Ibovespa ignora alta do Nasdaq e recua forte, o novo pesadelo da Oi (OIBR3) e outros destaques do dia

Nesta quinta-feira (02), o mercado esperava uma bela ressaca após mais uma edição da Super Quarta — com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos —, mas a dor de cabeça para a bolsa brasileira teve origem em outro lugar.
As palavras dos dois BCs mexeram com a curva de juros e com o dólar, mas a queda de 1,72% do Ibovespa, aos 110.140 pontos, ficou na conta das commodities metálicas. A baixa de mais de 3% do minério de ferro pressionou a Vale (VALE3) e as siderúrgicas, empresas de grande peso no índice.
Mas, voltando aos sintomas causados pela ressaca da Super Quarta, o principal deles veio dos Estados Unidos. Na tarde de ontem (01), o banco central americano deixou claro que não vê cortes na taxa básica de juros em 2023 e que ainda é preciso fazer novos ajustes de alta para controlar a inflação.
Com isso, é garantido afirmar que, apesar do que gostaria o mercado financeiro, os juros elevados devem deixar a atividade econômica americana em um patamar “suficientemente restritivo” por mais tempo.
Economia desaquecida é sinônimo de dólar mais fraco — e, assim, chegamos ao desempenho visto hoje na moeda americana.
Pela primeira vez desde junho de 2022, a divisa chegou a bater a mínima de R$ 4,94, mas o fraco desempenho das commodities acabou minando o fluxo de estrangeiros para o país. O dólar à vista fechou o dia em leve queda de 0,30%, a R$ 5,0404.
Leia Também
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
PONTA DO ICEBERG
Impacto da Americanas no balanço do Santander é apenas o começo, dizem analistas; banco silencia sobre polêmica. A instituição financeira não menciona a varejista nos documentos, mas se refere a um “evento subsequente” no crédito de atacado que afetou as provisões.
EXPLORANDO OPÇÕES?
Veja as primeiras explicações da Oi (OIBR3) para o pedido cautelar que pode anteceder seu retorno à recuperação judicial. A operadora antecipa a possibilidade de ingressar em um novo processo sem nem bem ter saído do primeiro.
PRÓXIMOS PASSOS
Num cenário de juros altos e competição acirrada, Alupar (ALUP11) mantém sede pelos próximos leilões de energia. Durante participação em evento em São Paulo, o CEO da empresa comentou sobre os desafios de fazer novos investimentos.
O MEDO NA ESQUINA
Bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 24 mil e sobrevive ao Fed e ao Facebook — mas as big techs ainda podem melar o rali das criptomoedas. A semana dos balanços das empresas de tecnologia tem potencial de movimentar as cotações das maiores moedas digitais do mundo.
RECUPERAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Luiza Trajano retorna à lista de bilionários da Forbes com a valorização das ações do Magazine Luiza (MGLU3). A fortuna da empresária voltou à casa dos bilhões, sendo estimada em US$ 1,1 bilhão.
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7