Foco no varejo de moda: Ação da Lojas Renner (LREN3) opera entre as maiores altas do pregão, enquanto Grupo Soma (SOMA3) desaba na bolsa; entenda o movimento
Na visão dos analistas do Santander, o resultado do Grupo Soma (SOMA3) veio misto, mas com margens mais fracas que o esperado se desconsiderados os números da Hering

As ações do varejo de moda dominam os extremos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (10). Enquanto a Lojas Renner (LREN3) opera entre as maiores altas do Ibovespa, os papéis do Grupo Soma (SOMA3), dono de marcas como Hering e Farm, ocupam a ponta negativa do índice hoje.
Os movimentos seguem a divulgação dos balanços trimestrais referentes ao segundo trimestre de 2023.
O Grupo Soma reportou seus números operacionais na noite de ontem, após o fechamento do mercado. Ainda que os analistas do mercado esperassem uma reação neutra das ações, os papéis anotam forte queda na bolsa hoje.
Por volta das 13h05, as ações SOMA3 recuavam 7,86%, negociadas a R$ 9,96 por ativo. Já as ações da Lojas Renner subiam 2,13% no mesmo horário, a R$ 18,69.
Vale ressaltar que os investidores tomaram conhecimento do balanço trimestral da Renner na semana passada. Porém, a divulgação dos números de seus pares do mercado retomaram o ânimo com as ações da empresa.
Para relembrar, a varejista reportou uma queda anual de 36,3% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 229,7 milhões. Já a receita líquida caiu 6% na base ano a ano, para R$ 2,98 bilhões.
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De acordo com a companhia, o resultado mais fraco é explicado pelo recuo do setor de varejo e da unidade de serviços financeiros, impactados pelo cenário macroeconômico.
Além de Renner, o Grupo Soma (SOMA3)
Na visão dos analistas do Santander, o resultado do Grupo Soma (SOMA3) veio misto, mas com margens mais fracas que o esperado se excluídos os números da Hering, reflexo de maiores atividades promocionais e ventos fiscais contrários.
A empresa registrou queda de 21,9% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre no comparativo ano a ano, para R$ 102,1 milhões.
Ao mesmo tempo, a receita líquida aumentou 7,4%, enquanto as vendas mesmas lojas desaceleraram o crescimento para 7,7%, contra um avanço de 35,2% no mesmo período do ano passado.
“Notamos que o turnaround da Hering continua no caminho certo, com indicadores operacionais como falta de estoque e atrasos de produtos até o ponto de venda mostrando melhorias significativas na base anual”, escreveu o banco, em relatório.
Por sua vez, a Hering elevou as margens brutas ao longo do segundo trimestre e conseguiu superar pares como Renner, aumentando a participação de mercado no período.
Apesar da contração do mercado, as receitas do Grupo Soma cresceram 9,3% na base anual, para R$ 1,5 bilhão, atingindo o maior resultado para um segundo semestre.
“Há algum risco internacional, mas a demanda em recuperação, marcas fortes e várias fontes de oportunidades mais abertas levam a reiterar a recomendação de compra [das ações SOMA3]”, escreveu o Bank of America.
Para o BofA, a inflação mais baixa e o início do corte de juros pelo Copom do Banco Central devem ajudar a demanda por vestuário, principalmente entre os grupos de renda média.
“No entanto, vemos algum risco do comércio eletrônico transfronteiriço com vantagens fiscais, principalmente para a marca Hering.”
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O balanço da Guararapes (GUAR3)
Por sua vez, as ações da Guararapes (GUAR3) operam em forte alta nesta quinta-feira (10). Por volta das 13h05, os papéis subiam 10,31%, a R$ 6,85.
Ainda que a dona da Riachuelo tenha entregado resultados fracos, os números vieram alinhados às estimativas dos analistas.
A Guararapes fechou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de R$ 17,6 milhões, revertendo o lucro de R$ 26,3 milhões obtido no mesmo período de 2022.
Por sua vez, a receita líquida consolidada recuou 0,7% no comparativo com igual intervalo de 2022, para R$ 2,1 bilhões.
Já as despesas operacionais totalizaram R$ 753 milhões, redução de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas operacionais representaram 35,2% da receita líquida consolidada no período.
Na visão do Santander, o resultado foi negativo, especialmente devido ao mau desempenho da divisão de varejo. O segmento apresentou números fracos, com vendas estáveis em relação ao ano anterior e margem bruta pressionada.
A margem bruta do varejo veio abaixo do esperado, em 46,3%, contra um percentual de 53,2% registrado no segundo trimestre de 2022.
“Embora já esperássemos uma pressão de margem considerável em relação ao ano anterior, relacionada a um cenário de consumo adverso, uma atividade promocional acima do esperado e um mix de vendas menos favorável tiveram um impacto maior nas margens”, disseram os analistas do Santander.
Enquanto isso, o financiamento ao consumo teve um desempenho melhor do que o esperado.
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