Setor imobiliário chinês vai se reerguer (um dia); entenda por que o Goldman Sachs acredita que essa recuperação ainda vai demorar
Desde 2021, a China enfrenta crise no setor imobiliário, que representa cerca de um quarto do PIB do país; ritmo lento de recuperação vem afetando as ações chinesas

A China vem enfrentando rachaduras profundas, que desafiam a resiliência da economia do gigante asiático. Desde 2021, o país atravessa uma crise no setor imobiliário, quando a Evergrande colapsou.
O segmento, que representa aproximadamente um quarto do PIB do país, vem pesando nas bolsas chinesas, que teve o seu principal índice de ações no patamar mais baixo em mais de um mês nesta sexta-feira (01).
A luz no fim do túnel, porém, ainda está distante. Segundo Kenneth Ho, estrategista de crédito para a Ásia no banco norte-americano Goldman Sachs, as consequências de um dos maiores colapsos já registrados vão prolongar o caminho de recuperação da China por vários anos.
E os impactos não vão ser sentidos apenas na bolsa. “Quando este grande segmento da economia se contrai – e vai levar anos para voltar ao normal – o seu crescimento potencial sofre um grande golpe”, afirma Hui Shan, economista-chefe para a China, da Goldman Sachs Research.
O economista estima o crescimento potencial da China em cerca de 4% neste ano. Além disso, a recessão imobiliária também deve atingir os mercados de commodities.
“Antes da recessão, a procura chinesa de cobre, apenas no setor imobiliário, era ainda maior do que toda a procura de cobre dos EUA”, observa Hui Shan.
Leia Também
O golpista do Tinder está de volta à cadeia — mas ainda não se sabe o porquê
VEJA TAMBÉM: TOUROS E URSOS - MAGAZINE LUIZA (MGLU3) E CASAS BAHIA (BHIA3): O QUE REALMENTE DEU ERRADO?
Nem com colete salva-vidas: por que as medidas do governo não bastam para tirar o país da crise do setor imobiliário
Com os preços, as vendas e os investimentos em queda, o governo de Xi Jinping adotou uma série de medidas fiscais e monetárias para estimular o crescimento e elevar as vendas de moradias no país.
Os estímulos implementados pelo governo chinês reduzem valores e restrições para a compra e venda de imóveis. Embora as medidas ajudem a controlar muitos aspectos do mercado primário, o crescimento do papel do mercado secundário é um dos motivos que torna a crise diferente das anteriores.
As medidas tomadas por Xi Jinping influenciam desde a definição dos preços dos terrenos até o controle sobre as atividades das incorporadoras. Porém, o governo tem muito menos domínio sobre o que acontece no mercado secundário, explica Yi Wang, da Goldman Sachs Research, que lidera a equipa imobiliária da China.
“Como tudo isso é comportamento do consumidor, é muito difícil para eles controlar”, diz ela. O mercado secundário é onde Wang vê uma maior deterioração, à medida que a oferta de casas aumenta e os preços caem.
Sem pânico: China não deve entrar em crise financeira
O país trabalha para controlar cerca de 8,4 bilhões de dólares em dívidas pendentes de hipotecas e promotores imobiliários.
Ainda assim, Kenneth Ho não espera que resulte numa crise financeira como as crises imobiliárias anteriores aconteceram em outros países.
“Os formuladores de política chineses [estão] muito concentrados em garantir que não surjam riscos sistêmicos”, afirma o estrategista.
