“O mercado está errado”. Por que um dos maiores economistas do mundo diz que o investidor pode se dar mal dessa vez
Para El-Erian, quanto mais os investidores desconsiderarem os sinais emitidos pelo banco central mais influente do mundo, maior será a probabilidade de se encontrarem no lado perdedor
Uma das primeiras lições que o investidor aprende é a de não colocar todos os ovos na mesma cesta — mas parece que o mercado está ignorando esse princípio básico e pode se dar muito mal em um futuro próximo. Pelo menos é no que acredita Mohamed El-Erian, considerado um dos maiores economistas do mundo.
Para El-Erian, que já foi assessor econômico de Barack Obama, a ânsia do mercado em precificar juros mais baixos nos EUA pode colocar as bolsas em uma espiral perigosa — especialmente para quem investe em ativos de risco, como as ações.
“Quanto mais os investidores desconsiderarem os sinais emitidos pelo banco central mais influente do mundo, maior será a probabilidade de se encontrarem no lado perdedor deste debate”, disse.
"E quanto mais esse fenômeno persistir, mais intrigantes serão as complexidades relacionadas", acrescentou.
As apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) irá relaxar a política monetária no início de 2024 levaram ao maior afrouxamento mensal das condições financeiras já registrado em novembro, com as ações disparando e os yields (rendimento) do Treasury caindo ao longo da curva.
O mercado dobra a aposta
Uma das maneiras de medir a temperatura das apostas do mercado sobre o que vai acontecer com a taxa de juros nos EUA é a ferramenta FedWatch, um compilado de dados feito pelo CME Group.
Leia Também
Sinais? Nave? Mistério? O que realmente sabemos sobre o cometa 3I/Atlas
Essa ferramenta mostra hoje uma probabilidade de 61,8% de o Fed cortar os juros em março do ano que vem. A chance de um afrouxamento em maio de 2024 é ainda maior, de 88,5%.
Não faz muito tempo que a aposta no corte de juros voltou à mesa dos investidores que, até então, enxergavam a chance do afrouxamento monetário a partir do segundo semestre do ano que vem.
Acontece que uma série de dados, incluindo os que mostram uma contínua desaceleração da inflação, vem levando o mercado a acreditar que o trabalho do Fed em relação aos juros está concluído.
ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO: VEJA RECOMENDAÇÕES GRATUITAS EM AÇÕES, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS
Não é por falta de aviso
Embora a política futura seja ditada pelo fato de a meta de inflação de 2% do Fed ser ou não alcançável, os mercados parecem atualmente estar convencidos de que o banco central norte-americano irá tolerar uma taxa de 3% — o que aliviaria a necessidade de manter os juros elevados por mais tempo, o famoso higher for longer.
Mas os avisos de que isso pode não acontecer não são poucos — os dirigentes do Fed têm, repetidamente, feito apelos cautelosos sobre a abordagem do banco central com relação à inflação.
Recentemente, o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou que seria prematuro considerar a política monetária suficientemente restritiva, acrescentando que o banco central estava preparado para continuar a apertá-la, se necessário.
“O Fed pode realmente tolerar uma inflação mais alta em vez de empurrar a economia para uma recessão para atingir a meta de 2%, mas os investidores estão reagindo exageradamente ao precificar cortes acentuados na taxa de juros”, disse El-Erian.
- Leia também: A bola de cristal de Powell: Fed mantém juros no nível mais alto em mais de 20 anos como esperado — o que vem agora?
Mercado x Fed: andando no limite
A verdade é que tanto o mercado como o Fed estão andando no limite. O primeiro porque esticou a corda do corte de juros e o segundo porque precisa restaurar a credibilidade.
“Eu acredito que o Fed tenha encerrado o ciclo de elevação de juros, mas não acho que isso valide o que está nos mercados sobre cortes na taxa no próximo ano. Eles ainda têm um problema significativo de comunicação e ainda têm um problema de credibilidade”, afirmou El- Erian.
“O objetivo principal da orientação futura é fazer com que os mercados o ouçam e para que os mercados assumam o peso que você dá às coisas. O que estamos vendo agora é que a orientação futura está sendo completamente ignorada”, acrescentou.
Para El-Erian, a persistente inflação dos serviços é preocupante. Além disso, ele acredita que o Fed vai querer ver mais sinais de alívio no mercado de trabalho antes de flexibilizar a política monetária — um deles pode vir nesta sexta-feira (8) com a divulgação do payroll de novembro.
*Com informações do Financial Times e da Bloomberg
O adeus do oráculo: Warren Buffett revela em carta de despedida o destino final de sua fortuna bilionária
Essa, no entanto, não é a última carta do megainvestidor de 95 anos — ele continuará se comunicando com o mercado por meio de uma mensagem anual de Ação de Graças
Trump diz que irá investigar se empresas elevaram preço da carne bovina no país – JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3) estão entre os alvos
Casa Branca diz que JBS, Cargill, Tyson Foods e National Beef, controlada pela MBRF, são alvos da investigação. São as quatro maiores empresas frigoríficas do país
Este bilionário largou a escola com 15 anos, começou a empreender aos 16 e está prestes a liderar a Nasa
Aliado de Elon Musk e no radar de Donald Trump, Jared Isaacman é empresário e foi o primeiro civil a realizar uma caminhada espacial
Trump quer dar um presentinho de R$ 10,6 mil aos norte-americanos — e isso tem tudo a ver com o tarifaço
O presidente norte-americano também aproveitou para criticar as pessoas que se opõem ao tarifação, chamando-as de “tolas”
Ele foi cavar uma piscina e encontrou um tesouro no próprio jardim — e vai poder ficar com tudo
Morador encontrou barras e moedas de ouro avaliadas em R$ 4,3 milhões enquanto construía uma piscina
O que o assalto ao Museu do Louvre pode te ensinar sobre como (não) criar uma senha — e 5 dicas para proteger sua vida digital
Auditorias revelaram o uso de senhas “fáceis” nos sistemas de segurança de um dos museus mais importantes do mundo
Outra façanha de Trump: a maior paralisação da história dos EUA. Quais ações perdem e quais ganham com o shutdown?
Além da bolsa, analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro explicam os efeitos da paralisação do governo norte-americano no câmbio
Como uma vila de pescadores chegou a 18 milhões de habitantes em menos de 50 anos
A sexta maior cidade da China é usada pelo país como exemplo de sua política de desenvolvimento econômico adotada no final da década de 1970
Crianças estão terceirizando pensamento crítico para IAs — e especialistas dão dicas para impedir que isso ocorra
Chatbots como Gemini e ChatGPT podem ter efeitos problemáticos para os jovens; especialistas falam como protegê-los diante da popularização dos serviços de IA
Quem vai controlar a inteligência artificial? A proposta de Xi Jinping para uma governança global sobre as IAs
Xi Jinping quer posicionar a China como alternativa aos Estados Unidos na cooperação comercial e na regulamentação da inteligência artificial
Trabalhe enquanto eles dormem? Milei quer permitir jornada de trabalho de 12 horas na Argentina, após ‘virar o jogo’ nas eleições
Regras sobre férias, horas extras, acordos salariais e até acordos trabalhistas também devem mudar, caso a proposta avance nas Casas Legislativas
O cúmulo da incompetência? Ele nasceu príncipe e perdeu tudo que ganhou de mão beijada — até a majestade
O príncipe Andrew perde seu título e residência oficial, enquanto novos detalhes sobre suas ligações com Epstein continuam a afetar a imagem da família real britânica
Argentina lança moeda comemorativa de gol de Maradona na Copa de 1986 — e os ingleses não vão gostar nada disso
Em meio à histórica rivalidade com a Inglaterra, o Banco Central da Argentina lança uma moeda comemorativa que celebra Diego Maradona na Copa de 1986
Juros voltam a cair nos EUA à sombra da falta de dados; ganho nas bolsas dura pouco com declarações de Powell
Enquanto o banco central norte-americano é iluminado pelo arrefecimento das tensões comerciais entre EUA e China, a escuridão provocada pelo shutdown deixa a autoridade monetária com poucas ferramentas para enxergar o caminho que a maior economia do mundo vai percorrer daqui para frente
João Fonseca no Masters 1000 de Paris: onde assistir e horário
João Fonseca entra em quadra nesta quarta-feira (29) pela segunda rodada do Masters 1000 de Paris, na França
Cachoeira, cinema 24h e jacuzzi com vista: o melhor aeroporto do mundo vai muito além do embarque e do desembarque
Da cachoeira mais alta do mundo a suítes com caviar e fragrâncias Bvlgari, o luxo aéreo vive um novo auge nos aeroportos da Ásia
Por que a emissão de vistos de turismo e negócios para brasileiros continua mesmo com o ‘shutdown’ nos EUA
A Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil informam que os vistos de turismo e negócios seguem em processamento
A nova Casa Branca de Trump: uma reforma orçada em US$ 300 milhões divide os EUA
Reforma bilionária da Casa Branca, liderada por Trump, mistura luxo, política e polêmica — projeto sem revisão pública independente levantou debate sobre memória histórica e conflito de interesses
Mercado festeja vitória expressiva de Milei nas eleições: bolsa dispara e dólar despenca; saiba o que esperar da economia argentina agora
Os eleitores votaram para que candidatos ocupem 127 posições na Câmara dos Deputados e 24 assentos no Senado, renovando o Congresso da Argentina, onde Milei não tinha maioria
Garoto de ouro: João Fonseca já soma R$ 13 milhões em prêmios e entra para o top 30 da ATP aos 19 anos
Aos 19 anos, João Fonseca conquista seu primeiro título de ATP 500, entra para o top 30 do ranking mundial e já soma R$ 13 milhões em prêmios na carreira