🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Nunca aposte contra o Tio Sam: Mercado leva mais uma invertida da economia dos EUA e dólar tem margem para seguir valorizado

O último relatório de emprego dos EUA surpreendeu positivamente e levou o mercado a adiar expectativa com o início de um ciclo de cortes os juros — e isso é bom para o dólar no curto prazo

6 de fevereiro de 2024
6:27 - atualizado às 10:18
Nota de dólar
Nota de dólar - Imagem: Canvas Pro

A revelação inesperada no último relatório de emprego dos EUA capturou a atenção do mercado, apresentando uma economia robusta no início de 2024.

Janeiro viu a criação de 353 mil postos de trabalho, o maior aumento mensal desde fevereiro de 2023, superando as expectativas por uma margem significativa.

Com projeções apontando para um acréscimo de 170 mil empregos, o resultado excedeu as previsões por mais de sete desvios padrões, evidenciando a força contínua do mercado de trabalho.

Este fenômeno manteve a taxa de desemprego abaixo de 4% pelo 24º mês consecutivo, uma façanha rara desde a Segunda Guerra Mundial e apenas superada por períodos de baixo desemprego nas décadas de 1950 e 1960.

Este ambiente de emprego robusto acompanhou-se de um aumento anual de salários de 4,5%, acendendo um alerta entre os investidores quanto à persistência inflacionária.

Cenário deixa dirigentes do Fed mais cautelosos

A expectativa de um corte na taxa de juros nos EUA tem sido um ponto de foco, mas a robustez da economia sugere uma resistência à desinflação, potencialmente desafiando a trajetória esperada de alívio inflacionário observada na segunda metade de 2023.

Leia Também

Este cenário tem levado dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell, a adotarem uma postura mais cautelosa, diminuindo as expectativas de redução dos juros, atualmente situados entre 5,25% e 5,5%, já no mês de março.

Essa disposição contra um corte prematuro de juros reflete uma visão que venho sustentando: a antecipação dos investidores por essa medida era prematura.

Agora, por exemplo, com a projeção do modelo GDPNow indicando um crescimento real do PIB de 4,2% no primeiro trimestre de 2024, acima dos 3,0% estimados em janeiro, a perspectiva de manutenção da política monetária atual se fortalece, contrariando as expectativas de um alívio iminente na política monetária.

Fonte: Fed Atlanta.

As nuances do payroll

Naturalmente, uma análise detalhada dos dados do payroll revela nuances que indicam uma realidade menos robusta no mercado de trabalho do que as manchetes sugerem.

Para ilustrar, um aspecto chave é a redução na média de horas trabalhadas para 34,1 horas semanais, o menor nível desde os períodos críticos da Covid-19 e da crise financeira de 2008.

Esse declínio sugere que o aparente aumento salarial de 4,5% pode não refletir um ganho real de renda, dada a diminuição das horas de trabalho.

Além disso, a composição do emprego se deteriorou, com a eliminação de quase 100 mil postos de trabalho em tempo integral e a criação de 870 mil vagas em tempo parcial no último ano.

Esse fenômeno pode esclarecer também, ao menos em parte, o paradoxo do alto número de empregos gerados sob a administração Biden e sua baixa popularidade, apontando para a criação de empregos de menor qualidade.

Início de ciclo de corte de juros nos EUA adiado

Seja como for, os números de maneira geral sugerem que as expectativas de um corte nas taxas de juros podem ser adiadas para maio ou junho, algo mais condizente com a leitura inicial de um mercado de trabalho excessivamente aquecido.

Dito de outra forma, a narrativa de uma economia "Goldilocks" ("Cachinhos Dourados"), onde o crescimento é acompanhado de inflação controlada, parece ganhar força.

Esse cenário refletiu-se no aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, com a taxa de 10 anos aproximando-se novamente de 4,15%, e no fortalecimento do dólar globalmente.

Ao mesmo tempo, esse movimento prejudica os ativos de risco, especialmente nos mercados emergentes, como o Brasil.

A situação é complicada pelas declarações de Jerome Powell no programa "60 Minutes", da CBS, onde ele indicou que cortes nas taxas de juros podem não ocorrer neste trimestre, enfatizando a necessidade de mais dados que confirmem uma redução sustentável na inflação para a meta de 2%.

Ele alertou contra a precipitação em reduzir as taxas antes da conclusão efetiva dos esforços anti-inflacionários.

