Petrobras (PETR4): a notícia que compensou em parte do prejuízo no 2T24 e pode garantir mais dividendos aos acionistas
Petrobras reduziu em mais de 20% a projeção de investimentos para o restante de 2024 — e isso pode impulsionar os dividendos

A divulgação de um prejuízo bilionário pela Petrobras (PETR4) no segundo trimestre de 2024 assustou os investidores em um primeiro momento. No entanto, a reação do mercado parece mais comedida do que se poderia supor diante de um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
Quando o Ibovespa abriu, as ações PETR3 e PETR4 chegaram a recuar cerca de 2,5% antes de o movimento ser atenuado para uma queda inferior a 1% por volta do meio-dia.
- Petrobras, 3R, Prio: Qual petroleira vai ser a “vencedora” da temporada de resultados do 2T24? Confira as análises da Empiricus Research gratuitamente – clique AQUI.
A resposta para isso encontra-se em outras informações divulgadas pela Petrobras junto com o balanço.
A maior parte do resultado negativo é atribuída a fatores que a companhia considera não recorrentes.
São eles:
- a brusca depreciação do real em relação ao dólar no fim do primeiro semestre; e
- um acordo com o governo para encerrar uma disputa em torno dívidas tributárias da ordem de R$ 11,5 bilhões.
Excluídos esses fatores, que já eram de conhecimento dos analistas antes da divulgação do balanço, a Petrobras obteve lucro líquido recorrente de R$ 15,728 bilhões no segundo trimestre.
Sem o impacto do acordo tributário, a Petrobras teria registrado um lucro de quase R$ 30 bilhões no período, levando em conta a variação cambial.
Leia Também
Mas a boa notícia é outra.
Em outro comunicado, a Petrobras anunciou uma redução da projeção (guidance) de investimentos para 2024 de US$ 18 bilhões para algo entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões.
E a expectativa dos analistas é que essa redução de mais de 20% do volume projetado de investimentos potencialize a distribuição de dividendos pela companhia.
Analistas do banco BTG Pactual consideram a geração de fluxo de caixa livre da Petrobras pode continuar a surpreender positivamente, abrindo caminho para dividendos extraordinários no futuro.
"Estamos antecipando essa possibilidade há algum tempo. O fato de a empresa não ter revisado sua meta de produção de 2,2 milhões de barris por dia para 2024 ressalta ainda mais que a projeção de investimento por barril estava superestimada", afirmam os analistas do BTG Pactual.
A visão dos analistas do Itaú BBA é semelhante. Segundo eles, porém, o corte nos investimentos tem o potencial elevar em dois pontos porcentuais o volume de dividendos regulares da petroleira para 2024.
Já os profissionais do Goldman Sachs acreditam que a Petrobras não deve conseguir cumprir integralmente o plano de investimento em execução, mantendo aberto o espaço para mais remuneração aos acionistas no decorrer dos próximos trimestres.
Ainda sobre os dividendos da Petrobras (PETR4)
Mesmo reportando um prejuízo bilionário, a Petrobras anunciou R$ 13,57 bilhões em dividendos intercalares e juros sobre capital próprio.
O dinheiro dos proventos saiu da reserva de capital anunciada pela direção da companhia no início do ano. O cálculo teve como base o resultado acumulado do primeiro semestre de 2024.
Na ocasião, a retenção de dezenas de bilhões de reais potencialmente conversíveis em dividendos extraordinários foi alvo de críticas por parte do mercado.
No segundo trimestre, porém, ela cumpriu a função informada pela Petrobras de assegurar dividendos em períodos nos quais os resultados não fossem satisfatórios.
Em conferência com analistas, diretores da Petrobras disseram que o saldo da reserva de capital não deveria ser interpretado como um teto para possíveis dividendos extraordinários.
Para os analistas do Itaú BBA, "mesmo considerando o saldo restante da reserva como um teto para dividendos extraordinários para 2024, a redução no capex (investimento) deve compensar a redução da reserva de capital".
Com base no mesmo cálculo, o dividend yield potencial para este ano passaria de 20% para 21%.
"Além disso, acreditamos que a intenção explícita da empresa de anunciar os dividendos extraordinários até novembro, conforme mencionado na teleconferência com analistas, provavelmente será bem recebida pelo mercado", segundo o Itaú BBA.
A expectativa anterior era que a Petrobras discutisse os dividendos extraordinários de 2024 depois da divulgação dos resultados do quarto trimestre — ou seja, no ano que vem.
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista