A queda e ascensão da Cielo (CIEL3) nos últimos tempos é acompanhada de perto por investidores ávidos por uma boa oportunidade na bolsa. Nos últimos 12 meses, a companhia anota valorização de mais de 50% das ações e promete entregar mais.
No balanço do primeiro trimestre deste ano, os resultados vieram acima das expectativas dos analistas, com a empresa registrando lucro de R$ 441 milhões, uma disparada de 139% na comparação com o mesmo período de 2022. Foi o sétimo trimestre consecutivo de crescimento do lucro. As ações operam em alta na bolsa.
De acordo com o Goldman Sachs, que previa lucro de R$ 363 milhões da Cielo, o resultado foi impactado por custos controlados e maiores receitas vindas da aquisição de recebíveis.
A Cielo informou que esta última apresentou crescimento de 130% na receita quando comparada ao primeiro trimestre de 2022.
No total, somando as receitas líquidas da Cielo com as da Cateno, houve crescimento de 17,2% na comparação anual, para R$ 2,193 bilhões.
Do lado negativo, houve uma queda importante do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) na passagem do quarto trimestre de 2022 para o primeiro trimestre de 2023. O recuo foi de 13,1%, com o total chegando a R$ 201 bilhões, e pode afetar as receitas e o lucro dos próximos trimestres.
Na visão do Itaú BBA, no entanto, essa fraqueza no volume foi mitigada por taxas de serviço melhores e controle de despesas.
De maneira geral, os analistas consideraram o resultado positivo, mas alguns estão reticentes em recomendar a compra das ações da Cielo. É o caso do Goldman Sachs e do Itaú BBA, que mantiveram recomendação Neutra.
Já o Santander, por sua vez, interpretou os resultados como forte indício da capacidade da companhia de atingir o lucro estimado pelo banco de R$ 2 bilhões em 2023 e reiterou recomendação de Compra dos papéis.