Ibovespa chega ao fim do semestre em recuperação, mas ainda tem um longo caminho para reverter perdas acumuladas no ano
Cada vez mais analistas consideram que o Ibovespa já atingiu fundo do poço, mas bolsa só deve deslanchar mesmo quando Fed começar a cortar os juros

O Ibovespa chega ao último pregão do primeiro semestre de 2024 em queda acumulada de mais de 7% no que vai do ano. O fato de a bolsa ter subido em oito das últimas dez sessões e, ainda assim, apresentar um saldo tão negativo ajuda a dar a dimensão das perdas sofridas pelo mercado de ações no período.
O jeito é olhar para a frente. E é aí que o desempenho recente parece dar um alento aos investidores. O Ibovespa caminha para marcar a segunda semana seguida em alta e para interromper uma sequência de três meses em queda.
Ontem, depois de subir 1,28%, a bolsa brasileira retomou os 124 mil pontos. Ainda está longe dos 145 mil pontos esperados pelos investidores quando 2024 começou, mas cada vez mais analistas consideram que o fundo do poço já ficou para trás.
Na semana que vem, aliás, o Seu Dinheiro começará a publicar sua tradicional série sobre onde investir no segundo semestre.
De qualquer modo, a bolsa dificilmente vai deslanchar antes de o Fed começar a cortar os juros nos Estados Unidos. Nesse sentido, mais uma peça para o quebra-cabeças da política monetária norte-americana será conhecida hoje.
O Departamento de Comércio dos EUA divulga nesta sexta-feira o PCE, sigla pela qual é conhecido o indicador de inflação dos gastos pessoais dos consumidores norte-americanos. O PCE é o índice de preços preferido do Fed para pautar sua política monetária. O consenso entre os analistas é de uma leve desaceleração tanto do índice cheio quanto dos núcleos.
Leia Também
Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
No pré-mercado em Nova York, os investidores aguardam o PCE com leve otimismo. O sinal também é azul na Europa. A exceção é a França, onde pesquisas sugerem ganhos consistentes para a extrema-direita nas eleições legislativas de domingo.
Por falar em eleições, a mídia internacional repercute nesta sexta-feira o primeiro debate entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump com vistas ao pleito de novembro. A postura vacilante de Biden durante o evento fez com que alguns simpatizantes do atual presidente passassem a pressionar por sua desistência.
Confira aqui um resumo do debate especialmente recortado pela Beatriz Azevedo.
Para além das questões externas, o investidor local precisa ficar atento aos números da Pnad Contínua, com expectativa de retração da taxa de desemprego, e ao resultado consolidado do setor público, com estimativa de déficit de R$ 59 bilhões.
O que você precisa saber hoje
AGORA VAI
Mais um passo no acerto de contas: Petrobras (PETR4) formaliza acordo de R$ 45 bilhões para dar fim a pendências tributárias e fiscais. A petroleira havia informado na semana passada que seu conselho de administração aprovou, por 10 votos a favor, a adesão ao edital com regras para solucionar contencioso tributário.
A GIGANTE ACORDOU
A Eletrobras (ELET3) pode subir 43% até o fim de 2025 e pagar mais dividendos, afirma o BB Investimentos. É hora de comprar a ação? A tese otimista para ELET3 também tem base nas “características de grande geração de energia elétrica por fontes limpas” e da localização geográfica dos ativos.
META FISCAL
O presidente Lula diz que o governo terá compromisso com o arcabouço fiscal – mas tem uma condição, segundo Geraldo Alckmin. Controle de gastos e meta fiscal na gestão Lula estão no centro das discussões entre a equipe econômica e o Congresso.
TERCEIRA PLENÁRIA
Um dos eventos mais importantes para a economia da China já tem data marcada — e aqui estão os motivos para você ficar de olho nisso. Terceira plenária do atual comitê central do Partido Comunista da China vai ocorrer entre 15 e 18 de julho em Pequim.
SEXTOU COM O RUY
Inovar é preciso. Como essa microcap transformou dificuldade em oportunidade. Na visão do colunista Ruy Hungria, uma empresa tem conseguido abocanhar mercado de algumas gigantes. E a melhor parte é que ela ainda tem muito espaço para crescer.
Uma boa sexta-feira e um excelente fim de semana para você!
Warren Buffett enriquece US$ 22,5 bilhões em 2025 e ultrapassa Bill Gates — estratégia conservadora se prova vencedora
Momento de incerteza favorece ativos priorizados pela Berkshire Hathaway, levando a um crescimento acima da média da fortuna de Buffett, segundo a Bloomberg
Caixa Seguridade (CXSE3) movimenta R$ 1,22 bi em oferta secundária de ações; entenda o que obrigou a companhia a promover um follow-on
Antes desta operação, a Caixa Econômica Federal detinha 82,75% das ações da Caixa Seguridade
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio
Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses
A recessão nos EUA: Powell responde se mercado exagerou ou se a maior economia do mundo está em apuros
Depois que grandes bancos previram mais chance de recessão nos EUA e os mercados encararam liquidações pesadas, o chefe do Fed fala sobre a situação real da economia norte-americana
Decisão do Federal Reserve traz dia de alívio para as criptomoedas e mercado respira após notícias positivas
Expectativa de suporte do Fed ao mercado, ETF de Solana em Wall Street e recuo da SEC no processo contra Ripple impulsionam recuperação do mercado cripto após semanas de perdas
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
Sem medo de Trump: BC dos EUA banca previsão de dois cortes de juros este ano e bolsas comemoram decisão
O desfecho da reunião desta quarta-feira (19) veio como o esperado: os juros foram mantidos na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, mas Fed mexe no ritmo de compra de títulos
A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim
Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
Haddad despenca, Galípolo passa raspando, inflação em alta e economia rumo à recessão: como a Faria Lima vê o governo Lula
Segundo pesquisa Genial Quaest, para 93% dos agentes de mercado a política econômica está na direção errada — e a culpa é do presidente, não de Haddad
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
A decisão é o que menos importa: o que está em jogo na Super Quarta com as reuniões do Copom e do Fed sobre os juros
O Banco Central brasileiro contratou para hoje um novo aumento de 1 ponto para a Selic, o que colocará a taxa em 14,25% ao ano. Nos EUA, o caminho é da manutenção na faixa entre 4,25% e 4,50% — são os sinais que virão com essas decisões que indicarão o futuro da política monetária tanto aqui como lá
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
B3 convoca empresas para nova votação para aprovação de mudanças no Novo Mercado. O que está em discussão agora?
A expectativa da B3 é encerrar o processo em abril, com aval de pelo menos dois terços das companhias listadas no Novo Mercado
Mercado Livre (MELI34) recebe o selo de compra da XP: anúncios e Mercado Pago são as alavancas de valor
Analistas esperam valorização da ação e indicam que o valuation no curto prazo aponta para um preço 40% abaixo da média histórica de 3 anos
Até onde vai a alta da Selic — e como investir nesse cenário? Analista vê juros de até 15,5% e faz recomendações de investimentos
No episódio da semana do Touros e Ursos, Lais Costa, da Empiricus Research, fala sobre o que esperar da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, após a Super Quarta
Será que Arminio Fraga ‘fez o L’? Ex-chefe do BC diz concordar com polêmico comentário de Lula sobre preço da comida
Ex-presidente do BC disse que Lula tinha razão ao dizer para população não comprar alimentos mais caros e buscar substituí-los por outros mais em conta