🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

VISÃO DO GESTOR

Inflação vai “explodir” e Selic voltar a 13,50% se Banco Central optar por ajuste gradual, diz Felipe Guerra, da Legacy

Responsável pela gestão de R$ 20 bilhões, sócio-fundador da Legacy defende ajuste maior da Selic, mas espera alta de 0,25 ponto pelo Copom hoje

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
18 de setembro de 2024
6:13 - atualizado às 17:36
Felipe Guerra, sócio-gestor da Legacy Capital
Felipe Guerra, sócio-gestor da Legacy Capital - Imagem: Divulgação

O que o Banco Central comandado por Roberto Campos Neto deveria fazer e o que ele vai fazer na reunião desta quarta-feira (18)? As respostas deveriam ser as mesmas, mas no caso desta decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) elas não coincidem, de acordo com Felipe Guerra, sócio-fundador da Legacy Capital.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Responsável pela gestão de mais de R$ 20 bilhões, Guerra espera por uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), para 10,75% ao ano, em linha com a expectativa da maior parte do mercado.

Mas o sócio-fundador da Legacy defende que o BC deveria promover um ajuste maior e elevar a Selic em 0,50 ponto percentual. Ou seja, dos atuais 10,50% para 11,00% ao ano.

Em entrevista ao Seu Dinheiro no escritório da gestora, Guerra se mostrou bastante preocupado com a dinâmica da inflação e a resposta do Banco Central.

“O mercado de trabalho está ultra-apertado, o salário cresce a 10% real há três anos, o desemprego está nas mínimas e o crédito, bombando”, diz. Como se não bastasse, o governo ainda atrapalha o trabalho do BC pelo lado fiscal, em uma economia que já cresce a 3% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Legacy: "Inflação vai explodir"

A Legacy projeta inflação de 4,5% em 2024 e 4,7% em 2025 — acima, portanto, do teto da meta de 4,5%. Mas se o BC adotar uma postura de subir gradualmente a Selic, a inflação vai “explodir” e pode passar dos 7%, de acordo com o gestor.

Leia Também

Para ele, subir os juros em um ritmo de 0,25 ponto percentual por reunião será como “enxugar gelo”. Assim, o ciclo de alta de juros pode se estender por até um ano e meio e levar a Selic de volta aos 13,50% ao ano.

Nesse sentido, o Banco Central corre o risco de repetir o que ocorreu durante a gestão de Alexandre Tombini. Na época, a alta dos juros foi insuficiente para conter a inflação justamente porque o Copom optou por um ajuste gradual, segundo o sócio da Legacy.

O que o BC deveria fazer com a Selic...

Guerra diz que uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic já a partir da reunião desta quarta-feira e uma sinalização dura no comunicado e na ata do Copom teriam como consequência a necessidade de um ciclo de aperto monetário menor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse cenário local e um possível corte de 0,50 ponto nos juros nos Estados Unidos nesta "Super Quarta" teriam um efeito muito positivo para os ativos brasileiros, de acordo com o gestor.

Ele diz que uma “prévia” desse movimento ocorreu no mês passado, quando a bolsa subiu e o dólar e os juros futuros caíram em reação a declarações de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária e futuro presidente do BC, indicando a intenção de subir os juros.

O mercado, contudo, acabou “voltando” depois que Roberto Campos Neto, o atual ocupante da cadeira, deu sinalizações contrárias.

“Tem muita gente competente no Banco Central. Eu não sei por que eles estão tão reticentes em reconhecer a verdade”, afirma Guerra, que trabalhou com Campos Neto na tesouraria do Santander antes de fundar a Legacy com outros colegas do banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

... E o que o BC vai fazer

Desse modo, o cenário do gestor para que o Copom de fato vai fazer hoje coincide com o da maior parte do mercado. Ou seja, o Copom deve iniciar o ciclo de aperto monetário pelo Copom com uma alta de 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano, na linha do que Campos Neto indicou das últimas vezes que falou em público.

Assim como ocorreu nas últimas reuniões, Guerra espera que a decisão venha acompanhada de um comunicado suave com a inflação (dovish, no “economês) “para os políticos lerem” e depois trazer uma ata mais técnica para o mercado.

Juros e eleições nos EUA

Enquanto no Brasil se discute a dose do aperto monetário, nos Estados Unidos a dúvida do mercado é se o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) começa a cortar os juros em 0,25 ou 0,50 ponto percentual.

Nos últimos dias, aumentaram as apostas de uma redução maior — e essa também é a expectativa do sócio da Legacy.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para ele, o mercado de trabalho mais fraco e a desaceleração da inflação abrem espaço para os juros caírem de forma consistente por lá. “Os Estados Unidos estão em uma situação oposta à nossa.”

O que pode aumentar ou diminuir o ritmo de corte dos juros na maior economia do planeta é o resultado das eleições presidenciais de novembro.

Guerra afirma que uma vitória de Trump seria mais positiva para a bolsa norte-americana. Por outro lado, as políticas do republicano devem provocar mais inflação, o que reduziria o espaço para maiores cortes de juros.

Já no caso de uma vitória de Kamala Harris, a economia dos EUA deve desacelerar mais, o que deve levar a juros menores e a um dólar mais fraco. Nesse cenário, a bolsa americana deve “engasgar” no curto prazo, mas ainda assim a direção do mercado acionário lá fora é para cima, segundo o gestor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lembrando que qualquer cenário ficaria ainda mais exacerbado se um dos candidatos conseguir também o controle do Senado e da Câmara.

#189 PODCAST TOUROS E URSOS: Kamala vs Trump. O que não te contaram sobre o debate e como a eleição nos EUA mexe com os seus investimentos

Legacy: “não dá para ficar otimista de peito aberto com o Brasil”

Essa visão “espelhada” do momento das economias do Brasil e dos EUA se reflete na carteira da Legacy. Lá fora, o fundo tem posições compradas em bolsa, aplicadas em juros (que ganham com a queda das taxas) e vendidas no dólar.

Enquanto isso, aqui no Brasil a Legacy prefere atuar com posições vendidas em bolsa e tomadas em juros (apostando na alta das taxas). Além disso, o fundo tem posições que se beneficiam de uma aceleração da inflação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Guerra reconhece que um corte de 0,50 ponto percentual dos juros nos EUA pode beneficiar os ativos brasileiros no curto prazo. Mas diz que isso não é o suficiente para mudar a convicção dele sobre a trajetória do país. Ainda mais em um cenário de ajuste gradual da Selic como o que o BC indicou.

“Não dá para ficar otimista de peito aberto com o Brasil, você não consegue dormir.”

Felipe Guerra, Legacy Capital

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar