Fazendo fortuna com a guerra: saiba quem faturou US$ 6 bilhões com o conflito entre Rússia e Ucrânia — e não foi o Putin
Para juntar essa fortuna sem violar sanções foi preciso recorrer a parceiros russos como Cazaquistão e Armênia
US$ 6 bilhões — essa é a quantia que os 100 maiores bancos do mundo faturaram juntos depois que a guerra entre Rússia e Ucrânia estourou, em 24 de fevereiro do ano passado, de acordo com um levantamento da Vali Analytics.
Esses gigantes do mercado financeiro triplicaram as receitas com o comércio de rublos no ano passado quando, por conta do conflito, as empresas ocidentais passaram a aceitar taxas de câmbio com altas margens de lucro.
Nos últimos meses, no entanto, o rublo sofreu grandes quedas, especialmente depois que a revolta do grupo Wagner, em junho, levou os russos a tentar garantir moedas alternativas.
Fugindo das sanções contra a Rússia
Para fazer fortuna sem violar as sanções, bancos como Goldman Sachs, Citigroup e JPMorgan recorreram a pares menos conhecidos em países com boas relações com a Rússia, como Cazaquistão e Armênia.
Como os credores nessas regiões estavam livres das restrições comerciais que se seguiram à invasão da Ucrânia, eles tiveram acesso ao mercado de dólares da Rússia, onde a moeda norte-americana estava sendo vendida muito mais barata em comparação com os preços no exterior.
Com os bancos armênio e cazaque atuando como intermediários, as mesas de Wall Street conseguiram adquirir esses dólares de baixo custo por uma taxa e depois vendê-los a preços mais altos para empresas que fugiam da Rússia.
Muitas dessas empresas estavam dispostas a garantir dólares a qualquer taxa, tendo já sofrido lucros e perdas de ativos ao deixar o país.
Nada disso violou quaisquer sanções internacionais e nenhuma instituição foi acusada de má prática. Em muitos aspectos, a estratégia ajudou a fornecer a liquidez necessária para as empresas que saem da Rússia.
VEJA TAMBÉM — “Sofri um golpe no Tinder e perdi R$ 15 mil”: como recuperar o dinheiro? Veja o novo episódio de A Dinheirista!
O medo é grande
Ainda assim, várias empresas de Wall Street temem participar do esquema. Os credores envolvidos no comércio do rublo, por exemplo, se negam a falar com a imprensa sobre o assunto.
Enquanto isso, esse comércio continua mesmo com os altos spreads no primeiro ano da guerra moderados desde então.
Os níveis de rublos on-shore e off-shore diminuíram, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, está dificultando muito a saída de empresas estrangeiras do país.
Mas a diferença nos pontos de preço do rublo continua grande o suficiente para continuar sendo recompensadora para Wall Street até hoje.
*Com informações da Bloomberg e do Markets Insider
Os juros não sobem mais nos EUA? A declaração de Powell que animou os investidores — e os dois fatores determinantes para a taxa começar a cair
Na decisão desta quarta-feira (1), o comitê de política monetária do Fed manteve a taxa de juros inalterada como era amplamente esperado; foi Powell o encarregado de dar os sinais ao mercado
Juros nos EUA não caíram, mas decisão do Fed traz uma mudança importante para o mercado
Com amplamente esperado, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas a autoridade monetária marcou uma data para mudar uma das políticas mais importantes em vigor desde a pandemia
O impacto da decisão do Fed: como os juros americanos afetam o Brasil e o futuro da Selic
Fed comandado por Jerome Powell deve mostrar postura cautelosa sobre os cortes nas taxas de juros, sem previsões imediatas de redução
Novo round de Milei contra o Congresso na Argentina tem proposta para regularizar fortunas, minirreforma trabalhista e corte em isenção de impostos
O texto precisou passar por uma série de alterações e terminou com 232 artigos, sendo 112 deles relativos a medidas fiscais
Nova pesquisa eleitoral liga sinal amarelo para governo de Joe Biden: Donald Trump segue à frente do democrata
No topo da lista de prioridades do eleitorado norte-americano, estão a proteção à democracia — sendo considerada extremamente importante por 58% dos entrevistados
Exército russo tem avanço diário sobre Ucrânia, que enfrenta soldados exaustos após mais de dois anos de guerra
Na semana passada, os Estados Unidos aprovaram um novo pacote bilionário para ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan
O que a queda do lucro da indústria da China pode significar para o mundo neste momento? Exportação de carros elétricos preocupa EUA e Europa
No acumulado do trimestre, o lucro cresceu 4,3%, para US$ 208 bilhões, o que representa uma desaceleração em relação à recuperação após a pior fase da pandemia de covid-19
Desdobramentos da crise dos bancos regionais nos EUA: Fulton Bank assume todos os depósitos e ativos do Republic First Bank
A partir deste sábado (27), as 32 agências do Republic First em Nova Jersey, Pensilvânia e Nova York reabrirão como agências do Fulton Bank
Obrigada, Milei? Carros na Argentina devem ficar mais baratos com nova medida
O governo ainda anunciou que será mantida a isenção de direitos de vendas ao exterior para as exportações incrementais
Os EUA conseguem viver com os juros nas alturas — mas o resto do mundo não. E agora, quem vai ‘pagar o pato’?
Talvez o maior ‘bicho papão’ dos mercados hoje em dia sejam os juros nos EUA. Afinal, o que todo mundo quer saber é: quando a taxa vai finalmente começar a cair por lá? As previsões têm adiado cada vez mais a tesourada inicial do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA). Mas a questão é: a […]
Leia Também
-
Exército russo tem avanço diário sobre Ucrânia, que enfrenta soldados exaustos após mais de dois anos de guerra
-
Deputados dos Estados Unidos aprovam novo pacote bilionário de apoio à Ucrânia — e Putin não deve deixar ‘barato’
-
Por essa nem Putin esperava: a previsão que coloca a Rússia à frente da maior economia do mundo
Mais lidas
-
1
O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
-
2
Subsidiária da Oi (OIBR3) anuncia emissão de 14,9 bilhões de ações a um preço total de R$ 4; operação renderá economia de R$ 1,78 bi à tele
-
3
O futuro dos juros no Brasil: o que Campos Neto pensa sobre possíveis cenários, inflação, crescimento e questão fiscal