🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Retorno maior

Gigante da B3 pode devolver até R$ 5 bilhões aos acionistas; entenda

Empresa de telecomunicações pediu autorização à Anatel para fazer redução de capital, o que aumentará retorno ao acionista

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
16 de fevereiro de 2023
12:03 - atualizado às 12:48
Homem segura notas de dinheiro
Imagem: Shutterstock

Uma gigante da bolsa brasileira pode devolver uma quantia bilionária aos seus acionistas em breve. A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo (VIVT3), irá pedir à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a permissão para fazer uma redução de capital social no valor máximo de R$ 5 bilhões ao longo deste e dos próximos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia informou, na última quarta-feira (15), que seu conselho de administração aprovou a apresentação de um Pedido de Anuência Prévia à Anatel para ter a possibilidade de efetuar uma ou mais reduções de capital, "conforme avaliação da administração acerca das condições financeiras da companhia e cenário macroeconômico."

Segundo a Vivo, caso autorizada pela Anatel e aprovada pela administração da empresa e dos sócios, as reduções de capital poderão ser efetivadas "mediante a restituição de recursos aos seus acionistas na proporção de sua participação acionária nas respectivas datas-bases a serem fixadas e sem o cancelamento de suas ações."

No comunicado divulgado ao mercado, porém, a empresa lembra que o Pedido de Anuência busca apenas a autorização para que as reduções de capital sejam efetuadas, mas não a sua obrigatoriedade.

Para o BTG Pactual, a Vivo não deve ter problemas em obter o sinal verde da Anatel para a redução de capital, mas o processo deve levar até dez meses para ser completamente aprovado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com a eventual redução de capital, os analistas estimam que o dividend yield (retorno com dividendos) da companhia deve saltar de 5,9% para 9,7% em 2023 e de 8,5% para 12,3% em 2024, "níveis extremamente atraentes".

Leia Também

Para o banco, a redução de capital é uma boa oportunidade de a Vivo aumentar a remuneração aos acionistas, dado que a empresa tem pouco lucro acumulado, ficando dependente dos lucros futuros para pagar proventos. Mas, com as taxas de juros tão altas, os analistas não esperam que o lucro líquido apresente grande crescimento em 2023.

O BTG diz ainda não acreditar que a Vivo pague os R$ 5 bilhões de uma vez, "já que não faz sentido se alavancar com o atual custo de dívida." Assim, as devoluções, se aprovadas, devem ser feitas em várias parcelas.

O Credit Suisse estima que as devoluções ocorram num prazo de dois a três anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Empiricus acredita que os pagamentos devam ocorrer entre 2023 e 2024, incrementando o dividend yield da companhia em 3,7 pontos percentuais em cada ano. Esse aumento do retorno, diz o analista Ruy Hungria, deve inclusive ajudar a performance das ações VIVT3, "que estão estacionadas nos últimos meses justamente por conta da piora nas perspectivas dos dividendos, em função do impacto negativo do maior endividamento para a aquisição dos ativos da Oi."

Já o Santander acredita que a redução de capital vai dar flexibilidade à Vivo para potencialmente distribuir todo seu fluxo de caixa livre para os acionistas nos próximos ano e estima um retorno de 9% para esse fluxo de caixa em 2023

VEJA TAMBÉM - A RAINHA DA RENDA FIXA: BB SEGURIDADE (BBSE3) TEM RESULTADOS INCRÍVEIS E PAGARÁ DIVIDENDOS GORDOS

Balanço da Vivo (VIVT3) veio em linha com o esperado pelo mercado

A Vivo também reportou ontem os resultados do quarto trimestre e do ano de 2022, apresentando uma receita operacional líquida de R$ 12,659 bilhões no 4T22, crescimento de 10,1% ante o mesmo período do ano anterior, impulsionada pela receita de serviço móvel, que teve alta de 13,6% na mesma base de comparação. No ano, a receita líquida da tele totalizou R$ 48,041 bilhões, crescimento de 9,1% em relação a 2021.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 5,234 bilhões no quarto trimestre, alta de 6,1% na base anual, também puxado pelo forte desempenho na área móvel. No ano, o Ebitda recorrente totalizou R$ 19,282 bilhões, crescimento de 7,0% na comparação com 2021.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O lucro líquido recuou 57,2% no trimestre, para R$ 1,126 bilhão, apresentando também uma queda de 34,9% no ano, para R$ 4,058 bilhões, devido a uma expansão de custos em ritmo superior à da receita. Segundo a Vivo, os custos foram impactados pela mudança no mix de receitas e inflação.

A Vivo também anunciou uma projeção de investimentos (Capex) no valor de R$ 9 bilhões em 2023, abaixo dos R$ 9,5 bilhões investidos em 2022.

Corretoras recomendam compra

Os resultados vieram majoritariamente em linha com as expectativas de BTG, Santander, Empiricus e Genial Investimentos, e um pouco acima das expectativas do Credit Suisse. Todas as cinco casas têm recomendação de compra para os papéis VIVT3.

O Credit Suisse escolheu, como destaque positivo do balanço, a habilidade da Vivo de manter um crescimento orgânico robusto, bem acima da inflação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a Genial considera a Vivo bem posicionada tanto no mercado móvel quanto no fixo, de forma a criar uma vantagem competitiva importante perante seus pares de telecomunicações.

"É necessário ter cautela para não se impressionar mais com o pacote do que o conteúdo da caixa nesse 4T22 das Telecoms. Enquanto a Oi Móvel e o 5G são projetos que devem gerar ganhos de margens e de geração de caixa no futuro, hoje as Telecoms lutam para crescer caixa ano a ano. A Vivo nos parece que está na frente nessa disputa", diz relatório da corretora.

Veja a seguir os preços-alvo e potenciais de alta das ações VIVT3 em relação ao preço de fechamento de ontem, segundo cada uma das casas:

  • BTG Pactual: R$ 50 (+26%)
  • Credit Suisse: R$ 46 (+16%)
  • Genial: R$ 55 (+39%)
  • Santander: R$ 55 (+39%)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU

Mais de 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada

12 de dezembro de 2025 - 19:57

Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte

MERCADO DE AÇÕES VAI ESQUENTAR?

BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira

12 de dezembro de 2025 - 19:15

A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?

NAS PASSARELAS DO MERCADO

Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?

12 de dezembro de 2025 - 18:01

Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo

OS NEGÓCIOS DE SILVIO

O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso

12 de dezembro de 2025 - 16:51

Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano  

CHOQUE NO BOLSO

Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia

12 de dezembro de 2025 - 16:15

Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo

EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar