🔴 RENDA DE ATÉ R$ 5 MIL POR SEMANA – CONHEÇA A ESTRATÉGIA

Estadão Conteúdo
PONTO DE INFLEXÃO?

Enquanto organiza a casa, Americanas (AMER3) espera crescimento nas vendas da Páscoa em 2024

Em recuperação judicial há mais de um ano, a data comemorativa pode ser “um ponto de inflexão” nas operações da varejista

Estadão Conteúdo
10 de março de 2024
15:03 - atualizado às 13:12
Páscoa da Americanas (AMER3)
Imagem: Divulgação/Americanas

A Americanas (AMER3) espera faturar cerca de 20% a mais nas vendas da Páscoa neste ano em comparação com as do ano passado.

O sucesso da data representaria uma ponto de inflexão nas operações da companhia um ano após a entrada em recuperação judicial.

O processo transformou uma das principais datas para a empresa em uma operação complexa tanto do ponto de vista operacional quanto financeiro.

A empresa não revela o faturamento esperado, mas projeta vender 11 milhões de ovos de Páscoa, de um total de 160 milhões de itens relacionados à data, como caixas de bombom e barras de chocolate.

No ano passado, foram 150 milhões, volume similar ao de 2022, pré-crise.

A campanha deste ano inclui um retorno das ações de marketing, ainda em escala menor que a de dois anos atrás, e um novo mascote - um coelho gerado por inteligência artificial, a partir de recomendações dos clientes.

"Maior Páscoa do Brasil"

A autoproclamada "maior Páscoa do Brasil" é uma das principais datas comerciais para a Americanas durante o ano.

Em 2023, porém, aconteceu logo após a revelação da fraude contábil e da recuperação judicial da companhia, fatores que abalaram a credibilidade junto aos clientes e secaram o crédito dado pelos fornecedores.

Para manter o evento de pé, a Americanas teve de pagar produtos à vista, o que foi possível graças ao empréstimo DIP (concedido a empresas em dificuldades) de R$ 2 bilhões feito pelo trio de acionistas de referência, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

Com isso, a despeito dos problemas, o volume de vendas ficou estável na comparação com a Páscoa de 2022.

O caixa foi pressionado, mas a venda no período trouxe recursos que ajudaram a recompor o estoque das lojas para os meses seguintes.

As relações com os fornecedores e o fôlego que a operação física mostrou desde então levaram a varejista a fazer a projeção de que voltará a crescer.

Nos nove primeiros meses do ano passado, a venda física da Americanas caiu 4,4%, para R$ 9,275 bilhões, bem menos que os 77% de queda no digital, para R$ 4,801 bilhões.

"O caixa mais robusto nos permitiu voltar para uma estratégia de variedade, e voltar a fazer as compras como a Americanas fazia tradicionalmente", afirmou ao Broadcast o CEO da Americanas, Leonardo Coelho.

  • Os balanços do 4T23 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.

Americanas: as estratégias para voltar a crescer

Ao longo do ano passado a empresa trabalhou ajustando o mix de produtos ofertados nas lojas. Hoje são 53 diferentes pacotes de produtos (clusters) diferentes para as diversas operações.

Na fase mais aguda da crise do ano passado, o número foi reduzido a cinco para facilitar os desafios logísticos.

"Agora aumentamos a complexidade, mas ao mesmo tempo conseguimos gerar um perfil mais adequado de produtos em cada uma das lojas." Na campanha da Páscoa, a estratégia foi importante para desenhar a demanda junto à indústria.

Os pagamentos aos fornecedores da Páscoa foram à vista quase na sua totalidade. As negociações para a data iniciaram em abril do ano passado, ainda sob o impacto da recuperação judicial.

Com acesso a um novo aporte de R$ 3,5 bilhões, dos R$ 24 bilhões que a companhia receberá a partir da homologação da RJ, é esperado que as negociações de prazo sejam restabelecidas.

Nas próximas campanhas de datas comerciais, Coelho aponta que a empresa "volta a ser uma varejista normal", administrando o capital de giro com o prazo dado por fornecedores.

Segundo ele, no Dia das Mães a expectativa é que este efeito já seja percebido, sobretudo nos acordos com a indústria nacional, em ordem próxima a 50% do volume.

"Para o segundo semestre, que inclui Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal, tudo já vem com prazo", diz.

Espelho - e vitrine

A Páscoa de 2024 também servirá para colocar à prova o novo modelo de atuação da empresa no digital.

A partir da recuperação judicial e dos padrões de compra dos clientes, a Americanas mudou de estratégia e passou a manter em estoque próprio para o site apenas os produtos que também vende nas lojas, como os próprios chocolates.

Categorias como as de eletrodomésticos de linha branca ficaram exclusivamente nos estoques de outras empresas que vendem através do shopping virtual do site, o chamado marketplace.

Essa mudança veio acompanhada de um investimento da Americanas na chamada retail media, termo que designa ações de publicidade feitas pelas marcas dentro do ambiente da varejista.

O cliente que entra no aplicativo da companhia é "recebido" por banners com os ovos de Páscoa de fornecedores variados, o que gera uma outra fonte de receita.

"Em uma busca na internet por ovos de Páscoa, caixas de bombom e barras de chocolate, o primeiro vendedor que aparece é a Americanas. Temos que estar preparados no nosso digital para atender a esse público", afirma Coelho.

"Temos ações com vários fabricantes para destravar o desejo do nosso consumidor de buscar esses produtos tanto na loja física quanto no digital."

Na loja física, a estratégia leva em consideração o calendário. Neste ano, a Páscoa cai no final de março, e fim de mês significa bolso raso para a maioria dos clientes.

Diante disso, a Americanas abasteceu as lojas antes, para que as vendas aconteçam já no começo do mês.

Além disso, a empresa pretende utilizar a fintech Ame para permitir compras com o chamado Pix parcelado.

Compartilhe

MERCADOS HOJE

Esquenta dos mercados: Semana começa quente nas bolsas; Ibovespa se prepara para balanço da Petrobras e para a ata do Copom

13 de maio de 2024 - 7:15

RESUMO DO DIA: A semana começa quente nas bolsas de valores. Por aqui, os investidores se preparam para o balanço da Petrobras e para a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O balanço da Petrobras sai nesta segunda-feira, mas apenas depois do fechamento. A ata do Copom está prevista para […]

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB divide espaço com balanços, com Petrobras (PETR4) em destaque; veja eventos da semana

12 de maio de 2024 - 11:44

O exterior conta com poucos indicadores de extrema relevância, a exceção do PIB da Zona do Euro e a inflação dos Estados Unidos

BOLSA NA SEMANA

Por que as ações da Rede D’Or dispararam 14% e lideraram as altas do Ibovespa na semana — enquanto Suzano (SUZB3) caiu 12%?

11 de maio de 2024 - 11:03

Dois acordos bilionários estiveram na mesa na última semana, mas as reações das ações da Rede D’Or e da Suzano foram completamente opostas; entenda

ENGORDANDO O PORTFÓLIO

Fundo Imobiliário XP Malls (XPML11) e Allos (ALOS3) compram participação em um dos mais importantes shoppings do Rio; confira detalhes da aquisição

10 de maio de 2024 - 11:35

FII e Allos fazem acordo para adquirir 54% do Shopping Rio Sul, na zona sul do Rio de Janeiro; mercado especula que transação movimentou R$ 1,2 bilhão

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Dólar avança mais de 1% na semana marcada por Copom e inflação; Ibovespa cai aos 127 mil pontos

10 de maio de 2024 - 7:46

RESUMO DO DIA: Com a semana marcada pela decisão do Copom, a chave de ouro para encerrar não poderia ser outra: a inflação de abril. Esperado pelo mercado para calibrar as expectativas sobre os juros daqui para frente, o IPCA acelerou em relação a março, pouco acima do esperado. Com isso, o Ibovespa terminou em […]

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Copom desce mal e Ibovespa cai 1%, aos 128 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,14

9 de maio de 2024 - 17:34

RESUMO DO DIA: A ressaca da decisão do Copom trouxe uma baita dor de cabeça aos investidores: não pelo corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, mas sim pela divisão entre os diretores. O remédio agora é esperar a ata da reunião na próxima semana para buscar novas pistas sobre a trajetória da política monetária […]

COM APETITE

Fundo imobiliário VBI Prime Properties (PVBI11) anuncia nova emissão de R$ 350 milhões em cotas e já tem alvo de aquisição definido

9 de maio de 2024 - 13:18

PVBI11 vai usar os recursos da oferta na compra de 48% de imóvel na região da Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo; saiba mais sobre o negócio

PEDIDO NEGADO

Juiz livra Vale (VALE3), BHP e Samarco de bloqueio de ativos e bens pedido pela AGU por desastre de Mariana

9 de maio de 2024 - 9:22

AGU exigia que Vale, BHP e Samarco depositassem R$ 79,6 bilhões em juízo em até 15 dias; caso contrário, até reserva de dividendos poderia sofrer bloqueio

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa deixa Nova York de lado e sobe com expectativa pelo Copom; dólar avança a R$ 5,09

8 de maio de 2024 - 17:10

RESUMO DO DIA: A quarta-feira mais esperada de maio para o mercado brasileiro chegou. Hoje, o Copom divulga uma nova decisão de política monetária. As apostas majoritárias são de corte de 0,25 ponto percentual nos juros, reduzindo a Selic de 10,75% para 10,50% ao ano. Mas a chance de corte de 0,50 ponto percentual não […]

MEA CULPA

O erro de Stuhlberger: gestor do Fundo Verde revela o que o fez se arrepender de ter acreditado em Lula

8 de maio de 2024 - 11:09

Em apresentação a investidores Stuhlberger qualificou 2024 como ‘ano extremamente frustrante e decepcionante’

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar