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Caminhos opostos: Fed se prepara para cortar juros nos EUA depois das eleições; no Brasil, a alta da taxa Selic continua

Eleições americanas e reuniões de política monetária do Fed e do Copom movimentam a semana mais importante do ano nos mercados

5 de novembro de 2024
7:11 - atualizado às 6:14
Imagem mostra duas setas pintadas no asfalto com um pé sobre cada uma delas
Depois das eleições nos EUA, bancos centrais decidem os juros aqui e lá, mas seguem em direções opostasImagem: Shutterstock

Esta semana promete ser uma das mais decisivas do ano, começando com uma notícia importante: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou sua viagem à Europa para concentrar-se nos desafios fiscais do Brasil.

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Esse movimento é um sinal positivo, embora a efetiva implementação das medidas de contenção de gastos ainda seja aguardada. Caso essas ações sejam confirmadas nos próximos dias, poderão trazer maior estabilidade ao mercado financeiro.

No cenário internacional, todas as atenções estão voltadas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que ocorrem nesta terça-feira (5).

A disputa permanece acirrada nos Estados-pêndulo, com ambos os candidatos mantendo boas chances de vitória.

Investidores aguardam mais estímulos da China

Na Ásia, os mercados acionários abriram a semana em alta, impulsionados pela expectativa de que a reunião do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China, em curso até sexta-feira, possa resultar em novos estímulos econômicos.

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A projeção é de que o pacote alcance até cerca de US$ 1,4 trilhão, com aproximadamente 60% desse valor financiado por emissões de títulos soberanos — o que representaria cerca de 8% do PIB chinês, a ser implementado em até cinco anos.

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Além disso, a China revisou e flexibilizou regulamentações para atrair investimentos estrangeiros em empresas listadas, buscando fortalecer o capital de longo prazo e alto valor agregado.

Como tudo isso pode beneficiar o petróleo

Essas iniciativas devem impulsionar significativamente o mercado de commodities, com destaque para o petróleo, especialmente diante do cenário delicado no Oriente Médio.

O setor de energia nas bolsas tem colhido benefícios com o adiamento do aumento de produção por parte da Opep+.

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Além disso, rumores indicam que o Irã pode estar preparando uma ofensiva mais intensa contra Israel, mas parece ponderar os possíveis impactos de uma resposta dos EUA no contexto eleitoral, possivelmente favorecendo a candidatura de Harris em relação a Trump. Esses fatores tendem a dar suporte ao preço do petróleo elevado.

Essas movimentações no mercado de commodities podem afetar as expectativas de inflação global e regional, impactando diretamente as decisões de política monetária em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e nos EUA.

Banco Central se prepara para elevar os juros

Por aqui, a atenção está voltada para as próximas decisões do Banco Central, com a expectativa de um aumento na taxa de juros na quarta-feira.

O clima econômico continua pessimista. Projeções indicam um aumento expressivo nas despesas obrigatórias nos próximos anos, o que tem gerado inquietação tanto no governo quanto no mercado quanto à sustentabilidade do arcabouço fiscal atual.

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As taxas de juros nominais já ultrapassam 13% em várias maturidades e o mercado já precifica um ciclo de aperto monetário ainda mais rigoroso do que o anterior, com a Selic podendo atingir quase 14%.

Simultaneamente, o dólar à vista recentemente alcançou cerca de R$ 5,87, registrando seu segundo maior valor histórico em relação ao real, abaixo do pico de R$ 5,90, alcançado em maio de 2020 no auge da pandemia.

Investidores aguardam notícias sobre cortes

A decisão de Haddad de cancelar sua viagem à Europa trouxe algum alívio ao mercado, mas ainda é insuficiente para tranquilizar completamente os investidores.

O risco é que qualquer decepção em relação aos cortes poderia agravar ainda mais a situação econômica.

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O presidente Lula e seus principais ministros das áreas econômica e política se reuniram para avançar no plano de ajuste fiscal.

