🔴 NEM TAEE11, NEM TRPL4: A MELHOR ELÉTRICA PARA BUSCAR DIVIDENDOS É OUTRA – VEJA QUAL

Beatriz Azevedo
Beatriz Azevedo
Cursa jornalismo na Universidade de São Paulo. Já passou pelo Jornal da USP e agência de marketing.
DE OLHO NAS REDES

Overdose de Barbie: por que um filme sobre uma boneca se tornou o mais esperado do ano — e o que está por trás do tsunami cor de rosa em todo canto

O que está por trás do sucesso avassalador que o filme Barbie se tornou?

Beatriz Azevedo
Beatriz Azevedo
23 de julho de 2023
8:00 - atualizado às 16:43
Margot Robbie no filme da Barbie
Imagem: Warner Bros/Divulgação.

Os pés cujos calcanhares não tocam o chão: eis é a cena que abre um dos primeiros trailers do filme Barbie — e que fez o público ir à loucura há alguns meses. 

No take, a boneca interpretada por Margot Robbie aparece em seu mundo cor de rosa e joga a audiência direto em uma onda de nostalgia que dominou a internet assim que o vídeo foi divulgado. A essa altura, o filme já estava dando o que falar nas redes sociais e o burburinho havia criado uma ansiedade gigante pela estreia, que aconteceu na última quinta (20). 

Uma onda rosa começou a tomar conta das redes, looks, lojas de roupas, calçados e até de alimentos. Não dá para negar que Barbie é um evento de marketing extraordinário. Tanto é que, desde o início do ano, as menções à produção cresceram 80% no YouTube. 

No TikTok, o filme também está bombando: a hashtag sobre o filme alcançou nove bilhões de views, segundo  dados da empresa de social data Snack Content. 

Entre o público em geral, o nível de consciência (awareness) sobre o filme dirigido por Greta Gerwig é de 70%. Para você ter uma ideia, o 'rival’ Oppenheimer chega a apenas 42%, de acordo com dados do The Quorum. 

Mas uma pergunta pode estar se passando na sua cabeça, principalmente se você não é um fã da boneca: como um filme sobre um brinquedo conseguiu se tornar um fenômeno tão grande, até mesmo entre adultos? Veja abaixo três elementos que estão por trás do sucesso. 

01- Quem nunca teve uma Barbie? 

Quando falamos sobre o sucesso do longa metragem, a primeira coisa a ser considerada são as memórias afetivas que a Barbie provoca. Afinal, trata-se de um produto que povoou o imaginário e foi protagonista dos desejos da maioria de nós durante a infância — e isso tem tudo a ver com o momento em que vivemos. 

Se você é ativo nas redes sociais, sabe que, de uns tempos para cá, uma avalanche nostálgica tem dominado as tendências — o que influencia não só no comportamento das pessoas, mas na forma como elas consomem. 

“O passado nunca esteve tanto em evidência como nos dias de hoje”, explicam  pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, no artigo “Design Retrô e Marketing do Saudosismo: Influência da tendência nostálgica no comportamento de consumo”.

Eles explicam que, em um ambiente no qual as marcas competem globalmente e no qual os produtos têm ficado cada dia mais parecidos, as empresas buscam se diferenciar de alguma forma. 

Assim, a intenção é trazer não apenas uma satisfação funcional com o produto, mas também emocional. O objetivo é fazer o cliente se ‘transportar’ para os supostos tempos bons no passado — e, assim, fazê-lo consumir o produto com a mentalidade do “isso é tão bom, preciso fazer de tudo para ter”. 

O fenômeno Stranger Things, por exemplo, pode ser parcialmente explicado por essa lógica. Séries, filmes e cantores que foram estrelas do passado e agora estão voltando com tudo também entram nessa toada — é o caso de Friends, ou, até mesmo, do ‘renascimento’ de Britney Spears. 

Até os objetos ‘obsoletos’ estão voltando: os novos celulares de ‘flip’ estão aí para provar. 

A verdade é que Barbie, o filme, surfa essa onda de nostalgia com uma explosão de elementos que geram saudosismo e estimulam o afeto do público. É exatamente esse fator que começou a gerar o buzz, antes mesmo de a divulgação pesada do longa-metragem começar. 

Inclusive, esse sentimento nostálgico é o que incentiva grande parte do marketing orgânico que o filme  vem recebendo de usuários comuns na internet, com milhões de publicações relacionadas ao novo fenômeno cultural. 

02- A Barbie Girl não cabe em 2023 — e a Mattel quer mudar isso 

Mas não é só  de saudosismo que vive Barbie, até porque a boneca, criada há mais de 60 anos, não se encaixa mais no mundo de hoje — e é exatamente aí que o filme entra. 

“O filme entrega um reposicionamento da boneca e como ela está inserida no comportamento contemporâneo da sociedade”, explica Koca Machado, professora da ESPM, em entrevista para o Mundo do Marketing.

Para ela, o longa reflete uma transição que a Mattel vem passando nos últimos anos. A boneca Barbie não tinha uma narrativa oficial que marcasse seu posicionamento no mundo, ela era uma mulher loira, bonita e perfeita em todos os aspectos. “Isso não tem mais espaço hoje”, ressalta Machado. 

Nesse sentido, o investimento massivo de Mattel e Warner Bros no marketing do filme também entra nesse esforço de encaixar a Barbie em 2023, de um jeito mais palatável para os consumidores. 

03- Até Hambúrguer com molho rosa eles fizeram 

Outro ponto que, com certeza, ajudou a criar essa atmosfera ‘barbierizada’ foram as parcerias que a Mattel firmou com mais de 100 marcas para produção de produtos licenciados com a logo da boneca. É o caso da Zara, C&A e até mesmo o Burger King. 

Ao dar uma volta por qualquer shopping, encontra-se rosa por toda parte — e até quem não comprou os direitos está apostando em produtos nas cores da Barbie para as vitrines. 

É uma consequência direta da explosão do estilo ‘barbiecore’ de se vestir, que valoriza a composição de looks na paleta de cores da boneca. De acordo com um levantamento do Pinterest, as pesquisas por temas como “look temático barbie” subiram quase 500% de uns tempos para cá.  

E não só os ‘looks’ sentem o impacto do filme protagonizado por Margot Robbie: as pesquisas por “quarto estética barbie” também saltaram 500%, o que impulsionou marcas do nicho de decoração a lançarem produtos para atender esses consumidores.

Até as marcas de comida estão investindo na onda. O Burguer King lançou um hambúrguer com um molho rosa; o Starbucks também adicionou ao cardápio uma bebida da mesma cor. 

Não é à toa que a Mattel está com expectativas nada modestas para a arrecadação com o universo Barbie. O esperado é um lucro de quase US$ 1 bilhão com o licenciamento e venda de produtos até o final deste ano. 

A título de comparação, esse seria um resultado quase três vezes maior que o de 2022. No ano passado, o lucro líquido da fabricante de brinquedos foi de US$ 394 milhões, uma queda de 56% em relação a 2021.

Com ou sem rosa, o Seu Dinheiro está nas redes sociais

Bom, mesmo que você não esteja muito na vibe para ver Barbie, nossas redes sociais continuam ativas e, por lá, soltamos diariamente uma série de conteúdos relevantes para o seu bolso. 

Por isso, deixo o convite para você se inscrever no nosso canal do YouTube (basta clicar aqui). Diariamente, nós publicamos por lá uma série de vídeos que te ajudam a tomar as melhores decisões para o seu patrimônio. São análises e recomendações de grandes gestores e analistas, além de notícias sobre tudo o que impacta o seu bolso. 

Clique aqui e se inscreva no canal do Seu Dinheiro no YouTube. 

Compartilhe

A MENSAGEM TELEGRAFADA DO FED

Os juros não sobem mais nos EUA? A declaração de Powell que animou os investidores — e os dois fatores determinantes para a taxa começar a cair

1 de maio de 2024 - 16:28

Na decisão desta quarta-feira (1), o comitê de política monetária do Fed manteve a taxa de juros inalterada como era amplamente esperado; foi Powell o encarregado de dar os sinais ao mercado

MAR CALMO NÃO FAZ BOM MARINHEIRO

Juros nos EUA não caíram, mas decisão do Fed traz uma mudança importante para o mercado

1 de maio de 2024 - 15:16

Com amplamente esperado, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas a autoridade monetária marcou uma data para mudar uma das políticas mais importantes em vigor desde a pandemia

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O impacto da decisão do Fed: como os juros americanos afetam o Brasil e o futuro da Selic

30 de abril de 2024 - 8:16

Fed comandado por Jerome Powell deve mostrar postura cautelosa sobre os cortes nas taxas de juros, sem previsões imediatas de redução

PRESIDENTE X DEPUTADOS

Novo round de Milei contra o Congresso na Argentina tem proposta para regularizar fortunas, minirreforma trabalhista e corte em isenção de impostos 

29 de abril de 2024 - 16:33

O texto precisou passar por uma série de alterações e terminou com 232 artigos, sendo 112 deles relativos a medidas fiscais

ELEIÇÕES NOS EUA

Nova pesquisa eleitoral liga sinal amarelo para governo de Joe Biden: Donald Trump segue à frente do democrata

28 de abril de 2024 - 16:25

No topo da lista de prioridades do eleitorado norte-americano, estão a proteção à democracia — sendo considerada extremamente importante por 58% dos entrevistados

GUERRA NO LESTE EUROPEU

Exército russo tem avanço diário sobre Ucrânia, que enfrenta soldados exaustos após mais de dois anos de guerra

28 de abril de 2024 - 13:28

Na semana passada, os Estados Unidos aprovaram um novo pacote bilionário para ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan

ATENÇÃO INTERNACIONAL

O que a queda do lucro da indústria da China pode significar para o mundo neste momento? Exportação de carros elétricos preocupa EUA e Europa

27 de abril de 2024 - 11:36

No acumulado do trimestre, o lucro cresceu 4,3%, para US$ 208 bilhões, o que representa uma desaceleração em relação à recuperação após a pior fase da pandemia de covid-19

OH, LORD!

Desdobramentos da crise dos bancos regionais nos EUA: Fulton Bank assume todos os depósitos e ativos do Republic First Bank

27 de abril de 2024 - 9:12

A partir deste sábado (27), as 32 agências do Republic First em Nova Jersey, Pensilvânia e Nova York reabrirão como agências do Fulton Bank

O IMPOSTO CAIU

Obrigada, Milei? Carros na Argentina devem ficar mais baratos com nova medida

26 de abril de 2024 - 19:34

O governo ainda anunciou que será mantida a isenção de direitos de vendas ao exterior para as exportações incrementais

DE OLHO NAS REDES

Os EUA conseguem viver com os juros nas alturas — mas o resto do mundo não. E agora, quem vai ‘pagar o pato’? 

25 de abril de 2024 - 18:44

Talvez o maior ‘bicho papão’ dos mercados hoje em dia sejam os juros nos EUA. Afinal, o que todo mundo quer saber é: quando a taxa vai finalmente começar a cair por lá? As previsões têm adiado cada vez mais a tesourada inicial do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA).  Mas a questão é: a […]

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar