Comprar imóvel para alugar ou investir em FIIs residenciais para renda? Inter lista cinco vantagens dos fundos e vê segmento em expansão
Os fundos residenciais para a renda demoraram a surgir no Brasil, mas, para a casa, deve ganhar tração nos próximos anos

Apesar do investimento em casas e apartamentos para gerar aluguéis ser um dos mais tradicionais do país, os fundos imobiliários focados em imóveis residenciais para renda, classe também conhecida como multifamily, ainda lutam para ganhar tração entre os investidores.
Mas a Inter Asset — responsável pelo lançamento do primeiro FII do tipo no país, o Luggo (LUGG11) — acredita que uma mudança na mentalidade dos brasileiros, especialmente entre as gerações mais jovens, deve ajudar no crescimento do segmento.
Mauro Lima, que é sócio-diretor da área de Real Estate da casa, diz observar um conhecimento cada vez maior dessa classe de ativos. Vale relembrar que empreendimentos multifamily consistem em complexos residenciais nos quais todas as unidades são voltadas para o aluguel e são muitos populares no exterior, mas demoraram para chegar por aqui.
O próprio fundo do Inter, que é o pioneiro do setor, só veio ao mercado no final de 2019. E o número de FIIs residenciais listados na bolsa alcançou uma dezena apenas no ano passado, quase 30 anos após o lançamento do primeiro fundo imobiliário brasileiro.
- LEIA TAMBÉM: 5 fundos imobiliários para comprar agora e buscar “aluguéis” na conta em forma de proventos
Lima acredita, porém, que agora uma parte maior da população está disposta a adotar o modelo: “Hoje as pessoas, principalmente as mais novas, querem morar em lugares bem localizados onde você não perca muito tempo no trânsito e, ao mesmo tempo, sem ter que lidar com todas as obrigações de um imóvel. Então acho que é uma tendência cultural o multifamily crescer cada vez mais.”
O executivo reconhece que alguns tipos de consumidores podem seguir preferindo ser donos de suas casas ou apartamentos. E que os fundos residenciais de desenvolvimento — que constroem imóveis para a venda — têm mais a ganhar com o cenário macroeconômico atual pois a queda dos juros barateia o crédito.
Leia Também
Mas o executivo do Inter defende que há público e clientela para os dois segmentos:
Somos uma das poucas casas, se não a única, que tem o residencial para renda e para venda, então conseguimos olhar o mercado por todos os ângulos. E não lembro de ter nenhum cliente ou amigo falando: ‘não sei se eu compro se alugo’. Quem quer comprar, quer comprar e quem quer alugar, quer alugar
Quais as vantagens de investir no mercado residencial via fundos imobiliários?
Vale relembrar que, apesar de os fundos residenciais para renda serem relativamente novos, o investimento em imóveis para locação é mais antigo que o próprio mercado de capitais brasileiro.
Portanto, para que os FIIs da classe consigam crescer é preciso convencer o público a comprar cotas ao invés de continuar adquirindo as propriedades físicas.
Para isso, Mauro Lima conta que os fundos contam com pelo menos cinco grandes vantagens ante à opção de compra direta. Confira quais:
1. O investimento inicial é menor
Para comprar um apartamento, por exemplo, é preciso ter algumas centenas de milhares de reais disponíveis, enquanto há fundos com cotas de menos de R$ 10 na bolsa e investimento mínimo a partir de R$ 100.
2. É mais fácil diversificar e mitigar os riscos
Com R$ 200 mil, por exemplo, dá para comprar um apartamento, mas ter uma única propriedade concentra o risco do portfólio — se o inquilino decidir sair antes da hora o investidor ficará sem o aluguel até alugar novamente o imóvel.
Já o mesmo valor pode ser dividido entre diversos fundos imobiliários, pulverizando as chances de uma eventual vacância prejudicar os rendimentos da carteira.
LEIA TAMBÉM: Como a gestora que já investiu mais de US$ 7 bilhões em imóveis quer lucrar com o aluguel residencial no Brasil
3. O rendimento é isento de Imposto de Renda
Enquanto os aluguéis recebidos por investidores são tributados — a não ser que não ultrapassem o limite de isenção do Imposto de Renda, que é de R$ 2.112 atualmente —, os dividendos de fundos imobiliários são isentos.
Vale destacar que o ganho de capital é tributado — ou seja, se você vender as cotas por um valor superior ao que pagou terá que pagar o imposto —, mas sobre os rendimentos mensais de FIIs com mais de 100 cotistas não é cobrada nenhuma alíquota.
4. FIIs têm mais liquidez e flexibilidade na saída
Por falar em vender cotas, outra vantagem dos fundos é que é muito mais fácil acessar o capital investido caso seja necessário. E há mais flexibilidade também.
“Se você tiver investido R$ 100 mil e precisar apenas de R$ 10 mil, você pode negociar apenas esse volume, enquanto os outros R$ 90 mil continuam aplicados e rendendo. Já se tiver um apartamento, não há a opção de anunciar só um quarto”, argumenta Lima.
Além disso, o processo para vender cotas é muito mais ágil do que o de um imóvel — costuma levar só cerca de dois dias úteis para o dinheiro cair na conta do investidor na corretora.
Mas vale relembrar que, por serem negociados em bolsa, os FIIs podem sofrer com a volatilidade típica de ativos de renda variável. Por isso, Lima recomenda que o investimento seja pensado para o longo prazo.
5. Gestão profissional do dinheiro e dos imóveis
Por fim, os fundos imobiliários eliminam a necessidade de que o investidor tenha de lidar com as burocracias de comprar e gerenciar um imóvel e montar ou rebalancear uma carteira equilibrada de propriedades físicas.
As casas responsáveis pelos FIIs fazem o trabalho de gestão profissional tanto financeira dos investimentos quanto a administração física dos ativos. Esse trabalho, é claro, não é gratuito, já que os fundos cobram taxa dos cotistas, mas quem decide alugar por conta própria muitas vezes também está sujeito a cobranças como corretagem e administração.
- Pensando em comprar um imóvel em 2024? Então é melhor “correr” antes que os preços comecem a aumentar. Entenda o porquê.
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic