Putin jogou a toalha? A conversa de 4h30 com Xi Jinping que pode levar paz à Ucrânia
Na primeira visita a Moscou desde o início da guerra, o presidente chinês trocou elogios com o colega russo e deixou o Ocidente de orelha em pé

Quatro horas e meia. Esse foi o tempo que durou a conversa desta segunda-feira (20) entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping — e que pode colocar um fim na guerra na Ucrânia.
Desde a invasão promovida pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, a China não escolheu oficialmente um lado no conflito, embora venha dando uma forcinha para Putin com a compra, por exemplo, de petróleo — o que mantém a máquina de guerra russa funcionando.
O posicionamento público da China é pelo fim do conflito, tanto que Pequim já se ofereceu algumas vezes para intermediar um processo de paz entre Rússia e Ucrânia. Na conversa de hoje entre Putin e Xi, mais um passo foi dado nessa direção.
“Estamos sempre abertos a negociações”, disse Putin ao líder chinês, que estava em sua primeira visita a Moscou desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia no ano passado.
O plano chinês
A China divulgou um plano para acabar com a guerra no mês passado, que inclui "cessar as hostilidades" e retomar as negociações de paz.
Putin disse hoje que discutirá o plano de 12 pontos de Xi para "resolver a crise aguda na Ucrânia".
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Mas na sexta-feira, os EUA alertaram que o plano de paz pode ser uma "tática de protelação".
"O mundo não deve ser enganado por nenhum movimento tático da Rússia, apoiado pela China ou qualquer outro país, para congelar a guerra em seus próprios termos", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken,
"Pedir um cessar-fogo que não inclua a remoção das forças russas do território ucraniano seria efetivamente apoiar a ratificação da conquista russa", acrescentou.
De fato, o plano da China não diz especificamente que a Rússia deve se retirar da Ucrânia — o que Kiev insistiu como pré-condição para qualquer negociação.
Em vez disso, fala em "respeitar a soberania de todos os países", acrescentando que "todas as partes devem permanecer racionais e exercer moderação" e "acalmar gradualmente a situação".
O plano também condena o uso de "sanções unilaterais" — vistas como uma crítica velada aos aliados da Ucrânia no Ocidente.
Putin e Xi, amigos para sempre
Uma banda militar deu as boas-vindas a Xi em Moscou nesta segunda-feira (20) e esse foi só o começo — os dois líderes não pouparam elogios mútuos.
Putin elogiou a China por "observar os princípios da justiça" e pressionar por "segurança total para todos os países".
Em troca, Xi disse a Putin: "Sob sua forte liderança, a Rússia fez grandes progressos em seu próspero desenvolvimento. Estou confiante de que o povo russo continuará a lhe dar seu firme apoio."
Antes da chegada de Xi, Putin escreveu no jornal Diário do Povo da China que as duas nações não seriam enfraquecidas pela política "agressiva" dos EUA.
Uma amizade que preocupa
A amizade entre Putin e Xi preocupa a Ucrânia não apenas pela ajuda tecnológico e comercial na qual essa relação está baseada — Kiev teme que Pequim possa apoiar Moscou militarmente, potencialmente incluindo projéteis de artilharia.
"Se a China se mover para fornecer armas abertamente para a Rússia, estará de fato participando do conflito ao lado do agressor", disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
A Rússia é uma fonte de petróleo para a enorme economia chinesa e é vista como uma parceira para enfrentar os EUA.
A peculiaridade da visita de Xi
A reunião entre Xi e Putin ocorre dias depois que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo por acusações de crimes de guerra.
Isso significa que Putin pode ser tecnicamente preso em 123 países — embora nem a China nem a Rússia estejam nessa lista.
Fazer uma viagem a Moscou logo após o anúncio do TPI sugere que a China não sente "nenhuma responsabilidade de responsabilizar o Kremlin" pelas atrocidades na Ucrânia, disse o secretário de Estado norte-americano.
*Com informações da CNN e da BBC
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