Em discussão estão duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) essenciais: uma que visa incluir todos os gastos obrigatórios — com exceção do salário mínimo e da Previdência — dentro de um limite de 2,5% do arcabouço fiscal; e outra que propõe a desvinculação das receitas, em linha com o antigo mecanismo de Desvinculação das Receitas da União (DRU) do Plano Real.

Espera-se ainda a apresentação de outras medidas em um projeto de lei, incluindo a definição de limites para o número de famílias beneficiadas por programas sociais e ajustes nos critérios para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ao seguro-desemprego.

Por enquanto, essas propostas ainda estão no campo da especulação e o mercado aguarda ações concretas para restabelecer a confiança.

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Banco Central sob pressão

A falta de credibilidade fiscal, somada ao aumento dos juros nos EUA — onde o yield das Treasuries de 10 anos ultrapassou 4,30% devido à robustez da economia americana e ao "Trump Trade" —, pressiona o Banco Central do Brasil.

As expectativas de inflação têm se deteriorado nas últimas semanas, como mostra o Boletim Focus.

Atualmente, o mercado projeta que a taxa Selic atinja 11,75% até o final do ano, com aumentos previstos de 50 pontos-base em novembro e dezembro.

Novos ajustes em 2025 dependerão do progresso nas medidas de corte de gastos, essenciais para reancorar as expectativas inflacionárias, e da trajetória dos juros nos EUA.

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Expectativa de queda de juros nos EUA

Por falar nisso, no cenário externo, além das eleições presidenciais americanas, investidores seguem atentos à temporada de balanços e aos dados mais recentes de emprego, aguardando a decisão do Federal Reserve desta semana.

Após um corte de 50 pontos-base em setembro, os indicadores apontam para uma economia que ainda demonstra resiliência, mas com uma inflação que permanece como um ponto de atenção.

Esses fatores sustentam a expectativa de um novo corte de juros pelo Fed, desta vez de 25 pontos-base.

O relatório de empregos da última sexta-feira trouxe dados decepcionantes, com a criação de apenas 12 mil postos de trabalho no mês, bem abaixo das projeções, mas um corte mais agressivo de 50 pontos-base parece improvável, considerando as distorções geradas por greves e eventos climáticos recentes.

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Fontes: Bureau of Labor Statistics e EY-Parthenon.

Note, porém, que a normalização é notável.

Com isso, diante da divulgação do relatório, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA inicialmente caíram, refletindo preocupações com o crescimento econômico. A taxa de desemprego permaneceu estável em 4,1%.

Há uma boa chance de que esses dados sejam revisados para cima. Outros indicadores, como o ADP e os pedidos de seguro-desemprego, mostraram robustez, sugerindo que a situação do emprego pode ser mais sólida do que a leitura inicial.

Em termos gerais, contudo, os dados introduzem mais incerteza do que clareza. Embora o mercado de trabalho mostre sinais de desaceleração, como sugerem os dados de vagas abertas (JOLTS) e o índice de custo de mão de obra, ele continua com capacidade expressiva de contratação.

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Na corrida presidencial americana, por outro lado, a disputa se intensifica.

Embora Harris tenha uma boa chance de conquistar a maioria dos votos populares, o foco está na conquista dos delegados dos estados decisivos — Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Arizona, Wisconsin e Nevada —, um cenário que venho destacando continuamente.

Após um rali recente no “Trump Trade”, o último fim de semana trouxe uma ligeira mudança nas projeções, reduzindo as chances de vitória de Trump em favor de Harris, embora ele ainda mantenha uma vantagem sutil nas casas de apostas.

Trump é visto como favorito em algumas apostas e lidera em certas pesquisas. Sua vitória ainda não é certa, mas o mercado já está se posicionando para essa possibilidade, com alguns analistas estimando até 75% de chance de vitória.

Esse cenário indica a possibilidade de continuidade das altas nos juros e no dólar, além de uma inflação mais alta nos próximos anos, caso Trump seja eleito e implemente tarifas comerciais e políticas expansionistas, como cortes de impostos (estimula a atividade). Isso poderia levar a um ciclo de cortes de juros mais contido.

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