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CAPITAIS EM FUGA

A culpa é do Lula? Dos EUA? Da China? O que explica a saída de mais de R$ 21 bilhões da bolsa em 2024

Bolsa brasileira caminha para ter o pior primeiro trimestre em retiradas de estrangeiros desde 2020, quando os mercados de ações foram impactados pela pandemia

Estadão Conteúdo
24 de março de 2024
12:54 - atualizado às 16:39
Montagem com o presidente Lula sobre uma nota de dólar
Imagem: Montagem: Seu Dinheiro / Shutterstock

Os investidores estrangeiros já retiraram R$ 21,2 bilhões da Bolsa de Valores desde o começo de 2024.

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No trimestre atual, se esse cenário permanecer, o mercado de ações do País caminha para colher o pior desempenho para o período, desde 2020, quando a economia global começou a ser chacoalhada pela pandemia da Covid-19 e a saída de recursos somou R$ 64,3 bilhões.

Em 2024, são dois os grandes vetores que explicam esse comportamento dos investidores internacionais.

O mais importante tem a ver com o cenário externo e as mudanças na expectativa do mercado para o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos.

Em menor grau, pesam também as tentativas mais claras do governo brasileiro de interferência na economia.

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Rumo das taxas de juros nos EUA afeta o mundo inteiro

Na virada do ano, os investidores se mostraram otimistas e chegaram a prever seis cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos.

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Mas esse cenário foi sendo abandonado conforme os números divulgados apontavam para uma economia mais forte do que o esperado, o que indica um caminho mais difícil para o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) levar a inflação para a meta de 2%.

Na última quarta-feira (20) o Fed reforçou que o seu plano de voo é mais modesto.

O banco central dos Estados Unidos manteve as taxas de juros no intervalo de 5,25% a 5,50% e sinalizou que devem ser realizados três cortes neste ano.

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Juros mais altos nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em mercados emergentes, considerados mais arriscados, como é o caso do Brasil.

"Houve uma mudança muito abrupta das expectativas de corte das taxas de juros nos Estados Unidos. E foi uma mudança guiada por um otimismo com os EUA", afirma Marcela Rocha, economista-chefe da Principal Claritas.

De fato, os números dos Estados Unidos mostram uma economia bastante resiliente.

O próprio Fed aumentou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano deste ano de 1,4% para 2,1%. A mediana para núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu de 2,4% para 2,6%.

"Desde o início do ano até agora, o que estamos vendo é o mercado reprecificando os juros nos Estados Unidos", diz Gabriela Joubert, estrategista-chefe do Banco Inter.

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Com a mudança de rumo nos Estados Unidos, a Bolsa brasileira passou a enfrentar uma espécie de ressaca.

No fim de 2023, quando havia a expectativa por um ciclo maior de queda de juros nos EUA, os mercados emergentes receberam uma enxurrada de recursos de fora.

Em novembro e dezembro, a entrada de recursos foi de R$ 21 bilhões e R$ 17,5 bilhões, respectivamente.

"Além da dúvida do corte dos juros, os EUA estão muito atrativos. É uma economia crescendo, uma economia forte. Uma das coisas que explicam é simplesmente o comparativo: por qual razão o investidor vai tomar risco se os EUA estão com uma conjuntura favorável", afirma Marcela.

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A volta do estrangeiro para a Bolsa brasileira, portanto, vai depender dos sinais da economia dos EUA e, consequentemente, das expectativas para os juros norte-americanos.

Por ora, descontadas as oscilações diárias, como a entrada de quase R$ 3 bilhões em 15 de março, os analistas dizem que o cenário segue o mesmo do observado até agora.

O efeito China sobre a bolsa

Outro fator internacional que tem influenciado o desempenho do investidor estrangeiro na Bolsa é a dificuldade de a China conseguir acelerar o crescimento do PIB.

A economia chinesa é uma grande compradora de produtos básicos do Brasil, e o mercado acionário brasileiro é bastante influenciado pelo comportamento dos preços das commodities no mercado internacional.

