Um quadro clínico de pneumonia leve obrigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adiar o início de sua viagem à China.
A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (24) pelo Palácio do Planalto.
Os médicos do presidente chegaram ao diagnóstico depois de analisarem os resultados de exames realizados na noite de quinta-feira no Hospital Sírio-Libanês de Brasília.
Lula visitou o hospital depois de um giro de dois dias pelo Brasil.
Na viagem, ele visitou aos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.
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Embarque de Lula para a China estava previsto para o sábado
O embarque de Lula e de sua comitiva para a China estava previsto para amanhã (25).
A agenda de Lula na China previa originalmente compromissos entre os dias 26 e 31 de março.
Com o diagnóstico, o embarque foi adiado para o domingo (26), informa o Palácio do Planalto.
Ainda não está claro se a visita de Estado, durante a qual Lula será recebido pelo presidente Xi Jinping, será estendida por mais um dia.
Ordem de repouso
Por recomendação médica, Lula passará a sexta-feira repousando no Palácio da Alvorada.
Diante disso, toda a agenda de Lula para hoje foi cancelada, inclusive uma reunião ministerial no Palácio do Planalto foi cancelada.
O que Lula pretende fazer na China
A China será o quarto destino internacional de Lula em seu terceiro mandato. Ele já esteve este ano na Argentina, no Uruguai e nos Estados Unidos neste início de 2023.
O objetivo principal da viagem é refazer os termos das relações brasileiras com seu maior parceiro comercial, colocadas em segundo plano tanto por Pequim quanto por Brasília durante a passagem de Jair Bolsonaro pelo Palácio do Planalto.
Lula irá em busca de atrair mais investimentos chineses em áreas como agronegócio, energias renováveis e infraestrutura.
Um projeto de reindustralização e o compartilhamento de conhecimento científico e tecnológico também estão na pauta.
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Ao mesmo tempo, Lula pretende tratar com Xi da construção de um ambiente que viabilize negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
A reinserção brasileira no cenário internacional também passa por questões envolvendo organismos multilaterais, entre eles o G20, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brics.
Nesse sentido, o conselho do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, elegeu nesta sexta-feira a ex-presidente Dilma Rouseff para dirigir a instituição pelos próximos anos.