Lula revela o que o faria descumprir a meta fiscal, defende prioridades do governo e diz não ter pressa para escolher sucessor de Campos Neto
“Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer”, disse o chefe do Palácio do Planalto
Num momento em que os ministérios da Fazenda e do Planejamento são cobrados pelo mercado e pelo setor produtivo a realizar um ajuste fiscal pelo lado das despesas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vê problema se o déficit fiscal for zero, de 0,1% ou de 0,2% do PIB.
Ele disse ainda ser aceitável não cumprir a meta fiscal se houver "coisas mais importantes para serem feitas".
"Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer. Este país é muito grande, este país é muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes e a cabeça de alguns especuladores", afirmou o presidente, em entrevista à TV Record que foi ao ar ontem à noite.
Trechos da entrevista foram divulgados durante o dia pelo portal R7, ligado à emissora.
Além disso, Lula ainda afirmou que não é necessário uma lei para garantir independência ao Banco Central, dando a entender que, mesmo sem a autonomia formal da autarquia, a instituição agiria de forma autônoma.
"Eu duvido que tenha um presidente mais independente que o Henrique Meirelles, que foi meu presidente do BC por oito anos", citou o presidente, reclamando da "quantidade de gente que dá palpite em coisa que não deveria dar palpite".
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Lula também pontuou que vai escolher sua indicação para a presidência do Banco Central "na hora certa". O mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, termina no fim deste ano, e o mais cotado para o cargo é Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária da autarquia.
"Não precisava de uma lei para dar independência. O cidadão está lá, ele tem uma função, ele tem que cuidar da política monetária, de cumprimento das metas de inflação", disse Lula. O presidente também afirmou que "não tem um tempo certo" para indicar quem vai substituir Campos Neto no comando do BC.
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Lula fala sobre chamar ministros para tomar decisão
"Na hora que eu tiver um nome correto eu vou chamar o (ministro da Fazenda) Fernando Haddad, e vamos discutir a indicação", afirmou, negando que já tenha um nome escolhido para a vaga — ainda que Galípolo seja franco favorito para o cargo.
"Tem muito palpite, chega muito nome para mim", disse o petista, afirmando ter muita "paciência e tranquilidade" para chegar ao nome. "Eu sei o que representa o Banco Central, eu sei da responsabilidade, até porque a definição da meta de inflação não é do Banco Central, é do Conselho Monetário", disse.
Para Lula, o País está vivendo "um momento muito bom", com a inflação "totalmente controlada".
"Obviamente que não fizemos tudo que o povo precisa, está muito longe da gente fazer tudo que o povo precisa, mas se a gente comparar com o que era há dezessete meses atrás com o Brasil de hoje, as pessoas voltaram até a sorrir", disse.
Brasil segue crescendo
Lula disse que o "importante é que este país esteja crescendo, que a economia esteja crescendo, que o emprego esteja crescendo, que o salário esteja crescendo".
Também afirmou que precisa "estar convencido" se "há necessidade ou não de cortar (gastos)". Em outro trecho da entrevista, porém, disse que fará o "necessário para cumprir o arcabouço fiscal" — que prevê o déficit zero.
A reação no mercado foi quase imediata. O dólar à vista, que operava em baixa pela manhã de ontem (16), ganhou força, trocou de sinal e chegou a bater em R$ 5,46 às 13h39, quando as primeiras declarações começaram a circular.
Voltou a desacelerar ao longo da tarde, para fechar em R$ 5,42, com queda de 0,28%, na esteira da projeção de corte dos juros nos EUA.
De olho nas despesas do governo
Na próxima segunda-feira (22), está prevista a divulgação do terceiro relatório bimestral de receitas e despesas, e a expectativa dos analistas é de anúncio de um bloqueio de recursos mais expressivo, a fim de demonstrar compromisso com a meta e com o limite de gastos estabelecido pelo arcabouço — que prevê alta real (acima da inflação) de até 2,5% ao ano.
Interlocutores ouvidos pelo Estadão/Broadcast apontam que as cifras iniciais de contingenciamento em debate dentro do governo estavam na faixa de R$ 10 bilhões. Economistas projetam, porém, que seria necessário um montante bem mais expressivo: ao redor de R$ 40 bilhões.
A mando de Lula, Haddad fala prevê relatório
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que "possivelmente" haverá bloqueio e contingenciamento (congelamento preventivo de gastos) no anúncio do novo relatório bimestral de receitas e despesas.
Ele acrescentou que o número, no entanto, não foi ainda levado ao presidente.
Segundo Haddad, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) deve se reunir nesta semana para tratar do tema e divulgar o quadro fiscal ao chefe do Executivo na semana que vem.
O anúncio da próxima segunda-feira é encarado no mercado como um teste sobre o comprometimento efetivo do governo com a meta fiscal deste ano.
Haddad X Lula (?)
Haddad também minimizou as declarações de Lula sobre não haver problema em registrar um déficit de 0,1% ou de 0,2% do PIB nas contas públicas do País. Lula disse também que ainda precisa "ser convencido" sobre a necessidade de cortar gastos.
O ministro afirmou que a divulgação das falas do presidente se deu de forma "descontextualizada", e reiterou o compromisso do chefe do Executivo com o cumprimento do arcabouço fiscal.
"O problema é que, quando você solta uma frase descontextualizada, você gera desnecessariamente uma especulação em torno do assunto. Eu colhi algumas frases, não tinha visto a entrevista ainda, liguei para a Secom (Secretaria de Comunicação) e pedi a íntegra da resposta", disse Haddad.
Haddad reforçou que o presidente reiterou seu compromisso com o arcabouço fiscal. "A lei é deste governo. Ele (Lula) falou: 'Vou fazer o possível para cumprir o arcabouço fiscal porque não cheguei agora à Presidência, já tenho dois governos entregues e aprendi a administrar as contas da minha casa e do País com a mesma seriedade e tranquilidade'", afirmou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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