Por fim, as expectativas de corte nas taxas de juros para maio diminuíram, passando de uma quase unanimidade para 55%, e o número previsto de reduções na taxa para o ano foi ajustado de sete para cinco.

Assim, é provável que a volatilidade continue a caracterizar o mercado, especialmente em antecipação aos próximos dados de CPI.

Fonte: CME.

Mais comentários de Powell

Ainda durante sua entrevista, Powell insinuou que a estratégia mais prudente do Federal Reserve seria adotar uma postura de espera, antecipando a possibilidade de realizar até três cortes na taxa de juros ao longo do ano.

Ele mencionou que, se tais reduções se iniciarem em maio, existe a potencialidade de implementar cortes adicionais além dos previstos.

  • VEJA TAMBÉM EM A DINHEIRISTA - Posso parar de pagar pensão alimentícia para filha que não vejo há quatro anos?

Isso me leva a questionar o que poderia impulsionar a valorização contínua do dólar.

Basicamente, dois cenários se destacam: primeiro, uma desaceleração econômica nos EUA que surpreenda investidores e formuladores de política, reacendendo a demanda por ativos considerados seguros; segundo, uma situação em que o crescimento econômico dos EUA supera significativamente o do restante do mundo, elevando a atratividade do dólar como investimento.

O primeiro cenário contradiria as expectativas atuais, tendo em vista que os dados recentes sugerem uma economia americana ainda em aquecimento ou, no máximo, desacelerando de forma moderada.

Já o segundo cenário indicaria uma desaceleração mais acentuada no resto do mundo. O desenrolar desses cenários deverá se tornar mais claro no decorrer do primeiro trimestre.

A situação econômica da China, como segunda maior economia global, também é crucial neste contexto.

Projeções indicam um crescimento do PIB real chinês de 4,6% para este ano, uma redução de 0,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Contudo, estímulos adicionais poderiam elevar esse crescimento em 1,3 pontos percentuais. Uma decepção significativa na performance econômica da China poderia reforçar as apostas no dólar para 2024.

Ademais, o aumento das tensões geopolíticas pode contribuir para a valorização do dólar.

Este ano promete ser repleto de eventos que podem elevar o risco geopolítico, incluindo eleições em nações-chave e conflitos na Europa e no Oriente Médio.

Qualquer choque decorrente desses eventos pode intensificar a procura pela segurança do dólar.

Com a expectativa de cortes nas taxas de juros a partir de maio, o dólar poderia, teoricamente, enfraquecer após esse período.

No entanto, até lá, há margem para que o dólar permaneça valorizado.

O real brasileiro, apesar do potencial de fortalecimento devido à balança comercial favorável, pode enfrentar um começo de ano desafiador, influenciado pelas preocupações fiscais internas e pela força do dólar no exterior.

  • Mantenha-se atualizado sobre as oportunidades de investimento do mercado: entre para a comunidade In$ights no WhatsApp e receba, diariamente, as melhores ideias de investimento em ações brasileiras e internacionais, FIIs, renda fixa e mais. Clique aqui e faça parte gratuitamente.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

A dieta do Itaú para não recorrer ao Ozempic

12 de setembro de 2025 - 6:05

O Itaú mostrou que não é preciso esperar que as crises cheguem para agir: empresas longevas têm em seu DNA uma capacidade de antecipação e adaptação que as diferenciam de empresas comuns

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Carne nova no pedaço: o sonho grande de um pequeno player no setor de proteína animal, e o que move os mercados nesta quinta (11)

11 de setembro de 2025 - 7:54

Investidores acompanham mais um dia de julgamento de Bolsonaro por aqui; no exterior, Índice de Preços ao Consumidor nos EUA e definição dos juros na Europa

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Cuidado com a falácia do take it for granted

10 de setembro de 2025 - 20:00

A economia argentina, desde a vitória de Javier Milei, apresenta lições importantes para o contexto brasileiro na véspera das eleições presidenciais de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Roupas especiais para anos incríveis, e o que esperar dos mercados nesta quarta-feira (10)

10 de setembro de 2025 - 8:00

Julgamento de Bolsonaro no STF, inflação de agosto e expectativa de corte de juros nos EUA estão na mira dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados

1 de setembro de 2025 - 7:36

Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)

DÉCIMO ANDAR

O importante é aprender a levantar: uma seleção de fundos imobiliários (FIIs) para capturar a retomada do mercado

31 de agosto de 2025 - 8:00

Com a perspectiva de queda de juros à frente, a Empiricus indica cinco FIIs para investir; confira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar