Ibovespa sobe quase 4% em maio, dança das cadeiras de executivos e a venda milionária do VILG11; confira os destaques do dia

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem sofrido uma série de derrotas dentro do Congresso, ainda que na teoria conte com uma ampla base de apoio, mas o título desta newsletter não tem nada a ver com os bastidores do Legislativo brasileiro.
Após semanas de negociação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo para evitar um calote da dívida pública americana — mas os problemas estão longe de se resolver.
O texto precisa ser aprovado por maioria simples entre os deputados para ser encaminhado ao Senado e votado antes da data limite, mas há uma crescente resistência de congressistas — tanto da ala republicana quanto da democrata.
Alexandria Ocasio-Cortez e Bernie Sanders, dois nomes de peso do Partido Democrata, já afirmaram que irão se opor ao projeto. E não devem ser os únicos.
A falta de confiança na aprovação pesou sobre as negociações nesta quarta-feira (31), mas não foi o único fator para a indigestão dos investidores hoje: o petróleo voltou a ter um dia de queda firme e dados mais fortes do que o esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos voltaram a colocar na mesa a possibilidade de um novo aumento nos juros.
Os principais índices em Wall Street só se afastaram das mínimas depois de dois dirigentes do BC americano sinalizarem votos pela manutenção dos juros na próxima reunião do Fed.
Leia Também
Papo de velho: o que deu errado com a RD Saúde, e o que esperar dos mercados hoje
Rodolfo Amstalden: Pedido extra para você que já está na fila
Mas não foi o suficiente para apagar as perdas. Acompanhando Nova York, o Ibovespa caiu 0,58%, aos 108.335 pontos, e o dólar à vista subiu 0,61%, a R$ 5,0730. Em maio, no entanto, o mercado brasileiro passou por um movimento de recuperação, com o principal índice da B3 avançando quase 4% e a curva de juros voltando a desinclinar.
É que aqui, ao contrário do que ocorre no Congresso americano, as contas públicas brasileiras começam a ter um pouco mais de previsibilidade — e, dentre tantas derrotas para o governo, o arcabouço fiscal parece bem encaminhado para a aprovação no Senado.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
DANÇA DAS CADEIRAS
Porto Seguro (PSSA3) anuncia ex-CEO da Gol como novo presidente; CCR, AES Brasil e Vibra também fazem mudanças no alto escalão. Paulo Kakinoff, ex-presidente da aérea, assume comando da seguradora, agora denominada Porto; outras empresas da B3 também anunciaram modificações na diretoria.
REVISÃO DE PREÇO-ALVO
Com corte da Selic no segundo semestre, ações da B3 (B3SA3) podem subir mais de 30%, projeta BofA. Expectativa dos analistas é de que a dona da bolsa brasileira se beneficie do ciclo de afrouxamento monetário que está por vir.
QUESTÃO DE ESCOLHA
Boa Vista (BOAS3): Equifax dá quatro opções aos acionistas em oferta bilionária para tirar a empresa da B3. Dona do SCPC recebeu no fim do ano passado uma proposta de compra de R$ 4,257 bilhões, o equivalente a R$ 8 por ação.
COLOCANDO GRANA
Marfrig (MRFG3) e fundo saudita se comprometem em injetar até R$ 4,5 bilhões na BRF (BRFS3). Operação pode acontecer mediante um eventual aumento de capital com emissão de 500 milhões de ações da BRF.
FIIS HOJE
Fundo imobiliário VILG11 faz venda milionária de galpão e deve distribuir dividendos maiores nos próximos meses. O ganho de capital resultará em um resultado caixa extraordinário de cerca de R$ 2,86 milhões, ou R$ 0,19 por cota, para o FII.
MONEY TIMES
Giro do Mercado estreia nesta quinta (01) e traz as melhores dicas de investimentos. Nesta quinta-feira (1º), às 12h, o Giro do Mercado será lançado no Money Times. O programa apresentará diariamente as notícias que impactam o mercado financeiro, além de trazer análises de especialistas da Empiricus Research sobre investimentos em ações, renda fixa, commodities e moedas, entre outros.
Luz na passarela: o destaque da C&A na bolsa este ano, e o que esperar dos mercados hoje
Em dia morno, Wall Street aguarda divulgação de novos balanços; por aqui, Ibovespa segue a reboque e também continua repercutindo as tensões com os EUA
Timing é tudo: o negócio extraordinário da Vivo e o que esperar dos mercados hoje
Wall Street atinge novas máximas históricas e pode dar continuidade aos ganhos; por aqui, mercado repercute retorno do IOF e disputa comercial com EUA
Qual a hora certa de vender uma ação? Tudo depende do preço — e a Vivo (VIVT3) mostra como isso funciona na prática
Nos últimos dias, a Vivo realizou uma operação que nos ajuda a entender na prática o momento de comprar e, mais importante, de vender um ativo
Porquinho chinês ou inglês? A origem do nosso cofrinho e o que esperar dos mercados hoje
Nos EUA, Trump nega rumores de que pretende demitir o presidente do Fed; no Brasil, Moraes decide que aumento do IOF será mantido
Rodolfo Amstalden: O Tarcísio Trade está morto?
Se o governador de São Paulo não for capaz de superar as provocações atuais, vindas tanto da extrema esquerda quanto da extrema direita, não será legitimado no cargo de presidente
Donald Trump: como lidar com um encrenqueiro e sua guerra comercial
Donald Trump não pensa nas consequências ao adotar suas medidas intempestivas. O importante, para ele, é estar nas manchetes dos jornais
Sem olho por olho nem tiro no pé na guerra comercial com os EUA, e o que esperar dos mercados hoje
Ibovespa fechou ontem em leve queda, e hoje deve reagir ao anúncio de uma nova investigação dos EUA contra o Brasil
Estamos há 6 dias sem resposta: o tempo da diplomacia de Trump e o que esperar dos mercados hoje
Enquanto futuros de Wall Street operam em alta, Ibovespa tenta reverter a perda dos últimos dias à espera da audiência de conciliação sobre o IOF
Do coice à diplomacia: Trump esmurra com 50% e manda negociar
Para além do impacto econômico direto, a nova investida protecionista de Trump impulsiona um intrincado jogo político com desdobramentos domésticos e eleitorais decisivos para o Brasil
Felipe Miranda: Carta pela moderação (e cinco ações para comprar agora)
Com todos cansados de um antagonismo que tem como vitoriosos apenas os populistas de plantão, a moderação não poderia emergir como resposta?
Para quem perdeu a hora, a 2ª chamada das debêntures da Petrobras, e o que mexe com os mercados hoje
Futuros de Wall Street operam em queda com guerra tarifária e à espera de dados da inflação ao consumidor (CPI) e balanços trimestrais de gigantes como JPMorgan e Citigroup
A corrida da IA levará à compra (ou quebra) de jornais e editoras?
A chegada da IA coloca em xeque o modelo de buscas na internet, dominado pelo Google, e, por tabela, a dinâmica de distribuição de conteúdo online
Anatomia de um tiro no pé: Ibovespa busca reação após tarifas de Trump
Em dia de agenda fraca, investidores monitoram reação do Brasil e de outros países ao tarifaço norte-americano
O tarifaço contra o Brasil não impediu essas duas ações de subir, e deixa claro a importância da diversificação
Enquanto muitas ações do Ibovespa derretiam com as ameaças de Donald Trump, um setor andou na direção oposta
Trump na sala de aula: Ibovespa reage a tarifas de 50% impostas pelos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump como o Brasil vieram muito mais altas do que se esperava, pressionando ações, dólar e juros
Rodolfo Amstalden: Nem cinco minutos guardados
Se um corte justificado da Selic alimentar as chances de Lula ser reeleito, qual será o rumo da Bolsa brasileira?
Quando a esmola é demais: Ibovespa busca recuperação em meio a feriado e ameaças de Trump
Investidores também monitoram negociações sobre IOF e audiência com Galípolo na Câmara
Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump
Investidores seguem atentos a Donald Trump em meio às incertezas relacionadas à guerra comercial
Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump
Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.