Figurões de Wall Street: Bill Ackman, Jeffrey Gundlach e Mohamed El-Erian fazem alerta sobre a próxima crise
Depois que o PacWest Bancorp informou que estava avaliando opções estratégicas para evitar o colapso, economistas e investidores voltaram a enviar avisos sobre o setor bancário norte-americano
![Próxima Vítima de Jerome Powell quem é o PacWest Bancorp, banco que está na na corda bamba](https://media.seudinheiro.com/uploads/2023/05/Proxima-Vitima-de-Jerome-Powell-quem-e-o-PacWest-Bancorp-banco-que-esta-na-na-corda-bamba-715x402.png)
Silicon Valley Bank (SVB), Signature Bank, Silvergate, First Republic Bank — é cada vez maior o número de bancos regionais que estão entrando em colapso nos EUA e alimentando uma crise que se avizinha. Mais recentemente, o PacWest Bancorp apareceu como a bola da vez para aumentar essa lista.
A série recente de falências levou os principais economistas e investidores a alertar mais uma vez que a turbulência bancária está longe de terminar.
Figurões como Bill Ackman, Jeffrey Gundlach e Mohamed El-Erian expressaram preocupações renovadas sobre a estabilidade dos bancos de médio porte dos EUA, depois que o PacWest Bancorp informou que estava avaliando opções estratégicas após abandonar um esforço para levantar capital.
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A crise dos bancos norte-americanos
O setor bancário dos EUA tem enfrentado incertezas crescentes desde o colapso do SVB e do Signature Bank em março, com a recente falência do First Republic Bank e sua subsequente aquisição pelo JPMorgan alimentando as preocupações sobre a estabilidade do setor.
O cenário devolveu os investidores a 2008, quando os bancos regionais também começaram a entrar em colapso na chamada crise do subprime que se espalhou por todo o setor financeiro, com a quebra do Lehmann Brothers em setembro daquele ano como o maior símbolo desse período.
Na quarta-feira (03), o presidente do Federal Reserve (Fed) afastou temores sobre a fragilidade dos bancos norte-americano, afirmando que o sistema financeiro dos EUA segue sólido.
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O que pensam os figurões de Wall Street
Mas será que os principais economistas e investidores de Wall Street concordam com a visão do chefão do BC norte-americano? Abaixo o que eles pensam e os alertas sobre a crise bancária que se avizinha.
- Bill Ackman, investidor bilionário
"O fracasso da FDIC [Federal Deposit Insurance Corporation, o FGC dos EUA], em atualizar e expandir seu regime de garantias martelou mais pregos no caixão", disse Ackman na quarta-feira no Twitter.
Segundo ele, o First Republic não teria falhado se a FDIC garantisse temporariamente os depósitos enquanto um novo regime fosse criado.
“Em vez disso, vemos os dominós caírem com um grande custo sistêmico e econômico", afirmou.
- Mohamed El-Erian, principal consultor econômico da Allianz
El-Erian levantou dúvidas sobre a sugestão de Powell de que o pior da turbulência bancária já passou.
“Temo que isso acabe sendo adicionado à lista de comunicações infelizes do Federal Reserve nos últimos anos que corroeram a credibilidade do banco central, minaram a orientação e a eficácia política e arriscaram a autonomia”, afirmou.
- Paul McCulley, ex-economista-chefe da PIMCO
"A economia desacelerou. A inflação está indo na direção certa. Temos um problema bancário crônico generalizado", disse McCulley.
Ele afirmou ainda que a "fase aguda" da crise bancária, em que os credores entram em colapso e provoca pânico entre os investidores de Wall Street, está começando a diminuir.
Mas, segundo McCulley, a economia dos EUA agora está prestes a enfrentar a "fase crônica" dos problemas bancários, já que os bancos que enfrentaram enormes perdas nos últimos meses devem recuar nos empréstimos, fazendo com que as condições de crédito fiquem mais apertadas e desacelerem ainda mais a economia.
- Jeffrey Gundlach, CEO da DoubleLine
Para ele, os problemas com os bancos regionais norte-americanos estão longe de terminar e a solução está nas mãos do Federal Reserve.
"Os depósitos vão continuar caindo, não acho que este seja o último capítulo desse problema bancário regional... realmente não vejo o que vai fazer isso parar, a menos que o Fed corte as taxas de juros", disse Gundlach.
*Com informações da CNBC e do Markets Insider
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