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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

DESTAQUES DA BOLSA

Vamos (VAMO3): os três motivos por trás da queda de 11% desde o anúncio da reestruturação; ação recua na B3 hoje

A Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre investidores

Camille Lima
Camille Lima
3 de outubro de 2024
16:09 - atualizado às 17:26
Grupo Vamos
- Imagem: Divulgação

Desde que anunciou no último domingo (29) a separação do negócio de concessionárias, a Vamos (VAMO3) vem enfrentando forte pressão na bolsa. Só nos últimos quatro pregões, a queda acumulada das ações supera 11%.

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Os papéis da locadora de caminhões e equipamentos encerraram a sessão desta quinta-feira (3) em baixa de 4,11% e figuraram entre as maiores perdas do Ibovespa hoje, cotados a R$ 5,77. Nas mínimas do dia, a companhia chegou a ser negociada a R$ 5,42. Já o principal índica da bolsa brasileira recuou 1,39%, aos 131.665 pontos. 

No ano, a desvalorização de VAMO3 chega a 42% na B3. Atualmente, a empresa é avaliada em pouco mais de R$ 6,3 bilhões. 

Na leitura de analistas e gestores consultados pelo Seu Dinheiro, há três motivos principais que explicam o recuo da Vamos na B3. Você confere as razões a seguir.

1 - Mercado não gostou da reestruturação da Vamos (VAMO3)?

Uma das razões por trás da queda das ações VAMO3 é a reestruturação anunciada na última segunda-feira. Com a operação, a Vamos deverá se fundir com a rede de concessionárias Automob, que também é controlada pela Simpar (SIMH3) — e o plano de combinação das operações gerou ruídos entre os investidores.

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Nos termos do negócio, a divisão de concessionárias da Vamos passará por uma cisão da operação atual. Posteriormente, a Vamos Concessionárias vai adquirir uma participação de 35,49% da Automob que hoje pertence à Simpar, por R$ 1 bilhão.

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Com a transação, a Simpar será a controladora da "nova Automob", com 64,12% do capital. Enquanto isso, os acionistas minoritários da Vamos deterão 21,39% das ações e os da Automob, 14,49%.

Isso significa que, com o negócio, os acionistas da Vamos terão papéis da própria companhia e da Automob, que também será listada no Novo Mercado.

Ou seja, a Automob estreará na bolsa em uma combinação com as concessionárias que atualmente pertencem à Vamos. Por sua vez, a companhia passará a atuar exclusivamente no segmento de locação.

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Inicialmente, a reação do mercado foi bem positiva. Para a XP, a operação faz sentido do ponto de vista estratégico tanto para a Vamos quanto para a Automob. 

Segundo Rafael Cota, gestor de renda variável da Inter Asset, a operação foi positiva para Simpar, já que traz uma oportunidade de desalavancagem para a holding, reduzindo a dívida líquida de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,3 bilhões.

“Na operação, os minoritários da Vamos ficam com um novo ativo que foi avaliado a um preço muito caro. A empresa vai precisar captar dívida para realizar essa operação, e esse endividamento parcialmente ficará com os minoritários da Vamos”, afirmou.

“O movimento de separar a concessionária da Vamos era algo que o mercado cobrava em alguma medida desde o IPO. Então é bom quando você pensa no negócio, porque a concessionária era um negócio pior, com rentabilidade pior e ainda por cima muito volátil”, diz outro gestor.

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Porém, na avaliação desse economista, a transação também traz incerteza para a Vamos. Isso porque a compra de parte da concessionária de veículos leves da Simpar por uma quantia bilionária.

“A transação avalia a nova Automob em um valor que parece um pouco puxado. A empresa está pedindo cerca de 6 vezes o Ebitda nesse negócio da concessionária, parece um valuation um pouco esticado para um negócio que não é exatamente bom”, afirmou.

“Na prática, o acionista da Vamos vai acordar amanhã com a empresa de locação de caminhão que já tinha, o business de concessionária que já tinha, mas com uma empresa um pouco mais alavancada, porque vai ter que tomar R$ 1 bilhão de dívida para fazer uma alocação de capital que talvez seja ruim, que é para comprar a concessionária de carros a um preço caro.”

Para o gestor, caso o investidor não queria se tornar também acionista da concessionária de carros e de caminhões, que é a Automob, “faz sentido vender a ação e esperar para comprar depois”. “Até porque, no fim do dia, ele vai poder comprar só a operação de locação.”

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2 - Investidores operam vendidos nas ações VAMO3

Para além dos investidores que passaram a se desfazer temporariamente das ações da Vamos para adquiri-las após a conclusão da reestruturação, há ainda aqueles que decidiram aproveitar o momento para apostar contra os papéis VAMO3.

Em uma estratégia batizada de short — também conhecida como venda a descoberto —, o investidor toma emprestado uma ação e vende na expectativa de que os preços recuem na bolsa.

Se as cotações das ações caírem como esperado, o investidor compra as mesmas ações de volta, mas a um preço mais baixo.

Atualmente, cerca de 16% do total de ações em circulação (free float) da Vamos encontram-se shorteados.

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3 - O peso dos juros sobre a Vamos

A trajetória dos juros no Brasil também adiciona pressão à Vamos (VAMO3). Considerada uma ação cíclica e altamente alavancada, a locadora de automóveis é mais sensível às mudanças de taxas por aqui — e tende a sofrer em ciclos de aperto monetário.

Vale lembrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central recentemente elevou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, a 10,75% ao ano.

No fim de setembro, o Copom também publicou uma ata mais dura que o esperado e reforçou as expectativas de um aperto monetário ainda maior na próxima reunião, prevista para acontecer nos dias 5 e 6 de novembro.

Na avaliação de João Daronco, analista da Suno Research, o mercado brasileiro encontra-se em um dos momentos mais altos da curva de juros futuros (DIs) do ano – e isso impacta diretamente empresas de crescimento e endividadas, como a Vamos. 

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“O mercado está um pouco mais arisco ao risco e acaba por se desfazer de papéis como Vamos. Mas para o investidor que pensa mais em longo prazo, comprar um ativo que tem capacidade de crescer 20% ao ano nos próximos 10 anos e que negocia a um múltiplo de 9 vezes a relação preço sobre lucro é muito atrativo”, disse Daronco.

Segundo um gestor, a Vamos atualmente se encontra fortemente endividada, com uma relação de cerca de 4 vezes a dívida líquida sobre Ebitda. 

Desse modo, em um ambiente de estresse de juros, a companhia se encontrará em uma situação “bem difícil” e ainda corre o risco de precisar reduzir a frota de caminhões para enfrentar esse cenário.

“É um cenário que, se os juros estressarem, a Vamos no mínimo vai ter que segurar o ritmo de crescimento, isso se não tiver que encolher a frota.”

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