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Considerada um dos motores da economia global, a China tem lidado com um cenário mais complicado na economia, lidando com uma crise imobiliária.

No início do mês, o governo chinês definiu a meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2024, a mesma do ano anterior.

O número pode ser considerado otimista quando se compara com a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que projeta um avanço do PIB de 4,2% neste ano.

"Como a China passa por essa situação de desaceleração e preocupações com o cenário econômico de médio prazo, existe um ponto de interrogação, de preocupação ligado a ativos mais relacionados às commodities", afirma Silvio Campos Neto, economista e sócio da consultoria Tendências.

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Incerteza local também explica o que ocorre na bolsa brasileira

As recentes incertezas com o rumo da economia local também podem explicar parte da saída de recursos do mercado de ações brasileiros.

Nos últimos meses, tentativas do governo Lula de intervir na Vale e Petrobras, duas gigantes nacionais, ampliaram uma dúvida e preocupação dos investidores com o risco de um governo mais intervencionista.

Esse tipo de preocupação existe desde o início do terceiro mandato de Lula.

Há uma dúvida se o governo vai ser mais pragmático na condução da política econômica, como nos primeiros anos do petista, ou se haverá um descuido com as contas públicas e o governo atuará com a mão mais pesada nos rumos da economia.

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"O que a gente vê é um cenário de Bolsa capengando, sem ímpeto e sem fôlego", afirma Sílvio Campos Neto, da Tendências.

"E, olhando o comportamento de capitais estrangeiros, há uma saída bastante forte. Talvez tenha um pouco de realização de lucro, depois dos ganhos do ano passado, mas, talvez, os investidores comecem a farejar alguns sinais mais problemáticas da agenda econômica interna."

Intervencionismo é apontado como maior risco do governo Lula

Um termômetro desse medo pode ser lido na pesquisa Genial/Quaest, que foi divulgada na quarta-feira, 20, com participantes do mercado financeiro.

O levantamento mostrou que metade dos entrevistados aponta o intervencionismo como o maior risco para o governo Lula. É a principal preocupação.

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Na sequência, estão o estouro da meta fiscal (23%) e a perda da popularidade do presidente (19%).

No caso da Petrobras, por exemplo, a empresa suspendeu o pagamento dos dividendos extraordinários, o que frustrou os investidores.

No dia seguinte ao anúncio, em 8 de março, R$ 1,8 bilhão de recursos de estrangeiros deixaram a Bolsa.

Em valor de mercado, a companhia perdeu cerca de R$ 56,6 bilhões desde a decisão envolvendo os dividendos, de acordo com cálculos de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Em 2024, a queda acumulada é de R$ 25,1 bilhões.

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Até março, saída de estrangeiros da bolsa tinha causa apenas externa

"Até os dados de fevereiro e começo de março, a saída do investidor internacional era relacionado ao cenário global", diz Marcela, da Principal Claritas.

"Só que, desde 8 de março, o primeiro dia depois da decisão da Petrobras em não distribuir os dividendos extraordinários, ficamos numa dúvida se essa continuidade de saída do estrangeiro também está relacionada com dúvidas sobre o cenário interno."

Na Vale, o governo atuou para emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da companhia no lugar de Eduardo Bartolomeo.

O conselho de administração da mineradora decidiu renovar o mandato do executivo até 31 de dezembro. Ele deveria sair em maio. A mineradora contratou uma companhia de recursos humanos para ajudar na sucessão.

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A sucessão tumultuada e a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional já levaram a Vale a perder R$ 70,1 bilhões em valor de mercado neste ano.

"Houve mais ruído do governo neste início de ano do que em 2023, mas a nossa visão é de que faz parte do jogo. O cenário que a gente vê não se caracteriza por uma guinada grande da política ou que será (um governo) muito mais intervencionista", diz Paulo Abreu, sócio e gestor da Mantaro Capital.

"Tem esses momentos de mais ruídos, mas que costumam ser seguidos de mais calmaria no governo Lula."

No ano passado, o Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) se valorizou 22,28%. Em 2024, a queda acumulada é de 5,33%.

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