🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Entre riscos econômicos e geopolíticos, mercado idealiza soft-landing nos EUA em 2024 — mas essa tese está longe de ser infalível

Mudança do Federal Reserve para chance de cortes de juros impulsiona ações, mas desaceleração econômica e tensões geopolíticas preocupam

19 de dezembro de 2023
6:17 - atualizado às 10:19
Desenho de um bombeiro apagando as chamas de um incêndio dentro de uma casa
Expectativas antecipam temperaturas elevadas nos mercados. - Imagem: Freepick-Print/Banco Central da Suíça - montagem: Brenda Silva

Refletindo sobre os anos recentes, podemos considerar que:

  • 2020 foi dominado pela Covid;
  • 2021 caracterizou-se pela vacinação e pelos choques nas cadeias de suprimento;
  • 2022 foi marcado pela ressaca inflacionária pós-pandemia; e
  • em 2023, a taxa de juros das economias emergiu como o tema central.

Naturalmente, ao analisarmos mais profundamente, podemos interpretar o ano que está prestes a terminar em poucos dias como multifacetado, conforme evidenciado no gráfico abaixo.

Fontes: Bloomberg e Santander

Na representação gráfica, observamos o desempenho do S&P 500, um dos principais índices de ações dos EUA, que se recuperou ao longo de 2023 após a significativa correção vivenciada em 2022.

Como ilustrado, foram abordados cinco temas distintos até o momento. No entanto, é perceptível que pelo menos metade dessas temáticas foi verdadeiramente guiada pela questão relacionada ao ciclo de aperto monetário, reforçando a pertinência da simplificação anterior.

Risco de recessão nos EUA é substancial

Olhando para o futuro, ainda vislumbro o debate em torno de um soft landing, ou seja, a possibilidade de o Federal Reserve reduzir a inflação sem empurrar a economia americana para uma recessão.

Leia Também

Esse cenário seria ideal para os ativos de risco, mas, infelizmente, não considero essa tese infalível, dado o real e substancial risco de uma recessão (hard landing).

À medida que nos aproximamos rapidamente de 2024, há várias razões pelas quais os investidores podem expressar gratidão durante as festas de final de ano.

A mudança significativa do Fed na semana passada, afastando-se dos aumentos das taxas de juro e inclinando-se para cortes, destaca-se como a mais proeminente.

Esse movimento impulsionou as ações, enquanto os rendimentos dos títulos e as taxas hipotecárias declinaram, representando notícias muito positivas.

Leia também

A manutenção dos custos de energia em níveis mais baixos também contribui para o cenário otimista.

No início de 2023, a preocupação estava centrada na capacidade dos preços do petróleo em sustentar a inflação após atingir o pico em 2022.

Mesmo com a limitação da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), os preços encerram o ano com uma queda superior a 10%.

O crescimento econômico tem sido robusto até agora, e os gastos dos consumidores não entraram em colapso, mesmo com a exaustão das poupanças pandêmicas e o aumento das taxas de juro ao longo do ano.

Diante de toda essa positividade, é compreensível por que o S&P 500 está a um passo de seu recorde máximo alcançado no início de 2022.

Boa notícia pode virar má notícia

Entretanto, esses aspectos positivos podem se transformar em motivos de preocupação.

O sinal de mudança da Fed não é uma garantia, e os bancos centrais na Europa permanecem em alerta por mais tempo, apesar de suas economias parecerem mais fracas.

A Opep pode adotar uma postura mais firme para sustentar os preços do petróleo, e, se esses preços permanecerem baixos, isso pode afetar negativamente as empresas de energia.

A DINHEIRISTA - VENDI MEU VALE-ALIMENTAÇÃO E AGORA ESTOU SENDO AMEAÇADA!

Desaceleração econômica e geopolítica no centro do debate

Portanto, a desaceleração econômica resultante das medidas de austeridade entre 2022 e 2023 para controlar a inflação pós-pandêmica será um ponto central para os investidores globais no próximo ano.

No entanto, não é apenas isso.

Atualmente, o maior risco para os investimentos em 2024 parece ser de natureza geopolítica.

As relações e alianças tradicionais estão desmoronando, dando lugar a um mundo mais polarizado que apresenta riscos estruturais ao mercado.

Preparar-se para essas eventualidades será desafiador, embora uma cobertura abrangente e estratégias defensivas possam desempenhar um papel crucial na estratégia de investimento para o novo ano.

Riscos visíveis e invisíveis

Um desses riscos já está claramente visível, com os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã no Iêmen, realizando repetidos ataques de drones e mísseis contra navios comerciais que transitam pelo Mar Vermelho.

O Estreito de Bab el-Mandeb, uma passagem marítima crucial que facilita um sexto do comércio mundial, é vital para o transporte global de mercadorias, incluindo petróleo bruto.

Inicialmente, os Houthis afirmaram que atacariam navios vinculados a Israel para expressar solidariedade ao Hamas.

No entanto, essa ameaça expandiu-se para todos os navios com destino a Israel, e os ataques continuaram, mesmo contra embarcações independentemente de seu destino.

Em decorrência, os prêmios de seguro aumentaram, levando as maiores companhias marítimas de contêineres do mundo a evitar o Canal de Suez, redirecionando suas cargas para rotas mais longas contornando a África.

Isso ocorre enquanto as tropas americanas no Iraque e na Síria foram alvo de representantes apoiados pelo Irã mais de 90 vezes desde meados de outubro.

Este exemplo é apenas um entre muitos. A falta de liderança global e o aumento dos conflitos geopolíticos têm caracterizado o mundo há algum tempo.

Esse quadro se agrava paralelamente à perda de capacidade das entidades de cooperação internacional (instituições multilaterais, alianças tradicionais e cadeias de abastecimento globais) para absorver choques.

Qual é a guerra mesmo?

Hoje, ao falarmos de guerra, é necessário especificar qual delas estamos abordando.

A guerra na Ucrânia reconfigurou a arquitetura de segurança da Europa e interrompeu o dividendo da paz? Ou a guerra em Israel, desestabilizando o Oriente Médio e ameaçando um conflito religioso global? Novos conflitos podem surgir.

Ao mesmo tempo, questiona-se seriamente a sustentabilidade do crescimento econômico da China, a nação que, ao lado dos Estados Unidos, mais contribuiu nas últimas décadas para impulsionar a economia global.

Dúvidas também surgiram sobre o bem-estar político dos Estados Unidos, especialmente com as eleições presidenciais do próximo ano, que deve repetir a polarização de 2020.

Esses desafios convergem para criar uma situação perigosa e sem precedentes na cena global.

  • A melhor forma de buscar ganhos e proteção para o seu patrimônio em 2024: veja a carteira com 10 ações recomendadas pelos analistas da Empiricus Research para investir ainda em dezembro. O relatório gratuito está disponível aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor

13 de agosto de 2025 - 20:00

Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço

13 de agosto de 2025 - 8:52

Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo

12 de agosto de 2025 - 8:13

Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?

12 de agosto de 2025 - 6:18

Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente

11 de agosto de 2025 - 19:58

Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar

11 de agosto de 2025 - 8:08

Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim

VISÃO 360

O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?

10 de agosto de 2025 - 8:00

Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque

8 de agosto de 2025 - 8:22

Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin

SEXTOU COM O RUY

Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito

8 de agosto de 2025 - 7:01

Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras

7 de agosto de 2025 - 8:21

Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?

6 de agosto de 2025 - 19:59

A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília

6 de agosto de 2025 - 8:22

Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump

5 de agosto de 2025 - 8:31

Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump

5 de agosto de 2025 - 6:27

Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno

4 de agosto de 2025 - 20:00

O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão

4 de agosto de 2025 - 8:28

Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil

TRILHAS DE CARREIRA

Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece

3 de agosto de 2025 - 8:30

Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale

1 de agosto de 2025 - 8:34

Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem

SEXTOU COM O RUY

A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata

1 de agosto de 2025 - 6:08

Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale

31 de julho de 2025 - 8:13

Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar