Santander (SANB11) tem ação rebaixada para venda pelo Credit Suisse e cai na bolsa
Selic alta por mais tempo e aumento da incerteza fiscal devem adiar a recuperação da margem financeira líquida do Santander
![Agência do Santander Brasil (SANB11)](https://media.seudinheiro.com/uploads/2022/04/TRUM1-628x353.jpg)
O Credit Suisse rebaixou a recomendação para os papéis do Santander (SANB11) de Neutro para Venda, alegando um cenário operacional desafiador neste ano. As ações do banco lideram as quedas na bolsa nesta segunda-feira (23).
Em relatório assinado pelos analistas Marcelo Telles e Daniel Vaz, o Credit aponta que o indício de que a Selic deve se manter alta por mais tempo e o aumento da incerteza fiscal devem adiar a recuperação da margem financeira líquida tanto do Santander quanto do Bradesco.
Dessa forma, o banco cortou as projeções para o lucro líquido do Santander em 33% para este ano e fixou a estimativa em R$ 12,3 bilhões. O Credit também revisou o preço-alvo dos papéis de R$ 35 para R$ 31, o que indica um potencial de alta de apenas 6,3% em relação ao fechamento de sexta-feira (20).
O Bradesco (BBDC4) também teve as projeções de lucro para 2023 cortadas pelo Credit Suisse, que reduziu as estimativas em 12%, para R$ 23 bilhões. O preço-alvo também foi reduzido de R$ 19 para R$ 16, um potencial de alta de 9% em comparação com o último fechamento. A ação do Bradesco também cai nesta segunda.
Efeito Americanas (AMER3)?
O escândalo da Americanas (AMER3) contribuiu parcialmente para a deterioração do cenário estimado pelo Credit para os bancos brasileiros. No relatório, os analistas rechaçam um risco sistêmico para os bancos, mas destacam que eles devem encarar provisões mais altas devido à exposição direta aos empréstimos da varejista.
A Americanas, vale lembrar, entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada, o que significa que durante 180 dias ela não pode ser cobrada pelos credores.
Leia mais:
- Após sair da Americanas (AMER3), Sérgio Rial deixa a presidência do Conselho do Santander Brasil (SANB11)
- Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) podem ser os bancos mais afetados pelo rombo de R$ 20 bi da Americanas (AMER3)
Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) são top picks
Dentre os grandes bancos, o Credit Suisse reiterou sua preferência pelas ações do Itaú (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3) com recomendação de compra para ambos os papéis.
De acordo com o Credit, o Itaú deve continuar se saindo melhor que os pares em termos de qualidade dos ativos e margem financeira líquida. O banco suíço estima o lucro do Itaú em R$ 34,5 bilhões neste ano.
Vale notar, no entanto, que o Credit cortou o preço-alvo das ações do Itaú de R$ 36 para R$ 32. Ainda assim, o novo valor indica potencial de alta de 22% em relação ao fechamento de segunda-feira.
Quanto ao Banco do Brasil, o Credit avaliou o discurso inicial da nova presidente do banco estatal, Tarciana Medeiros, como positivo. Ela destacou que é possível que o BB cumpra com sua responsabilidade social e, ao mesmo tempo, se comprometa a criar valor para os acionistas minoritários.
O Credit projeta lucro de R$ 33,4 bilhões para o BB neste ano e fixa o preço-alvo para o papel em R$ 50, um potencial de alta de 24,7%. O papel do BB é o único em alta entre os quatro grandes bancos nesta segunda.
Confira o resumo na tabela abaixo:
BANCO | RATING | PREÇO-ALVO | POTENCIAL |
SANTANDER (SANB11) | VENDA | R$ 31 | 6,3% |
BRADESCO (BBDC4) | VENDA | R$ 16 | 9% |
BANCO DO BRASIL (BBAS3) | COMPRA | R$ 50 | 24,7% |
ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) | COMPRA | R$ 32 | 22% |
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano