Vibra (VBBR3): ações caem forte na B3 após anúncio de compra antecipada da Comerc; saiba o que fazer com os papéis
A dona dos postos BR, que já possui participação na Comerc desde 2021, comprou os outros 50% da empresa por R$ 3,52 bilhões
A Vibra (VBBR3), dona dos postos BR, já detém 50% da Comerc desde 2021, mas a decisão anunciada na última quarta-feira (21) de antecipar a compra da outra fatia da empresa que atua no mercado livre de energia provocou uma reação negativa no mercado.
Nesta quinta-feira (22), as ações da Vibra estavam entre as maiores quedas da B3. Por volta das 13h15, os papéis VBBR3 caíam 3,22%, negociados a R$ 25,24. No ano, os papéis acumulam alta de 16%.
Apesar da perspectiva da Vibra de “retorno financeiro vantajoso” — um dos principais motivos que levaram a companhia a antecipar a aquisição que provavelmente aconteceria em 2026 — algumas questões envolvendo a transação foram levantadas pelos analistas.
Em nota encaminhada à imprensa, o CEO da Vibra, Ernesto Pousada, disse que a decisão também foi motivada pelo "baixo risco do negócio já totalmente operacional".
"A Comerc vem apresentando bons resultados, com os principais projetos de geração concluídos e gerando um Ebitda anualizado de R$ 1 bilhão em 2024", disse Pousada.
Para XP Investimentos, a aquisição faz sentido do ponto de vista estratégico, mas o anúncio foi uma “surpresa para o mercado e o valor do negócio é controverso”. Por conta disso, a reação negativa das ações da Vibra já era esperada pela corretora.
Leia Também
Leia mais: Entenda por que a alta da Selic em 2024 pode não ser “má notícia” para o mercado brasileiro.
Mais cedo do que o esperado e valor “controverso”
Na visão dos analistas da XP, a compra da participação remanescente de 50% na Comerc era inevitável dada a estrutura de compra e venda vinculada ao negócio original em 2021.
“Em nossa opinião, faz muito sentido para a Vibra acelerar a aquisição agora. Esse movimento permite que a Vibra desbloqueie certas sinergias que efetivamente criam valor, como eficiências de custo, menor custo da dívida e monetização de ativos fiscais”, dizem os analistas em relatório.
Por outro lado, a XP destaca que o valor de R$ 3,52 bilhões pago pelo negócio é controverso. Apesar da estimativa de R$ 1,4 bilhão em sinergias, a corretora vê o acordo como praticamente neutro em termos de valor para a Vibra.
“Teríamos preferido um acordo a um preço mais baixo, mas talvez esse tenha sido o melhor preço disponível para um acordo. Adiar essa discussão para a data de exercício da put/call [direito de compra e venda] expôs a Vibra ao risco de avaliações significativamente divergentes. Além disso, a Vibra ainda pode extrair valor adicional da Comerc por meio de sinergias comerciais e crescimento futuro”, afirmam os analistas.
- Petrobras, 3R, Prio: Qual petroleira vai ser a “vencedora” da temporada de resultados do 2T24? Confira as análises da Empiricus Research gratuitamente – clique AQUI.
Temor sobre a distribuição de dividendos
Já os analistas do Itaú BBA reconhecem que a aquisição pode gerar preocupações entre os investidores da Vibra, “já que a maioria esperava que a empresa se concentrasse em aumentar os retornos aos acionistas por meio de recompras e dividendos.”
No entanto, a empresa afirmou que manterá a política de pagamento de dividendos de 40%.
Diante disso, o Itaú BBA mantém a recomendação de compra para as ações da Vibra. O preço-alvo é de R$ 28, uma potencial de valorização de 7% em relação ao último fechamento.
O bom, o mau e as oportunidades pela frente
O BTG Pactual mantém a perspectiva positiva sobre a Comerc, já que a unidade de negócios “oferece um potencial de alta significativo para a estratégia de longo prazo da Vibra.”
Do ponto de vista negativo, o banco pontua que os investidores podem atribuir a aquisição da Comerc às “probabilidades menores de pagamento de dividendos que excedam 40% dos lucros”. Para o BTG, isso pode pesar no desempenho de curto prazo das ações.
O banco mantém a recomendação de compra para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 34 — o equivalente a um potencial de valorização de 30% em relação ao último fechamento.
