A CVM vai te deixar investir no exterior em breve. Que tal se preparar para virar um investidor internacional?
Modalidades de investimento antes restritas a milionários serão abertas à participação de pequenos investidores em abril
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
No apagar das luzes de 2022, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deu uma notícia maravilhosa, que irá impactar a realidade dos seus investimentos durante muito tempo.
A partir de abril de 2023, os fundos de investimentos com exposição a ativos no exterior deixarão de ser um privilégio restrito aos investidores "qualificados" (profissionais de investimentos ou investidores com patrimônio superior a R$ 1 milhão), conforme escreveu a Julia Wiltgen, repórter do Seu Dinheiro.
Como analista de ações internacionais, especialmente focado no setor de tecnologia, essa é uma das melhores notícias que recebi nos últimos anos.
Então, vamos começar os preparativos!
Como é investir no exterior hoje?
Há três maneiras principais de fazê-lo.
Leia Também
- Investimento direto;
- Investimento em BDRs;
- Fundos de investimentos com foco em mercados internacionais.
Em si, cada uma dessas opções guarda seus prós e contras.
No caso do investimento direto, você precisa abrir conta numa corretora internacional e gerir com carinho um passivo tributário com regras um pouco diferentes das nossas — como a tributação de dividendos — e manter um controle rigoroso das conversões cambiais envolvidas na transação.
Hoje, há opções de corretoras para brasileiros, como a Avenue Securities, com suporte em português e relatório tributário consolidado, e várias corretoras americanas com suporte para investidores de outros países, como a Interactive Brokers e a Ameritrade.
Se você estiver interessado, pode baixar gratuitamente o tutorial que meu time preparou sobre o processo de abertura de contas.
Depois de superadas as barreiras da primeira vez, investir direto é minha opção preferida.
A opção brasileira
Outra maneira de fazê-lo é através dos BDRs, que significam “Brazilian Depositary Receipts”, que são títulos emitidos e negociados no Brasil, mas que representam ações de empresas estrangeiras.
Investir em MSFT34 é "equivalente" a deter ações da Microsoft.
O benefício óbvio dos BDRs é permitir o acesso a investimentos internacionais, sem precisar sair do Brasil. Eles estão disponíveis nos home brokers de qualquer corretora, entre elas a Empiricus Investimentos.
Já as desvantagens são a liquidez e a quantidade limitada de BDRs disponíveis.
Não raro, ao decidir investir num BDR, você descobrirá que não há muitas ordens na pedra, ou que está há muitos dias sem negócios, o que naturalmente inviabiliza a transação.
Você também descobrirá, provavelmente, que uma das empresas que você gostaria de investir ainda não possui BDRs.
Ou seja, os BDRs resolvem parcialmente o desejo do investidor brasileiro de alocar parte do seu capital em ativos estrangeiros.
A terceira alternativa
Além do investimento direto e dos BDRs, há os fundos de investimento com portfólios de ativos no exterior.
Aqui, porém, sempre existiu um enorme problema: esses fundos são restritos, por regulamentação, a investidores "qualificados".
Se você não for investidor profissional (certificado) nem tiver patrimônio superior a R$ 1 milhão, a parcela máxima de investimentos no exterior que os fundos em que você investe poderão deter é 20%.
Na prática, portanto, os grandes "hedge funds" com estratégias diversificadas no exterior nunca estiveram próximos do investidor de varejo.
Com as mudanças que a CVM implementará na indústria, isso deixará de ser verdade em abril deste ano.
Sem precisar abrir uma conta no exterior, você poderá ter acesso a veículos de investimentos sofisticados e com estratégias em múltiplas classes de ativos, sem precisar aportar milhões de reais para isso. Você tem quatro meses para se preparar e se tornar um Investidor Internacional. Sugiro começar por aqui.
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos