e propostas.
A versão mais vendida é a Track, seguida pelo Polo MPI, TSI, Highline e Comfortline e GTS. No final de 2023 lançou a versão Sense, apenas para o público PcD.
A Volks ainda não apresentou, mas terá em breve a versão Robust, mais voltada a trabalho e frotas, com o mesmo preço da Track.
De diferente, traz suspensão um pouco mais alta, mas não oferece nem rádio nem outros opcionais. A Volks vai vender kits, que podem incluir capas para os bancos, tapetes de borracha, engate e tapete de borracha no porta-malas.
- LEIA TAMBÉM: As pegadinhas das concessionárias: veja dez cuidados que você precisa ter antes de comprar um carro novo
Carro de trabalho
A cada dez Polos vendidos, seis são para pessoas jurídicas. No primeiro trimestre, o Polo teve 64% dos emplacamentos em vendas diretas (locadoras, frotas, taxistas e PcD).
Os dados são da Fenabrave, que não detalha o mix de versões (nem a Volks divulga, mas a reportagem conseguiu, veja mais aqui).
Isso significa que o Polo é um carro de trabalho e com a nova versão de entrada Robust reforça essa vocação.
Você pode questionar o que isso importa para um consumidor comum: não é regra, mas quanto mais se vende um carro, maior a oferta de peças de reposição e a escala pode representar maior concorrência em peças e serviços e menores custos.

Dura concorrência
Não é porque é líder que tem vida fácil. Enquanto o Gol era colocado pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias, como carro de entrada, ao lado de Fiat Mobi e Renault Kwid, o Polo, mesmo tendo uma versão de entrada, é classificado como Hatch Pequeno, junto a Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo, seus principais concorrentes. É a segunda categoria que mais vende, depois dos SUVs.
Melhor Valor de Revenda
De acordo com estudo feito pela Revista 4 Rodas e a KBB, empresa de precificação de veículos, o Polo é o hatch compacto que menos desvaloriza.
O índice da publicação aponta para -19,4%, mas pela tabela Fipe a desvalorização em um ano é de -17%. Na mesma categoria, o Polo é seguido pelo Honda City que deprecia -22%. A marca Volkswagen também ajuda: tem fácil aceitação no mercado de usados.
LEIA TAMBÉM:
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”