🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView

Inadimplência batendo recorde? Saiba qual banco deve atravessar a tempestade e ainda pagar bons dividendos

Enquanto alguns devem sofrer com essa piora do cenário, é justamente o “patinho feio” do setor que deve conseguir atravessar a tempestade sem grandes sustos

21 de abril de 2023
6:08 - atualizado às 16:12
pista de corrida entre bancos Itaú, Santander, Banco do Brasil; carreira
A "corrida" dos bancos - Imagem: Montagem Andrei Morais / Envato

A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2023 está só começando, mas eu já estou um pouco preocupado com um segmento em particular, o dos bancos.

Nos últimos dias começaram a "pipocar" notícias sobre o aumento da inadimplência dos brasileiros no mês de março, e isso afeta os bancos listados em nossa bolsa.

Mas enquanto alguns devem sofrer com essa piora do cenário, é justamente o "patinho feio" do setor que deve conseguir atravessar a tempestade sem grandes sustos.

  • Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.

Está difícil deixar as contas em dia

Não é novidade para ninguém que as condições para deixar as contas em dia têm ficado cada vez mais difíceis nos últimos trimestres.

A inflação global fez o preço de quase tudo subir, enquanto a recente alta da Selic catapultou os juros dos empréstimos e limitou ainda mais a capacidade dos brasileiros de quitarem suas dívidas.

Esse cenário está empurrando a inadimplência para cima e colocando uma pulga atrás da orelha dos investidores dos bancos, já que os lucros tendem a ser pressionados.

Na verdade, isso já está acontecendo nos últimos trimestres com Santander e Bradesco. Por que essas duas instituições têm sofrido mais? O gráfico abaixo ajuda a responder:

Fonte: Companhias. Elaboração: Seu Dinheiro

Santander e Bradesco têm uma exposição maior aos empréstimos para pessoas físicas e pequenas empresas.

Na bonança, esses nichos trazem margens mais elevadas e têm um crescimento mais acelerado, o que ajuda a impulsionar os lucros.

O problema é que quando a economia desacelera e as dificuldades para pagar os empréstimos aumentam, esses segmentos são os mais afetados também. O Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) anualizado do 4T22 dos quatro bancões deixa isso muito claro. 

Fonte: Companhias. Elaboração: Seu Dinheiro.

Importante notar que esses números também contemplam os impactos negativos da Americanas, mas já ajudam a mostrar os efeitos da piora da economia em cada um dos bancos. 

Bancos estatais com resultados melhores que os privados

Por esses motivos, não recomendamos as ações do Santander e nem do Bradesco neste momento, já que ambos devem continuar sofrendo no curto prazo, dadas as características de suas carteiras de crédito.

O Itaú, por sua vez, até tem uma exposição razoável ao segmento de pessoa física. Mas historicamente possui uma disciplina maior na concessão de crédito do que os outros dois pares privados, além de ter uma maior quantidade de clientes de alta renda, que costumam ser menos sensíveis aos ciclos econômicos.

Por esse motivo, gostamos do Itaú, que faz parte de algumas séries da Empiricus.

Mas fica claro que entre todos os bancões, o menos sensível a esses problemas é justamente o Banco do Brasil, que tem menos exposição às pessoas físicas e mais participação do crédito rural em seus resultados. Mas não se trata apenas de uma carteira de crédito mais resiliente neste momento.

O Banco do Brasil tem trabalhado bastante no controle de gastos. Isso fica claro quando observamos o Índice de Eficiência, que mede a relação Despesas Administrativas sobre Receitas Operacionais, e que atingiu 29,4% no 4T22, o melhor nível da história do banco.

Índice de Eficiência (quanto menor, melhor). Fonte: Banco do Brasil.

Todos esses efeitos positivos fizeram o BB apresentar o maior lucro entre os bancões no 4T22, o que deve se repetir no 1T23.

Mesmo que o cenário de crédito ainda se mostre difícil no primeiro trimestre de 2023, o Banco do Brasil nos parece muito bem posicionado para enfrentar essa possível turbulência.

Mesmo depois da alta de 28% em 2023, o banco ainda negocia por menos de 4 vezes lucros, com um dividend yield esperado de 11% no ano de 2023, o que em nossa visão, ainda guarda um bom potencial de valorização, mesmo com os riscos políticos associados a essa história.

Por esses motivos, o Banco do Brasil está na carteira da série Vacas Leiteiras , focada em dividendos.

Se quiser conferir a carteira completa, deixo aqui o convite.

Um grande abraço e até a semana que vem!

Ruy

Compartilhe

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Deus abençoe as meme stocks

27 de março de 2024 - 20:00

A Truth Social de Trump é uma meme stock turbinada por anabolizantes políticos e ideológicos; é quase impossível dizer se um ativo desse tipo está barato ou caro

Diário de Bordo

‘The man who sold the world’ ou ‘The man who solve the market’?

27 de março de 2024 - 9:25

Nesta edição, João Piccioni compara o clássico de David Bowie com os modelos quantitativos do renomado gestor Jim Simons.

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A jornada tortuosa do Banco Central: Como Campos Neto virou refém dos indicadores — e não deve escapar desse cativeiro antes de junho

26 de março de 2024 - 6:10

BC não percebeu alterações no cenário econômico e parece pessimista demais, mas ata do Copom, IPCA-15 e RTI devem ajudar a esclarecer essa visão

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Sindicato de Ladrões

25 de março de 2024 - 20:01

Talvez haja um pessimismo exagerado do mercado após a decisão do Copom — e a ata de amanhã pode ser a primeira catálise para mudar isso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bombou no SD: O real problema da Petrobras, operação bilionária nos Correios e recompensa pela teimosia nas loterias; confira as notícias mais lidas da semana

23 de março de 2024 - 9:16

Além da Petrobras, dos Correios e das loterias, também bombou no SD a notícia sobre o rombo bilionário deixado pelas teles para o governo

Mande sua pergunta!

Vale a pena investir em Tesouro IPCA+ mesmo com a Selic em queda?

23 de março de 2024 - 7:47

Leitor está interessado em título do Tesouro Direto, mas teme que, por ser um investimento de renda fixa, seja negativamente impactado pelos juros em queda

SEXTOU COM O RUY

As ações da Vivara (VIVA3) deixaram de ser uma joia, mas será que ainda merecem um espaço na sua carteira?

22 de março de 2024 - 6:11

Temos que admitir que, apesar da troca truculenta de comando, Nelson Kaufman é um profundo conhecedor do negócio que ele ergueu praticamente do zero

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A diferença que uma letra faz: Ibovespa reage às sinalizações do Copom e do Fed; veja o que mais mexe com os mercados hoje

21 de março de 2024 - 8:31

Copom cortou os juros para 10,75% e indicou mais um corte 0,5 ponto porcentual na próxima reunião de política monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Daqui a pouco saberemos se estávamos certos

20 de março de 2024 - 15:57

O tão sonhado dia em que a taxa de juros dos EUA passaria a cair foi adiado pelo Federal Reserve

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies