Yduqs (YDUQ3) se torna a ação favorita dos analistas do Santander no setor de educação após a “nota vermelha” recente na B3. O que está por trás do otimismo?
Para o Santander, as ações YDUQ3 poderiam mais do que dobrar em relação ao último fechamento, com uma valorização potencial implícita de 116% até o fim de 2025

Nos corredores da bolsa brasileira, uma aluna que não anda tirando boas notas na B3 acaba de “passar de ano” aos olhos do Santander. A Yduqs (YDUQ3) se tornou a ação favorita dos analistas no segmento de educação para os próximos 12 meses.
Com recomendação “outperform” — equivalente a compra — para os papéis, o banco elevou o preço-alvo para R$ 22 para o fim de 2025.
- Veja mais: analista aponta que a bolsa está ainda mais barata e recomenda 10 ações para comprar “com desconto”
Isso significa que as ações poderiam mais do que dobrar em relação às cotações do último fechamento, com uma valorização potencial implícita de 116%.
Mas vale ponderar que a Yduqs anda tirando “notas vermelhas” na bolsa, com uma queda acumulada da ordem de 50% apenas neste ano.
Na avaliação do Santander, a perda no valor de mercado tornou a Yduqs barata. Nas contas dos analistas, a empresa atualmente é negociada a um valuation descontado em relação à média de três anos.
Para o próximo ano, os analistas projetam um múltiplo de 11 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) para as ações YDUQ3.
Leia Também
Em meio ao otimismo dos analistas, as ações figuravam entre as maiores altas do Ibovespa pela tarde. Por volta das 12h37, os papéis subiam 3,55%, a R$ 10,51.
M&As no radar da Yduqs (YDUQ3)
Um ponto que poderia impulsionar a Yduqs são os potenciais acordos de fusão e aquisição (M&As) com outros players do setor, como Cogna (COGN3) e Vitru (VTRU3).
“Acreditamos que um acordo com a Vitru ou a Cogna, pelo preço certo, poderia gerar valor para os acionistas e poderia ser aprovado com algumas restrições”, afirmou o Santander.
Segundo os analistas, um possível acordo com a Vitru poderia exigir alguns remédios para ser aceito pelos órgãos antitruste como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Afinal, uma possível combinação da Yduqs e da Vitru — dona da Uniasselvi e da UniCesumar — levaria a uma única entidade controlando uma significativa fatia de mercado nacional no ensino à distância, de 36%, o que poderia criar problemas com o Cade.
Atualmente, o limite de 30% tem sido usado pelas autoridades antitruste para determinar um mercado concentrado.
Já uma negociação com a Cogna poderia ser aprovada, segundo os analistas, mas também com restrições.
“No passado, uma combinação da Yduqs e da Cogna teria levado a uma grande fatia de mercado no segmento de ensino à distância. No entanto, as empresas perderam participação de mercado nos últimos anos, especialmente após a desregulamentação do segmento de ensino à distância em 2017, que culminou na entrada de novos concorrentes”, afirmaram.
Nas contas do banco, a participação de mercado nacional combinada para Yduqs e Cogna no segmento EAD seria de cerca de 29%.
“No geral, acreditamos que é improvável que haja muita consolidação no curto prazo devido à incerteza regulatória e a grandes diferenças entre os valuations dos pares.”
Por trás do otimismo com a Yduqs (YDUQ3)
Segundo os analistas, a companhia ainda oferece a "melhor exposição da categoria" a um negócio de ensino presencial resiliente, além de uma divisão premium grande — Ibmec e Medicina —, uma das melhores plataformas de educação à distância e um balanço patrimonial forte.
No entanto, na avaliação do Santander, a Yduqs encontra-se com um posicionamento “light” entre os pares locais. Ou seja, poucos investidores estão alocados nas ações — e alguns ainda operam vendidos nos papéis YDUQ3 devido ao fraco momento dos lucros.
“Os resultados deste ano foram decepcionantes em relação aos volumes do segmento de ensino à distância e, mais recentemente, no lado dos preços no segmento Presencial. Além disso, maiores investimentos em marketing e maiores provisões para devedores duvidosos (PDA) também reduziram a margem Ebitda durante o primeiro semestre”, afirmaram os analistas.
Com isso em mente, as expectativas fracas do mercado já estão fracas para a temporada de captação da empresa no segundo semestre.
- Ideias diárias de investimento direto no seu WhastApp? Faça parte da Comunidade do Clube de Investidores SD Select; clique aqui para fazer parte gratuitamente
O Santander prevê que as matrículas no segmento presencial provavelmente crescerão a uma taxa de um dígito “médio a baixo”.
Do lado premium, as matrículas nos cursos de Medicina devem continuar a impulsionar o crescimento, especialmente porque o Ibmec tem sofrido pressões no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
O ensino à distância também tem enfrentado desafios, em meio a possíveis novas regulamentações do Ministério da Educação para o segmento e ao pelo fenômeno das casas de apostas (bets) no Brasil.
“Continuamos esperando um desempenho fraco e, portanto, prevemos que a captação do EaD diminua em 9% no segundo semestre em base anual. No futuro, projetamos um baixo crescimento de um dígito para o segmento em 2025.”
Isso significa que, se a empresa conseguir surpreender positivamente e entregar uma geração robusta de fluxo de caixa livre (FCF), os analistas veem possibilidade de “revisões de lucros e múltiplas reclassificações”.
Na projeção do Santander, a empresa será capaz de gerenciar melhor os custos e despesas durante o segundo semestre para gerar um lucro líquido maior no período.
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA