Quando a ficha cai: Ibovespa reage a pacote fiscal, leilões de dólar e risco de paralisação do governo dos EUA
Pacote fiscal apresentado pelo governo deve encerrar seu trâmite pelo Congresso Nacional ainda nesta sexta-feira

Por mais jovem que você possa ser, certamente já ouviu a expressão “cair a ficha”. Quando a ficha cai, significa que você passou a entender ou percebeu alguma coisa de repente.
Se a expressão resiste ao passar do tempo, o objeto que deu origem a ela é hoje peça de museu. Falo da ficha telefônica.
Quando os celulares e smartphones ainda habitavam as histórias de ficção científica, não era prudente sair de casa sem levar o RG e um punhado de fichas telefônicas. Elas pesavam nos bolsos, nas bolsas e nas carteiras.
Se a pessoa não fosse muito organizada, as fichas se misturavam com as moedas — de cruzeiros, cruzados ou suas derivações. No caso dos mais jovens, elas às vezes se confundiam com as fichas de fliperama, com as quais guardavam alguma semelhança.
Havia sempre um orelhão por perto. Nas ligações locais, a ficha durava três minutos. Nas chamadas interurbanas, era preciso ficar esperto. A duração da ficha era de apenas 18 segundos.
Se você não colocasse outra ficha rápido, a ligação caía e era preciso telefonar de novo. A referência de que a ficha estava prestes a cair era um clique no aparelho.
Leia Também
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
A partir do início dos anos 1990, quando as empresas estatais de telefonia fixa começaram a ser privatizadas e os primeiros aparelhos de telefone celular — aqueles tijolões — apareceram no Brasil, as fichas começaram a cair… em desuso.
Primeiro elas foram substituídas pelos cartões telefônicos, bem mais fáceis de carregar. Em seguida, à medida que os celulares se popularizaram, caíram em desuso os telefones fixos e os públicos.
Os orelhões ainda compõem as paisagens das grandes cidades. Dizem até que hoje é possível usá-los sem ficha nem cartão. Nunca tentei.
O fato é que esses aparelhos têm relação intrínseca com a Oi, antiga Telemar.
Durante as privatizações, a Telemar comprou as concessões de telefonia de 16 Estados brasileiros.
Em 2008, já como Oi, a empresa passou a abranger todo o território nacional ao comprar a Brasil Telecom.
Depois de passar um bom tempo na condição de maior empresa da bolsa, porém, a Oi entrou em crise, emendou uma recuperação judicial em outra e ainda tenta encontrar um caminho para se livrar das dívidas.
Enquanto isso, os mercados financeiros amanhecem em clima de cautela diante da possível paralisação do governo dos Estados Unidos por falta de dinheiro para manter as operações.
O presidente eleito Donald Trump reassume o governo só daqui a um mês, mas já está causando. Ontem, ele defendeu a extinção do teto da dívida, a âncora fiscal de lá.
Por aqui, o pacote fiscal deve acabar de ser votado hoje no Congresso enquanto o Banco Central prevê novos leilões de dólar na tentativa de domar a taxa de câmbio.
Em tempo, as empresas têm até hoje para depositar a segunda parcela do décimo-terceiro salário dos trabalhadores.
O que você precisa saber hoje
PRÊMIO DE R$ 5 BILHÕES POWERED BY THELOTTER
A Mega Millions vai sortear um prêmio bilionário nesta semana! E os R$ 5 bilhões da loteria americana podem ir para o bolso de um brasileiro sortudo. Veja aqui como comprar o seu bilhete de forma online e segura.
AGORA VAI
PEC do pacote fiscal é aprovada pela Câmara dos Deputados e segue para aprovação do Senado; confira o texto aprovado. Texto-base da PEC do pacote fiscal traz alterações no Fundeb e supersalários.
A ÚLTIMA COLETIVA
Disparada do dólar: Campos Neto descarta ‘dominância fiscal’ ao passar bastão para Galípolo, que não vê ataque especulativo contra o real. Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concederam entrevista coletiva conjunta na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação.
TOP E BOTTOM PICKS
Dólar a R$ 6,30: Quais são as ações ‘ganhadoras’ e as ‘perdedoras’ com o real fraco em 2025? BTG Pactual responde. Em relatório, banco destaca positivamente as empresas que têm receitas em dólar e custos em reais.
MERCADOS
Ação histórica do BC tira dólar dos R$ 6,30: moeda americana recua 2,27% e Ibovespa fecha nos 121 mil pontos após dia de caos nas bolsas. Em Wall Street, bolsas ensaiam recuperação depois do tombo do dia anterior; por lá, BC sinaliza menos cortes de juros em 2025 e Trump faz declaração polêmica.
SEGURANÇA DIGITAL
Hacks de criptomoedas explodem em 2024, e Chainalysis toma frente com aquisição estratégica da Hexagate. Movimento ocorre em um ano marcado pelo aumento de 21% nos crimes no setor cripto e busca fortalecer a atuação da empresa na prevenção dessas ameaças.
ADEUS À NYSE
‘Deslistagem’: Conselho do Assaí (ASAI3) aprova saída de ADSs da bolsa de Nova York. Rede também fará o cancelamento do seu registro perante a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
PANELA DE PRESSÃO?
O preço da ambição de Rubens Ometto: como os juros altos podem pesar sobre as finanças da Cosan (CSAN3) em 2025. As ações do conglomerado já perderam mais de 55% do valor desde janeiro, garantindo posição de destaque entre as empresas do Ibovespa com pior desempenho em 2024.
EM PLENA EXPANSÃO
Mais investimentos no Oriente Médio: Weg (WEGE3) anuncia construção de nova fábrica na Turquia por 28 milhões de euros. O anúncio do novo empreendimento vem poucos meses depois da compra da fabricante turca de motores elétricos Volt Eletric Motors.
RECOMPRA DE AÇÕES
Ação da Cury ficou barata? Por que a construtora quer tirar 10% dos papéis CURY3 de circulação na bolsa. Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cury a aprovar um programa de recompras robusto como esse; entenda o que está por trás da decisão.
FIM DE CASO
CVM absolve Nelson Tanure no caso da Gafisa enquanto executivo é apontado como participante de outra negociação no varejo. No caso, a CVM também apontou irregularidades na fixação de preços distintos e na falta de clareza sobre os critérios utilizados para determinar estes valores.
DINHEIRO NA CONTA
Dividendos e JCP: Bradesco (BBDC4) e Eletrobras (ELET3) pagarão juntas mais de R$ 4 bilhões em proventos; Lojas Renner (LREN3) e outras empresas também depositam. Sanepar (SAPR11) e JSL (JSLG3) também aprovaram mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio e dividendos para quem estiver na base acionária em dezembro.
EM BUSCA DE ALTERNATIVAS
Fundo Imobiliário SARE11 anuncia venda de imóvel em São Paulo – e cotistas vão lucrar mais de R$ 7 milhões com a operação. Venda do ativo pelo SARE11 faz parte de novo plano estratégico para destravar o valor das cotas, após fundo imobiliário sofrer com inadimplência da WeWork.
ALUGA-SE
Carrefour (CRFB3) conclui venda e locação de 15 imóveis por R$ 725 milhões para o FII Guardian Real Estate (GARE11). Negócio já havia sido anunciado pelas empresas em outubro e visa que o Carrefour (CRFB3) monetize ativos imobiliários.
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7