TikTok vê luz no fim do túnel: acordo de venda do aplicativo nos EUA é confirmado por Trump e por negociador da China
Trump também afirmou em sua rede social que vai conversar com o presidente chinês na sexta sobre negociação que deixará os jovens “muito felizes”
Trump pede que SEC acabe com obrigatoriedade de divulgação trimestral de balanços para as empresas nos EUA
Esta não é a primeira vez que o republicano defende o fim do modelo em vigor nos EUA desde 1970, sob os argumentos de flexibilidade e redução de custos
O conselho de um neurocientista ganhador do Nobel para as novas gerações
IA em ritmo acelerado: Nobel Demis Hassabis alerta que aprender a aprender será a habilidade crucial do futuro
China aperta cerco ao setor de semicondutores dos EUA com duas investigações sobre práticas discriminatórias e de antidumping contra o país
As investigações ocorrem após os EUA adicionarem mais 23 empresas sediadas na China à sua lista de entidades consideradas contrárias à segurança norte-americana
Trump reage à condenação de Bolsonaro e Marco Rubio promete: “os EUA responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”
Tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros tiveram origem no caso contra Bolsonaro e, mais recentemente, a Casa Branca chegou a mencionar o uso da força militar para defender a liberdade de expressão no mundo
Como um projeto de fim de semana do fundador do Twitter se tornou opção em meio ao corte das redes sociais no Nepal
Sem internet e sem censura: app criado por Jack Dorsey ganha força nos protestos no Nepal ao permitir comunicação direta entre celulares via Bluetooth
11 de setembro: 24 anos do acontecimento que ‘inaugurou’ o século 21; eis o que você precisa saber sobre o atentado
Do impacto humano à transformação geopolítica, os atentados de 11 de setembro completam 24 anos
Bolsa da Argentina despenca, enquanto mercados globais sobem; índice Merval cai 50% em dólar, pior tombo desde 2008
Após um rali de mais de 100% em 2024, a bolsa argentina volta a despencar e revive o histórico de crises passadas
Novo revés para Trump: tribunal dos EUA mantém Lisa Cook como diretora do Fed em meio à disputa com o republicano
Decisão judicial impede tentativa de Trump de destituir a primeira mulher negra a integrar o conselho do Federal Reserve; entenda o confronto
EUA falam em usar poder econômico e militar para defender liberdade de expressão em meio a julgamento de Bolsonaro
Porta-voz da Casa Branca, Caroline Leavitt, afirmou que EUA aplicaram tarifas e sanções contra o Brasil para defender “liberdade de expressão”; mercado teme novas sanções
A cidade que sente na pele os efeitos do tarifaço e da política anti-imigrantes de Donald Trump
Tarifas de Donald Trump e suas políticas imigratórias impactam diretamente a indústria têxtil nos Estados Unidos, contrastando com a promessa de uma economia pujante
Uma mensagem dura para Milei: o que o resultado da eleição regional diz sobre os rumos da Argentina
Apesar de ser um pleito legislativo, a votação serve de termômetro para o que está por vir na corrida eleitoral de 2027
Mark Zuckerberg versus Mark Zuckerberg: um curioso caso judicial chega aos tribunais dos EUA
Advogado de Indiana acusa a Meta de prejuízos por bloqueios recorrentes em sua página profissional no Facebook; detalhe: ele se chama Mark Zuckerberg
Depois de duas duras derrotas em poucas semanas, primeiro-ministro do Japão renuncia para evitar mais uma
Shigeru Ishiba renunciou ao cargo às vésperas de completar um ano na posição de chefe de governo do Japão
Em meio a ‘tempestade perfeita’, uma eleição regional testa a popularidade de Javier Milei entre os argentinos
Eleitores da província de Buenos Aires vão às urnas em momento no qual Milei sofre duras derrotas políticas e atravessa escândalo de corrupção envolvendo diretamente sua própria irmã
Como uma missão ultrassecreta de espionagem dos EUA levou à morte de inocentes desarmados na Coreia do Norte
Ação frustrada de espionagem ocorreu em 2019, em meio ao comentado ‘bromance’ entre Trump e Kim, mas só foi revelado agora pelo New York Times
Ato simbólico ou um aviso ao mundo? O que está por trás do ‘Departamento de Guerra’ de Donald Trump
Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva para mudar o nome do Pentágono para ‘Departamento de Guerra’
US Open 2025: Quanto carrasca de Bia Haddad pode faturar se vencer Sabalenka, atual número 1 do mundo, na final
Amanda Anisimova e Aryna Sabalenka se enfrentam pela décima vez, desta vez valendo o título (e a bolada) do US Open 2025
Warsh, Waller e Hasset: o trio que ganhou o “coração” de Donald Trump
O republicano confirmou nesta sexta-feira (5) que os três são os preferidos dele para assumir uma posição fundamental para a economia norte-americana
Como o novo pacote de remuneração da Tesla coloca Elon Musk no caminho de se tornar o primeiro trilionário da história
Com metas audaciosas e ações avaliadas em trilhões de reais, o CEO da Tesla, Elon Musk, pode ampliar seu império e consolidar liderança em carros elétricos, robótica e inteligência artificial