Fundo imobiliário BRCR11 fecha acordo de R$ 755 milhões para venda de imóveis; maior parte do dinheiro não deve virar dividendos, mas os rendimentos ainda devem subir
A transação inclui fatias nos edifícios Brazilian Financial Center, Burity, Cidade Jardim, Transatlântico e Volkswagen, todos localizados em bairros de alto padrão na cidade de São Paulo
Na esteira de um acordo que vinha sendo costurado há mais de quatro meses, o fundo imobiliário BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) assinou a escritura de compra e venda para desfazer-se das particpações que detinha em cinco imóveis em São Paulo.
Conforme anunciado em novembro e confirmado em fato relevante na última sexta-feira (15), o FII de lajes corporativas receberá R$ 755 milhões de um comprador não identificado. A notícia impulsiona o desempenho do BRCR11 nesta segunda-feira (18): por volta das 11h05, as cotas subiam 1,5% na B3.
A transação inclui fatias nos edifícios Brazilian Financial Center, Burity, Cidade Jardim, Transatlântico e Volkswagen, todos localizados em bairros de alto padrão na cidade de São Paulo.
Quando concluído o negócio, o fundo ainda permitirá com 10 ativos no portfólio, sendo a maioria deles edificações do tipo AAA — ou triple A, como são chamados os prédios construídos com nível máximo de qualidade e tecnologia.
- LEIA TAMBÉM: 5 fundos imobiliários para comprar agora e buscar “aluguéis” na conta em forma de proventos
Por que o BRCR11 vendeu os imóveis
Vale relembrar que o BRCR11 é um fundo de lajes corporativas que investe justamente em edifícios de alto padrão construtivo nas principais regiões de negócios do Brasil. Por que então o FII decidiu desfazer-se de quase um terço do portfólio?
De acordo com o BTG Pactual, gestor do BRCR11, existem cinco motivos principais para vender a participação nestes cinco prédios corporativos de São Paulo.
Leia Também
O primeiro deles segue a estratégia de desinvestimento parcial em ativos maduros e com atingimento de leasing spread (reajuste real no contrato de aluguel) positivos nos últimos anos. Segundo o BC Fund, isso demonstra “gestão ativa e a geração de valor para os cotistas do fundo”.
Além disso, de acordo com o comunicado, a precificação da transação representa um valor superior à marcação de valor justo dos ativos segundo o laudo anual de avaliação.
O BRCR11 ainda destaca a conjuntura econômica e as expectativas do mercado para a taxa terminal da Selic em 2024, de algo próximo de 9,0%.
- Receber aluguéis na conta sem ter imóveis é possível através dos fundos imobiliários: veja as 5 top picks no setor para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
Na análise do BC Fund, o percentual resultaria em um custo de dívida ainda superior ao cap rate dos ativos. Por isso, o fundo prefere realizar um desinvestimento parcial de seu portfólio com foco na redução da alavancagem financeira.
Isso porque o fundo imobiliário possui cerca de R$ 920 milhões em obrigações financeiras relacionadas à aquisição de ativos, o que representa um loan to value (LTV) — percentual dos créditos em relação ao valor dos imóveis em garantia — bruto de 25% e a um LTV líquido de 21%.
“Uma vez que o custo de financiamento vinculado às obrigações do portfólio se encontram superiores ao cap rate associado aos ativos, a destinação de recursos da alienação para a redução das obrigações de financiamento resultará em um destravamento mensal de lucro líquido destinado a distribuição de rendimentos”, disse o fundo do BTG Pactual.
Qual será o impacto nos dividendos do FII?
Por falar em redução das obrigações financeiras, a gestora informa que esse deve ser o destino da maior parte do dinheiro levantado com a venda.
Apesar de não viraram diretamente dividendos, o BTG destaca que a resultará em um "destravamento do resultado passível de distribuição de rendimentos mensal", relembrando ainda que a despesa financeira das obrigações se encontram em patamares superiores ao cap rate dos ativos desinvestidos.
A estimativa de lucro com a transação é de R$ 32,2 milhões. O cálculo já considera a atencipação das despesas financeiras e o movimento de reorganização do fundo.
De acordo a gestão, os valores serão distribuídos aos cotistas conforme a regulamentação aplicável — os FIIs são obrigados a distribuírem, no mínimo, 95% do resultado apurado em regime de caixa no semestre.
BRCR11 quer fazer amortização parcial
Além dos dividendos maiores, os cotistas do BRCR11 também podem receber em breve cotas de outro FII, o CENESP (CNES11), que é dono de um imóvel homônimo.
A administração do fundo convocou uma assembleia para debater a proposta de amortização, que envolve a transferência direto de cotas do CNES11 para os mais de 148 mil cotistas do BTG Pactual Corporate Office Fund.
Segundo a gestão, o objetivo da operação é seguir otimizando ambos os fundos, finalizando o processo de consolidação da carteira do BRCR11 em ativos do tipo A+ e AAA e permitindo uma "melhor análise dos portfólio para precificação".
Outro argumento favorável é de que a amortização gerará maior liquidez para os cotistas do CNES11, que atualmente possui apenas 1,6 mil investidores em sua base.
Por fim, a gestora alega que o movimento permitirá destravar a rentabilização do Cenesp, atualmente feita por meio de locação, via exploração do potencial construtivo do portfólio.
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