Outra aérea em apuros: ação da Spirit Airlines cai mais de 26% em Nova York após rumores de recuperação judicial
Low cost americana vem passando por dificuldades financeiras que se agravaram após fusão fracassada com a JetBlue; dívidas somam US$ 3,3 bilhões
Nem o Plano Safra vai salvar? 3T24 de Banco do Brasil (BBAS3) e BB Seguridade (BBSE3) deve ser mais fraco, diz BTG
Redução no preço das commodities e fenômenos climáticos pressionam o segmento
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Vai ficar mais barato investir nesses três fundos imobiliários do Santander — e aqui está o motivo
Os FIIs SARE11, SAPI11 e SADI11 anunciaram desdobramentos na B3, que terão como data base a posição de fechamento de 16 de outubro
Dona da Serasa compra ClearSale (CLSA3) com prêmio de 23,5% sobre cotações, mas por menos da metade do valor do IPO; ações sobem forte na B3. O que acontece com os acionistas agora?
Em meio à saída da ClearSale da bolsa após três anos desde o IPO, os investidores da companhia terão três opções de recebimento após a venda para a Experian
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Vale (VALE3) destrona Itaú e se torna a ação mais recomendada para investir em outubro. A China não é mais pedra no caminho da mineradora?
Com resultados robustos e o otimismo em relação à China, a Vale se tornou a ação queridinha para este mês; veja o ranking com indicações de 12 corretoras
Como achar uma boa ação? Se a empresa que você investe não tiver essa qualidade, ela corre o risco de morrer no meio do caminho
Por menos de 9x lucros esperados para 2025, além de ser uma ótima empresa, a ação ainda guarda muito potencial de valorização
Atenção, investidor: B3 (B3SA3) lança novos índices de ações de empresas públicas e privadas; conheça
O objetivo dos novos indicadores, que chegam ao mercado no dia 7 de outubro, é destacar as performances dos ativos que compõem o Ibovespa de forma separada
BB Investimentos corta preço-alvo de Hypera (HYPE3) após semestre fraco e performance abaixo do Ibovespa
Empresa do segmento farmacêutico tem endividamento elevado, sendo duramente afetada pela alta dos juros
Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje
A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores
SLC Agrícola ganha ‘voto de confiança’ do Itaú BBA, que eleva preço-alvo de SLCE3
Boas expectativas para a safra 2024/25 fazem o banco brasileiro reforçar recomendação de compra da gigante do agro
Efeito Moody´s passa e dólar sobe a R$ 5,4735; Ibovespa renova série de mínimas no dia e cai 1,38%, aos 131.671,51 pontos
Lá fora, as bolsas em Nova York e na Europa operaram no vermelho, pressionadas pela escalada dos conflitos no Oriente Médio
A Gol (GOLL4) pode ‘voar’ de novo? BB Investimentos eleva recomendação para as ações, mas faz alerta sobre a companhia aérea
Instituição vê a aprovação do Chapter 11 e o plano apresentado pela companhia como fatores cruciais para recuperação financeira
Por que o Fiagro da Itaú Asset (RURA11) sobe na B3 hoje mesmo diante das preocupações em relação a calotes de CRAs
O desempenho negativo do fundo na semana acompanhou temores sobre a exposição do Fiagro a dois certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) inadimplentes
Varejistas, imobiliárias e mais: veja as ações mais (e menos) afetadas pela alta da Selic, segundo o BTG Pactual
Magazine Luiza, Casas Bahia e JHSF estão entre as empresas que mais podem sofrer com a alta da Selic; BTG aponta onde investir neste cenário
Google quer devolver escritório do fundo imobiliário PATC11 antes da hora; entenda o impacto na receita do FII
Segundo a gestora do Pátria Edifícios Corporativos, a locação mensal do Google equivale ainda a aproximadamente R$ 0,08 por cota do FII
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Bilionário de uma das empresas que mais poluem no planeta promete zerar emissões de sua mineradora até 2030 — e cobra políticos e empresários para que se mexam
Quarta maior mineradora de minério de ferro do mundo, a Fortescue pretende parar de queimar combustíveis fósseis em suas operações na Austrália até o final da década
Fim do casamento: Even (EVEN3) conclui venda de participação acionária na Melnick (MELK3)
No mês passado, após sucessivas vendas de ações, a incorporadora paulista tinha participação de cerca de 4,96% na companhia gaúcha