Lula fala em isentar PLR dos trabalhadores e volta criticar juros em discurso no evento do 1º de maio
Se o patrão não paga imposto de renda sobre lucro e dividendo, porque os trabalhadores têm que pagar imposto no PLR, afirmou o presidente
Um dia depois de anunciar o aumento do salário mínimo e da isenção do imposto de renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a acenar com medidas tributárias para aliviar o bolso do trabalhador. Agora, ele fala em isentar da cobrança do IR a participação nos lucros (PLR) paga aos trabalhadores.
Em ato do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, Lula afirmou que o assunto está sendo analisado pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ele chamou de "absurdo" o pagamento de imposto sobre a PLR.
"Se o patrão não paga imposto de renda sobre lucro e dividendo, porque os trabalhadores têm que pagar imposto no PLR? Estamos estudando, quem sabe para o próximo ano. O trabalhador não pode pagar imposto de renda sobre a participação dele no lucro da empresa", reclamou o presidente durante discurso no ato unificado das centrais sindicais.
Lula afirmou que o fim da cobrança do imposto sobre a PLR foi um pedido das centrais em reunião com ele e com Haddad.
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Além do PLR: Lula faz nova crítica aos juros altos
Como se tornou frequente desde que voltou à Presidência, Lula fez novas críticas novas críticas à taxa de juros que, segundo ele, é responsável, em parte, "pela situação que vivemos hoje", em referência ao desemprego.
A crítica faz parte dos embates que perduram há meses entre o governo federal e o Banco Central, sob comando de Roberto Campos Neto.
"Não podemos viver em um país onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego, porque ela é responsável por uma parte da situação que vivemos hoje", afirmou o presidente.
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Lula esteve acompanhado dos ministros do Trabalho, Luiz Marinho, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, das Mulheres, Cida Gonçalves, e da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.
Estava prevista também a presença do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mas ela não se confirmou.
Por fim, Lula agradeceu às centrais sindicais por terem dado a ele novo mandato para "consertar o país". De acordo com ele, a missão de sua nova gestão é mostrar que o Brasil pode voltar a sorrir.
"O povo não vai permanecer vítima do ódio", disse. "Não podemos viver em um País em que a escola e o emprego não são levados a sério."
*Com informações do Estadão Conteúdo
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