🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

A Microsoft vai conseguir salvar o Xbox ou esse é um game perdido para a big tech?

O Xbox é uma distração cara para a Microsoft: não há sinergias relevantes com outras áreas e ainda se trata de um negócio estagnado há anos

19 de outubro de 2023
6:34 - atualizado às 12:35
Call Of Duty, jogo da Activision Blizzard, estúdio que foi comprado pela Microsoft
Call Of Duty, jogo da Activision Blizzard, estúdio que foi comprado pela Microsoft - Imagem: Divulgação

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Chegou ao fim uma das novelas mais longas do setor de tecnologia: a Microsoft conseguiu concluir a aquisição da Activision Blizzard.

Por que isso importa?

Bom, são alguns motivos diferentes…

Pela Activision Blizzard, que é dona de games como Call of Duty, Diablo, Overwatch e outros, a Microsoft investiu o montante de US$ 69 bilhões.

Para as manchetes, essa entra para a história da indústria como a maior aquisição da história do setor de games.

Como investir em BDRs? Veja a melhor forma de se expor ao dólar com ações internacionais

A Microsoft vai salvar o Xbox?

Apesar do destaque, essa é apenas mais uma peça no quebra-cabeças que a Microsoft vem montando para tentar salvar o Xbox.

Leia Também

Nos últimos anos, as vendas do Xbox estão estagnadas, e a Sony definitivamente venceu a batalha dos consoles.

A aposta da Microsoft — e dá para dizer que é tão somente uma aposta — não foi tentar "disruptar" a Sony via inovação hardcore, mas sim via modelo de negócios.

A hegemonia da Sony foi construída graças ao seu enorme portfólio de estúdios parceiros, desenvolvendo games exclusivos para o Playstation, como God of War, The Last of Us, Spiderman e outros enormes sucessos comerciais.

Em vez de competir em qualidade, a Microsoft decidiu atacar o império da Sony via preços.

Há alguns anos, a empresa investe num produto chamado Xbox Game Pass, que é uma assinatura mensal que dá acesso a um catálogo de jogos exclusivos da Microsoft e vários outros oferecidos em parceria com estúdios independentes.

Para turbinar o catálogo a Microsoft tem investido somas enormes de capital adquirindo estúdios de games. Primeiro foi a ZeniMax (dona da Bethesda) e agora a Activision Blizzard.

Apesar de alguns remédios concorrenciais — por exemplo, a Activision continuará vendendo Call of Duty no Playstation — a Sony não poderá listar jogos da Activision em sua assinatura mensal. 

Só o tempo dirá se é uma vantagem comercial digna de US$ 69 bilhões. 

As big techs ainda estão na pista

Nos últimos anos, os reguladores têm mantido uma espécie de campanha publicitária contra as big techs.

Todas elas já foram processadas por atos anticoncorrenciais em seus respectivos mercados, o que naturalmente alimentou uma percepção no mercado de que as big techs eram cartas fora do baralho no assunto fusões e aquisições.

Apesar de todas terem modelos de negócios excepcionais, as big techs têm o problema dos sonhos: excesso de dinheiro.

Elas são tão lucrativas que, não raro, inexistem grandes alternativas de investimento internas para alocar tanto capital. 

Obviamente, em casos como esse, o normal é que as empresas retornem o capital aos acionistas via dividendos ou recompra de ações. 

Essa tem sido parte importante da história das big techs nos últimos anos: a Apple, por exemplo, realiza mais de US$ 90 bilhões em recompras anuais.

Ainda sim, sob o ponto de vista do acionista, as fusões e aquisições não deixam de ser ferramentas interessantes de alocação de capital.

Em dezembro de 2006, por exemplo, o Google adquiriu o YouTube por US$ 1,6 bilhão. Só no último trimestre, o YouTube somou receitas de mais de US$ 7 bilhões!

Além dele, há uma série de outros casos como a aquisição do Instagram pela Meta ou do Android pelo Google.

A operação entre Microsoft e Activision foi um excelente desafio para essa visão de que as big techs estavam fora da pista. Afinal, era uma aquisição de altíssimo valor e com enormes implicações para a indústria de games.

O fato de a Microsoft ter vencido essa batalha, obviamente sujeita a alguns remédios concorrenciais, mostra que essa opcionalidade ainda existe para as big techs.

LEIA TAMBÉM: O ChatGPT e a inteligência artificial vão substituir os influenciadores digitais? Isso já está acontecendo na China

Se a Microsoft pudesse voltar no tempo…

Apesar disso, nada me tira da cabeça o pensamento de que a Microsoft está realizando esses investimentos devido a decisões erradas tomadas há quase 20 anos.

Numa análise fria, o Xbox não é senão uma distração cara dentro da Microsoft: não há sinergias relevantes com os principais negócios do grupo (softwares corporativos e infraestrutura em nuvem) e ainda se trata de um negócio estagnado há anos.

Não fossem tantas pessoas que precisam justificar seus empregos internamente e o acúmulo de tantos anos e tanto capital investido, dificilmente a Microsoft optaria por começar um negócio similar a esse hoje, do zero.

Nesse sentido, a Microsoft me parece um trader que se recusa a apertar o stop loss, afogando seu orgulho nas ondas de custos irrecuperáveis.

A Microsoft é uma empresa incrível, que mudou da água para o vinho sob a gestão Nadella.

Ainda assim, seus acionistas provavelmente estariam melhores com a empresa retornando mais capital a eles do que investindo somas bilionárias numa aposta que ela já perdeu há muito tempo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando a esmola é demais: Ibovespa busca recuperação em meio a feriado e ameaças de Trump

9 de julho de 2025 - 8:37

Investidores também monitoram negociações sobre IOF e audiência com Galípolo na Câmara

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump

8 de julho de 2025 - 8:11

Investidores seguem atentos a Donald Trump em meio às incertezas relacionadas à guerra comercial

Insights Assimétricos

Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump

8 de julho de 2025 - 6:07

Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap

7 de julho de 2025 - 20:00

Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa

7 de julho de 2025 - 8:14

Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados

4 de julho de 2025 - 8:26

O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano

SEXTOU COM O RUY

A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo

4 de julho de 2025 - 7:08

Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Ditados, superstições e preceitos da Rua

3 de julho de 2025 - 19:55

Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas

3 de julho de 2025 - 8:28

Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea

2 de julho de 2025 - 20:00

Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA

2 de julho de 2025 - 8:29

Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano

1 de julho de 2025 - 8:13

Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF

Insights Assimétricos

Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado

1 de julho de 2025 - 6:03

Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano

30 de junho de 2025 - 19:50

O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si

30 de junho de 2025 - 8:03

Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco

TRILHAS DE CARREIRA

Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada

29 de junho de 2025 - 7:59

De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE

27 de junho de 2025 - 8:09

Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF

SEXTOU COM O RUY

Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações

27 de junho de 2025 - 6:01

A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA

26 de junho de 2025 - 8:20

Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança

25 de junho de 2025 - 19:58

Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar