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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
RETA FINAL

Uma semana para eleição na Argentina: Após debates, quem ganhou, quem perdeu espaço — e o cenário antes da disputa

O primeiro turno das eleições acontece no dia 22 de outubro e, caso ninguém leve, a segunda disputa só deve acontecer em 19 de novembro

Renan Sousa
Renan Sousa
14 de outubro de 2023
10:30 - atualizado às 10:33
Eleições na Argentina
Eleições na Argentina - Imagem: Montagem Seu Dinheiro

A Argentina está se aproximando do dia das eleições. A escolha do próximo presidente do país acontecerá no dia 22 de outubro e as pesquisas de intenção de voto apontam para um possível empate no primeiro turno. 

Após dois debates entre os candidatos — um realizado em 2 de outubro e outro no dia 8 do mesmo mês — pouco mudou para a disputa do primeiro turno, o que se reflete nas mais recentes pesquisas de intenção de voto. 

Segundo o Observatorio de Encuestas do portal La Política Online, que compila pesquisas de intenção de voto, o cenário mudou em relação ao início da corrida eleitoral. O levantamento mais recente é do último dia 12. 

Javier Milei, o candidato de extrema-direita pelo La Liberdad Avanza, segue como preferido dos argentinos, tendo 33,4% das intenções de voto na média calculada pelo Observatório. 

Porém, o segundo lugar, que estava sendo disputado cabeça a cabeça, ficou com Sergio Massa, atual ministro da Economia e herdeiro político do presidente Alberto Fernández pelo partido Unión por la Patria, com 29,2%. Patricia Bullrich, do Juntos por El Cambio, se consolida no terceiro lugar com 24,7% antes do primeiro turno.

Em outras palavras, tudo indica que haverá uma nova disputa em segundo turno entre Massa e Milei — você pode ler um pouco mais sobre cada um deles aqui. A precisão do compilado de pesquisas é de 95%, de acordo com o portal. 

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Possibilidade de segundo turno na Argentina

Na média calculada pelo Observatorio, em uma disputa de segundo turno, Milei sairia vencedor com 41% dos votos, enquanto Massa teria apenas 35,8%. Chama a atenção a porcentagem de indecisos: 23,2%.

O cenário lembra a disputa brasileira de 2022, entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Assim como na eleição local, o voto dos indecisos pode ser determinante, tanto no primeiro quanto no segundo turno. A chance de as pesquisas não captarem o “voto silencioso” — ou seja, aqueles que já escolheram um candidato mas não respondem às pesquisas — e Milei levar logo no primeiro turno existe, mas é baixa. 

Isso porque a eleição só será decidida em primeiro turno se um dos candidatos obtiver mais de 40% dos votos válidos e estabelecer uma vantagem de pelo menos dez pontos porcentuais sobre o segundo colocado. Qualquer outro cenário leva os dois primeiros colocados para o segundo turno.

As novas pesquisas também mostraram que Milei venceria Bullrich em um eventual segundo turno. A candidata do Juntos por el Cambio era apontada como uma alternativa à direita ao extremismo, mas perdeu espaço após os últimos debates.

O cenário argentino pré-eleição

Os candidatos dobraram suas apostas antes do primeiro turno das eleições.

Milei continua com seu discurso anti-sistema e a favor dolarização da economia. Diversas declarações ao longo da última semana sobre extinguir o peso argentino ajudaram o dólar a renovar as máximas históricas no país.

Pesam contra o candidato as polêmicas em relação à sua visão sobre pautas sociais — mas o discurso ultraliberal soa como música para os ouvidos do mercado financeiro local. 

Já Massa abriu as portas dos cofres públicos com diversos programas assistencialistas e cortes de impostos para tentar garantir uma vaga no segundo turno. A fórmula parece ter dado certo — mas ao custo de acelerar a deterioração das contas públicas. Ainda que vença, o herdeiro de Fernández também terá dificuldades em organizar o orçamento. 

O que sobrou da economia

De olho na economia da Argentina, o país segue com uma inflação galopante, que registrou uma nova alta e agora está na faixa de 138,3% na leitura anual. A recente disparada do dólar deve pesar na próxima leitura do índice de preços.

Além disso, as sucessivas negociações com o FMI para sanar a dívida argentina continuam — enquanto o Banco Central sofre com a escassez de dólares e a seca na lavoura, provocada pelo El Niño deste ano, limita as exportações do país, impedindo o acúmulo da moeda. 

Este é o cenário antes das eleições da próxima semana. O segundo turno só deve acontecer em 19 de novembro.

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