Dividendos bilionários: Plano estratégico revela qual será o futuro dos proventos da Petrobras (PETR4) nos próximos anos
A companhia deve seguir pagando dividendos gordos, mas também cumprirá o desejo do presidente Lula de retomar o crescimento das refinarias
Desde a troca de gestão na Petrobras (PETR4), com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto, uma dúvida rondava os investidores: como ficarão os dividendos da estatal? Afinal, o presidente já afirmou publicamente que, ao invés de distribuir proventos bilionários, a petroleira deveria voltar a investir em refino.
O plano estratégico para o quinquênio 2024-2028, divulgado ontem, traz algumas respostas para essa pergunta: a companhia seguirá pagando dividendos gordos, mas também cumprirá o desejo de Lula de retomar o crescimento das refinarias.
“Nós não vamos mais vender refinarias, pelo contrário, vamos investir para que cada uma delas se torne um parque industrial mais moderno, com produção de baixo carbono”, declarou Jean Paul Prates, presidente da estatal, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (24).
O documento traz um capex total de US$ 102 bilhões (cerca de R$ 499 bilhões, na cotação atual) para os próximos cinco anos, dos quais US$ 776 milhões serão destinados especificamente ao segmento de refino.
É assim que a Petrobras garantirá a sustentabilidade dela mesma como empresa e retorno para o país e seus investidores, o que é perfeitamente factível de se conciliar
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEJean Paul Prates, presidente da Petrobras
E os dividendos da Petrobras (PETR4)?
Por falar em retorno aos investidores, a Petrobras prevê dividendos de US$ 40 a US$ 45 bilhões no período, conta que pode incluir programas de recompra de ações. Há ainda a possibilidade de distribuições extraordinárias de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões, também incluindo operações de recompra.
Leia Também
Para a Genial, a cifra é “interessante”, pois representa de 41% a 57% do valor de mercado atual da empresa, “mas não suficiente para que a notícia signifique um gatilho de valor para as ações”.
Os papéis iniciaram a sessão de hoje em queda, mas inverteram o sinal e passaram a operar em alta na B3. Por volta das 13h11, as ações ordinárias (PETR3) subiam 0,24%, a R$ 37,95, enquanto as preferenciais (PETR4), avançavam 0,54%, cotadas em R$ 35,36.
Já a XP calcula que os valores implicam em um dividend yield — indicador que mede o retorno de um ativo a partir do pagamento de proventos — de cerca de 8% a 9%, ou 9% a 11% com os potenciais dividendos extraordinários.
A corretora destaca que, no plano anterior, o indicador era de 13% a 14%, no mínimo, com o percentual subindo para até 17% considerando os dividendos extraordinários.
VALE (VALE3) VAI ALÉM DOS DIVIDENDOS: VEJA 4 MOTIVOS PARA COMPRAR AGORA
Número global chama atenção, mas comparação segmentada mostra pouco crescimento
Outro ponto do novo plano que chamou a atenção do mercado foi o crescimento do já citado capex de US$ 102 bilhões.
O número é 31% superior ao do plano anterior, mas, segundo os analistas, o aumento dos investimentos pode ser bem menor sob uma base de comparação “mais justa”.
O BTG aponta que, como o capex está dividido em dois, com US$ 91 bilhões para projetos em implantação e US$ 11 bilhões para iniciativas em avaliação — que podem incluir potenciais fusões e aquisições (M&A) —, a previsão de investimentos reais cresceu “apenas” 17%.
O Santander também acredita que é mais justo comparar o número apresentado no plano anterior, de US$ 78 bilhões, somente com a verba de US$ 91 bilhões reservada para projetos em implantação, pois:
- A segunda categoria de investimentos contempla iniciativas que ainda não foram analisados, tanto em termos de retornos como de seu efeito na saúde financeira geral da Petrobras;
- e inclui também M&As que podem não se concretizar.
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
