CVM condena ex-presidente e outros ex-executivos da Oi (OIBR3) por bônus ilegal após fusão e aplica multas milionárias
De acordo com a Folha de S. Paulo, a CVM condenou o ex-presidente da tele brasileira, Zeinal Bava, e outros ex-executivos que estiveram à frente da operação com a Portugal Telecom

Quase dez anos após sua conclusão, a fusão entre Oi (OIBR3) e Portugal Telecom segue rendendo manchetes para a companhia e problemas para os executivos que estiveram à frente da operação.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou nesta terça-feira (30) o ex-presidente da tele brasileira, Zeinal Bava, e outros ex-executivos da empresa que receberam bônus milionários na época do negócio, em 2014.
O colegiado da xerife do mercado de capitais considerou que os pagamentos extras, efetuados sem a aprovação do conselho de administração ou dos acionistas da Oi, foram irregulares e aplicou mais de R$ 200 milhões em multas ao envolvidos.
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O tamanho da fatura
Bava, que, ainda segundo o jornal, foi o responsável por liberar os bônus para si mesmo e para outros três executivos, é quem pagará a maior soma: R$ 169,5 milhões. A cifra multiplica em 2,5 vezes e corrige pela inflação o depósito recebido por ele na época.
Zeinal Bava também não poderá atuar no mercado financeiro brasileiro por um período de 10 anos.
Além dele, foram multados o então diretor financeiro da Oi, Bayard Gontijo, José Mauro Ferreira, o antigo presidente do conselho de administração, José Augusto Figueira, conselheiro suplente na época da fusão e Renato Torres de Faria e Fernando Magalhães Portella, membros do CA. Confira os valores a serem desembolsados por cada executivo:
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- Bayard Gontijo: R$ 24,2 milhões
- José Mauro Ferreira: R$ 4,1 milhões
- José Augusto Figueira: R$ 1,7 milhão
- Renato Torres de Faria: R$ 700 mil
- Fernando Magalhães Portella: R$ 700 mil
Fusão marcou virada negativa na Oi (OIBR3)
A Folha relembra ainda que a fusão com a Portugal Telecom marcou uma virada negativa na história da Oi, atualmente em sua segunda recuperação judicial. A companhia estrangeira detinha dívidas bilionárias que só foram reveladas após a conclusão do negócio.
Parte do passivo era devido pelo grupo Espírito Santo, controlador da Portugal Telecom. O conglomerado entrou em falência após a operação e empurrou as dívidas para o balanço da Oi.
A CVM, que julga ainda hoje outro processo envolvendo a fusão, afirma, segundo o jornal, que a cúpula da tele brasileira — incluindo 21 executivos e oito empresas do bloco de controle — já sabia dos problemas financeiros na Portugal Telecom e abusou do poder de controle para aprovar o negócio.
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