A Petrobras (PETR3; PETR4) se viu envolta em um turbilhão de notícias nos últimos dias. A semana começou com o governo anunciando o retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre os combustíveis, seguido por um corte de preços efetuado pela estatal.
Depois, rumores de que a política de dividendos da companhia foi discutida - e criticada - em reunião de Lula com ministros e o CEO da empresa, Jean Paul Prates, derrubaram os preços das ações na bolsa.
Mais para o meio da semana, um novo impacto: o Ministério de Minas e Energia ordenou a suspensão dos processos de desinvestimento da Petrobras, incluindo aqueles que já estavam em estágio avançado.
Finalmente, a petroleira coroou os acionistas com o balanço excepcional do quarto trimestre de 2022, com lucro recorde e um anúncio de dividendos bilionários.
Cautela com o futuro da Petrobras
Mesmo assim, as ações reagiram negativamente e acumularam queda de mais de 1% na semana. Os temores em relação ao futuro da companhia se sobrepuseram a qualquer expectativa em relação ao dinheiro que deve cair no bolso dos detentores das suas ações.
Os investidores têm dificuldade de se animar, pois as críticas constantes do governo às políticas de preços e de distribuição de dividendos da Petrobras indicam que pode vir por aí alguma mudança nesses dois pontos sensíveis. E, do ponto de vista de quem tem ações da companhia, não deve ser para a melhor.
Alguns acontecimentos da última semana já indicam algo nesse sentido. Eu e Vinícius Pinheiro falamos sobre isso na mais recente edição do podcast Touros e Ursos, no qual discutimos o que os acionistas podem esperar da Petrobras durante a gestão petista. Além de, como sempre, escolhermos nossos touros e ursos da semana.
Para conferir o programa na íntegra, basta acessar este link.