🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Uma nova bolha está se formando? Ganhos concentrados em poucas ações soam o alarme em Wall Street

O S&P-500 atingiu 5 mil pontos pela primeira vez, mas a concentração de ganhos em poucas empresas chama a atenção para uma possível bolha

13 de fevereiro de 2024
8:13 - atualizado às 10:17
Uma grande bolha no mercado financeiro
Imagem: Shutterstock

Pela primeira vez, o índice S&P-500 uma das referências mais importantes, senão a mais importante, do mercado de ações americano — o mais vasto, significativo e influente mercado globalmente —, atingiu o patamar de 5 mil pontos.

Atingir 5.000 pontos é considerado um marco simbólico (e psicológico), demonstrando o otimismo dos investidores em relação ao contínuo crescimento da economia americana, apesar das altas taxas de juros, um fenômeno que desafia as teorias econômicas tradicionais.

A trajetória de crescimento do S&P-500 foi notável, registrando uma alta de mais de 20% desde o início de novembro.

Desde setembro de 2017, quando marcava 2.500 pontos, o índice duplicou seu valor, impulsionado mais recentemente pelo entusiasmo em torno da "Inteligência Artificial".

Impulso do S&P-500 é concentrado em poucas empresas

Embora o S&P-500 englobe 500 empresas, são principalmente sete gigantes tecnológicas, denominadas "Sete Magníficas", que lideram a maior parte desse avanço.

Empresas como Meta, Microsoft e Nvidia, que juntas representam 29% da composição total do índice, têm visto sua influência crescer conforme os investidores apostam nelas como as principais beneficiárias da revolução da inteligência artificial.

Leia Também

A notável concentração de ganhos em um número restrito de empresas, atualmente debatida entre investidores como sendo não mais as "Sete Magníficas", mas sim cinco ou seis, desperta preocupações.

Desempenho é sustentável ou uma bolha se avizinha?

Essa concentração limitada de desempenho gera questionamentos sobre a sustentabilidade do mercado.

Surge então a questão: estaria o mercado imerso em uma bolha especulativa de grandes proporções?

Minha análise preliminar sugere que não, apesar de reconhecer que o recente rali do mercado merece vigilância.

A expectativa é que ajustes ou desacelerações ocorram para remediar qualquer excesso observado no recente rali.

Ao examinar episódios anteriores de bolhas no mercado, parece haver margem para que o momento atual continue sua trajetória ascendente, ainda que eu não caracterize a situação presente como uma bolha per se.

É importante destacar que a dinâmica atual do mercado não é ideal.

Fonte: Bank of America.

A concentração do mercado em um seleto grupo de empresas, a ausência de correções nos ralis e o aumento exponencial dos múltiplos são claros sinais de alerta que os investidores devem considerar cuidadosamente.

A situação não é saudável.

David Einhorn, da Greenlight Capital, apontou que "os mercados parecem fundamentalmente desalinhados", criticando a abordagem dos investimentos passivos em fundos que replicam índices.

Em 2022, os ativos alocados em investimentos passivamente indexados ao S&P-500 ou a fundos que o utilizam como benchmark alcançaram aproximadamente US$ 11,4 trilhões, segundo a S&P Global.

O dilema dos fundos passivos reside na sua dinâmica de compra: à medida que recebem novos aportes, eles adquirem ações disponíveis no mercado sem questionar os preços, inflando ainda mais os valores das empresas já sobrevalorizadas.

Historicamente, adquirir as maiores empresas por valor de mercado raramente se provou uma estratégia acertada, já que, frequentemente, todas as notícias positivas já estão precificadas, limitando o potencial de valorização.

Leia também

Lembra da bolha da internet?

A ascensão contínua das "Sete Magníficas" e a dominância exacerbada do setor tecnológico no índice levantam preocupações, especialmente quando comparamos com a situação no início dos anos 2000, antes do estouro da bolha da internet.

Louis Gave, da Gavekal, destacou que, embora o mercado de ações dos EUA represente cerca de 70% da capitalização de mercado global, a economia americana corresponde a apenas 17,8% do PIB mundial.

Isso indica uma expectativa de que as empresas americanas, principalmente as tecnológicas, dominem os lucros globais indefinidamente, uma premissa que desafia a lógica econômica.

Não sou eu que estou falando. É o mercado. Estou fazendo basicamente uma interpretação dos preços.

VEJA TAMBÉM: PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados

O que observar diante de uma possível bolha

Apesar da força e da lucratividade inegáveis das "Sete Magníficas", atribuir seu domínio exclusivamente aos fundamentos é questionável.

A história nos mostra que tendências de concentração de mercado, que pareciam inabaláveis, muitas vezes se revertem.

A predominância dos EUA sobre outras economias desenvolvidas pode parecer insustentável a longo prazo, potencialmente propiciando uma reavaliação das ações tecnológicas.

No entanto, a expectativa de queda nas taxas de juros pode favorecer ainda mais essas empresas.

Isso não exclui a oportunidade de explorarmos outras ações que ficaram para trás, como empresas de valor, de pequeno porte, entre outras, buscando uma diversificação mais equilibrada.

Há sempre espaço para encontrar ativos subvalorizados, o que requer uma análise cuidadosa, dimensionamento adequado das posições e diversificação estratégica, tudo alinhado ao perfil de risco do investidor e com as devidas medidas de proteção.

  • Como montar uma carteira internacional diversificada? A Empiricus Research disponibiliza uma lista com 10 ações gringas de diferentes setores da economia, que estão subprecificadas e que têm potencial de gerar lucro para o investidor. Acesse gratuitamente aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central

24 de novembro de 2025 - 19:59

Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar