Magazine Luiza (MGLU3) despenca, Petrobras (PETR4) reage às mudanças do governo e outros destaques do dia

Depois de oito sessões de alta, chegou ao fim a sequência de ganhos vista no Ibovespa nas últimas duas semanas — e, apesar do que poderia se imaginar, a culpa não é da Petrobras (PETR4).
Eu explico. Desde que as chances de Luiz Inácio Lula da Silva assumir a presidência da República se tornaram maiores, um dos maiores temores do mercado era de que uma mudança na política de preços de combustíveis da estatal se tornasse realidade — e isso, de fato, ocorreu nesta segunda-feira (16).
Mas os investidores estavam preparados para uma mudança muito mais radical e danosa às margens da empresa e, em um primeiro momento, essa não foi a leitura dos especialistas.
Com parte do cálculo ainda se pautando na paridade com os preços internacionais, as ações da estatal ignoraram até mesmo a queda do petróleo para fechar o dia em ganhos de mais de 2%
Só que não há rali que dure para sempre.
Ainda que as mudanças na Petrobras e o arcabouço fiscal tenham saído melhor do que a encomenda, o dia foi de intensa instabilidade para o Ibovespa — que oscilou entre leves perdas e ganhos até o meio da tarde.
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Isso porque dados da economia da China voltaram a derrubar as empresas de commodities metálicas, como a Vale (VALE3). Isso sem falar no tombo de mais de 20% do Magazine Luiza (MGLU3) após a divulgação do balanço do primeiro trimestre, puxando para baixo todo o setor de consumo.
Interrompendo a sequência de ganhos, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,77%, aos 108.193 pontos. Os juros futuros e o dólar à vista também tiveram uma sessão de ajuste, com a moeda americana subindo 1,01%, a R$ 4,9428.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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